A pediatra

A pediatra Andréa del Fuego




Resenhas - A pediatra


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Nado 03/03/2024

A Pediatra, de Andréa del Fuego, mergulha na vida de Cecília, uma pediatra com com um caráter bem perverso. Diferindo da expectativa associada aos médicos infantis, Cecília carece de um espírito maternal evidente, demonstra pouco apreço pelos pequenos pacientes e exibe zero paciência para com os pais e mães. Surpreendentemente, sua carreira floresce, e seu consultório prospera.
O livro, narrado em primeira pessoa pela protagonista, adota um ritmo vertiginoso. Achei uma escrita um pouco apelativa, simplista e com várias passagens desnecessárias com o intuito de "causar". O desfecho é Ok, nada mais que isso.
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Valdir 03/03/2024

Leitura rápida e dinâmica.
O maior chamariz de Andrea Del Fuego é inegavelmente a narradora-protagonista da história: fria, louca, irônica, dissimilada, mordaz, elitista? Em resumo, um retrato muito do fiel do que seria um humano desprezível. No mínimo curioso entrar na mente de Cecília, esse trem desgovernado, e seguir a leitura sem fazer a menor ideia do que ela vai aprontar.
A escrita é diferente do que eu estou acostumado, com muitos fluxos de pensamento, suposições, diálogos narrados? Mas, ainda assim, envolvente.
Ao final da leitura, a ausência de mais acontecimentos me pegou. A obsessão desenvolvida por Cecília limitou as possibilidades da história avançar em outras frentes (e havia potencial).
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aninha 01/03/2024

Qual o propósito?
Eu gostei do fluxo de consciência, e da singularidade da protagonista. Ela é fria, o enredo tem um humor ácido, tudo muito diferente do que se costuma ver por aí, então é um livro de mérito mesmo.

Mas eu não consegui gostar da protagonista, como algumas pessoas disseram. Não odiei ela, tampouco. Só acho que ela era uma maluca, que talvez tenha desenvolvido essa ?maluquice? por ser tão solitária, tão sem propósito na vida, a pessoa que não encontrou um amor verdadeiro nem nas relações pessoais, nem na carreira.

É um livro que me gerou reflexões interessantes, mas eu não entendi o propósito dele. Quis falar de solidão? De loucura? Da soberba, hipocrisia? Da maternidade? Além disso, o final é aberto. O que da mais ainda a sensação de confusão. Não sei exatamente o que pensar a respeito.
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Maria Gabriela 01/03/2024

Como profetizou o sábio Charlie Brown Jr., só os loucos sabem
"Criança nem pensar, acabaria minha naturalidade, me obrigaria a ser outra pessoa."

"A pediatra", de Andréa del Fuego, é uma obra banhada no puro ácido do humor mórbido de uma mulher que analisa todas as características do mundo e dos seres humanos, ergue o nariz e proclama: "vocês são inferiores, e eu, a melhor. Suas existências e preocupações são meras perdas do meu precioso tempo". A autora soube como guiar o leitor à rotina imutável — e quase tediosa — de sua protagonista, Cecília, uma pediatra atípica: uma mulher sem espírito maternal, que detém pouco apreço por crianças e uma notável ausência de paciência para com os pais e mães preocupados e quase paranoicos, com as babás que substituem as figuras maternas, com os profissionais que glorificam o parto e repudiam a medicina, com o sentimento estranho de taxar a maternidade como algo 100% belo, paradisíaco, indolor e gratificante em todos os âmbitos da vida da mulher; com as mulheres desesperadas por homens com o rótulo "Pai do Ano", e com os homens sedentos por mulheres jovens e mais interessantes que suas esposas.

Em suma, Andréa nos apresenta uma protagonista estranha e atípica, a qual possui um rancor confuso com o mundo ao seu redor, mas que ainda consegue ser insuportável para o próprio leitor com suas atitudes rotineiras e ar superior. Cecília, desde sua introdução, sempre deixou evidente que ela é mais um número na estatística de "profissionais que seguem (à força) a carreira dos pais". Ela não demonstra apreço pela profissão, embora ame o conceito da medicina e dos status de ser médica; possui um consultório bem sucedido e é uma das melhores neonatologistas e pediatras de São Paulo — o que é irônico se lembrarmos que ela DETESTA crianças; ela "prefere" a pediatria e a neonatologia, embora opte por se manter em exames de rotinas e receitas de remédios, tudo para não permanecer por mais de 10 minutos na sala com os pais e seus filhos.

Uma protagonista atípica do que estou acostumada. Cecília é uma personagem interessante, mas ainda consegue ser insuportável. Ela é mulher chata, com um ar esnobe e superior por sempre proclamar em todos os momentos do livro que detesta crianças. Entendemos na primeira vez que você falou, querida. Ela é comicamente rasa, embora seja a única personagem com desenvolvimento tolerável — por mais que acompanhemos o seu ponto de vista, Cecília consegue tirar a paciência de qualquer um quando toma por verdade qualquer analogia inverídica e completamente deturpada das fanfics que produz em parceria com as vozes de sua cabeça.

Aliás, a rotina de Cecília é pouco interessante de se acompanhar. É uma rotina orgânica e estranhamente monótona: acordar, tomar café da manhã, se arrumar, ir para o trabalho, sair para o almoço, voltar para o trabalho, voltar para casa, dormir e repetir tudo de novo no dia seguinte. Não é muito interessante, do meu ponto de vista. Ganha um rumo mais "frenético" quando um novo neonatologista e pediatra mais humanista aparece e começa a "roubar" seus pacientes. Cecília não se consola ao saber que esse homem, que prefere partos domiciliares a supervisão "claustrofóbica" dos hospitais, está usurpando a sua fama e sua principal empregadora. É nesse momento que ela se empenha em realizar uma investigação, que não é muito bem construída.

