Cassia26 07/03/2024
Vidas Coram Deo
Há alguns anos tenho sempre que possível lido algo escrito por Elisabeth Elliot ou acerca dela. Admiro sua vida, personalidade e ministério, bem como o de seu esposo. Ambos viveram radicalmente entregues a Deus, até a morte.
Dito isto, foi extremamente interessante poder ter acesso a cartas pessoais desse casal, onde acompanhei muito mais do que o desenrolar da amizade e posterior relacionamento e casamento, mas principalmente a devoção, piedade e rendição ao Senhor. Inicialmente ambos estavam convictos do seu chamado a vida missionária sem a realidade do casamento, de modo que pudessem ser mais eficazes no cumprimento do serviço ao Reino. Ambos passam por diversas crises e dúvidas quanto ao local onde serviriam, o modo, mas também, sobre a realidade do seu chamado ao celibato. Observar as fraquezas e falhas de cada um deles, bem como a determinação em glorificar ao Senhor a qualquer custo e em tudo, foi algo consolador. São um exemplo de honestidade e integridade, espera e confiança no Senhor, ainda, de coragem e determinação. Apesar da distância e desafios advindos dos raros e breves encontros presenciais que tiveram, mantiveram-se fortemente ligados e comprometidos no cuidado mútuo, vindo a casar após longos 5 anos de interrogações, mudanças e planos frustrados. A escrita deles é extremamente sincera e poética.
Em suma, assim como a filha do casal, a qual organizou o livro: "Deus me ensinou, por meio do exemplo deles e de sua ação visível na vida deles, que posso confiar em sua santa vontade, mesmo quando nada ao meu redor parece bom ou esperançoso. E ele pode usar até meus fracassos, minhas dores e minhas preocupações como matéria-prima para moldar uma vida que lhe traga plena honra e glória."