É claro que Cecília não irá incorporar o espírito de Sherlock Holmes ou Hercule Poirot e sairá São Paulo afora, em busca de pistas mirabolantes para posteriormente apresentar à polícia — ou ao Comitê de Medicina — e dizer "prendam este homem!". Torna-se maçante, pois o leitor espera respostas concretas para as perguntas formuladas pela protagonista — porque as parturientes estão tão interessadas em partos domiciliares? Porque as mulheres escolhem o mundo da maternidade? O que há de tão chamativo na maternidade? Elas amam os seus filhos ou apenas querem mostrá-los no Instagram em troca de curtidas de completos desconhecidos? —, mas acaba recebendo um mero "depende, vai de pessoa para pessoa". Frustrante.

Os personagens secundários são rasos. Praticamente desinteressantes. A protagonista não desenvolve suas relações com os demais personagens, por isso não o vemos mais do que seus rótulos. Deise, a empregada doméstica grávida e com supostos problemas de alcoolismo. Celso, o típico homem casado com duas famílias. Robson, o segurança da pizzaria. Maria Amélia, a médica famosa. A única profundidade que temos são as fofocas que chegam aos ouvidos de Cecília, mas apenas isso. Um pouco decepcionante, mas "compreensível" se levarmos em conta que o foco do livro são as vivências e os pensamentos absurdos da protagonista.

A relação que a estranha pediatra desenvolve com Bruninho fora uma reviravolta. Cecília, uma profissional de pediatria que tem pouco apreço por crianças, amando e adorando uma? A mesma Cecília, que desde a primeira página do enredo estava jurando aos quatro ventos que jamais se "renderia" à maternidade? A mesma protagonista que priorizava seu corpo desejado por seu amor e repudiava o que a gravidez faz com os corpos femininos? Embora a sinopse já deixe claro que ela irá se "render ao instinto materno", é surreal ver como toda a sua personalidade se transforma para agradar e chamar a atenção da criança. É nítido ver como ela é praticamente obcecada por Bruno, a ponto de alucinar que ele é seu filho biológico e que, portanto, deve protegê-lo de todo o mundo, inclusive de seus pais. O final em aberto passa bem essa sensação de que a loucura de Cecília é tanto que ela faria qualquer coisa para ter essa criança como seu filho.

A escrita de Andréa del Fuego é bem diferente do que estou acostumada. São capítulos curtos, mas com escrita simples e direta. Não há descrições maçantes de cenários, mas a ambientação das paisagens do livro é repassada discretamente ao leitor — basta apenas ficar atento às reações e alucinações de Cecília. Não há uma divisão típica de narração e falas de personagens, o que embaralhou minha concentração e me fez voltar para reler o mesmo parágrafo algumas vezes, para compreender o que era narração de Cecília e o que eram falas de personagens secundários. É uma escrita mais clínica e técnica, o que estranhamente coincide com a personalidade de nossa protagonista.

É uma obra com acertos e erros. Tem seus momentos únicos, assim como tem seus defeitos. Foi uma leitura que oscilou entre "nossa, que chatice" e "Pai Amado, a Cecília é a Presidente da Loucolância e padroeira dos fanfiqueiros brasileiros". Não classifico como a leitura que indicaria primeiro, mas com certeza recomendaria como segunda opção.
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Vitória Lima 01/03/2024

Não esperava pelo final
Quando vc começa a ler, não faz ideia nem do que o livro se trata. É um livro muito gostoso de ler, rápido e envolvente. Do meio pro fim vc pode até começar a desconfiar que ela vai fazer merda, mas mesmo assim o fim é meio chocante! Ótimo livro!
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isabellamergulhao 29/02/2024

Devo me preocupar?
Gostei bastante, é 100% fluxo de consciência bem tranquilinho pra ler. A galera classifica como livro de mulher doida, mas achei ela normal.
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soles0 27/02/2024

Achei a narração atípica do que eu estou acostumada mas gostei bastante, foi uma leitura que me prendeu e surpreendeu muito, e fiquei curiosíssima para saber o que aconteceu depois do final - Como fica a Deise? O pai da Cecília vai mesmo concordar com o que ela fez? Como a Cecília vai sustentar ela e a criança? Muitas dúvidas porém no geral eu gostei.
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jambarbosa 27/02/2024

Gostei. É uma leitura fluida, intensa, te deixa atenta do início ao fim.
Cecília, uma pediatra neonatal com pouca ou nenhuma afeição por criança, é uma personagem peculiar, e que na maior parte do livro vc odeia, mas que não deixa de ser singular e interessante.
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kaori19 27/02/2024

Fraco
Nao gostei. É um livro bem rapido e tranquilo de O ler, mas nao tem nada além daquilo. A personagem não tem profundidade e nem complexidade como algumas pessoas disseram, ela é só chata e louca. Não faz meu tipo de escrita, não me agregou em nada e nem me impressionou
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vivianbooks 27/02/2024

“Ele consegui fazer o seu papel de esposo como se do outro lado da mesa eu não estivesse recheada com o sêmen que a fecundou.”

A Pediatra é uma narração em primeira pessoa da vida de Cecília, uma pediatra neonatal, com pouco ou nenhum vínculo afetivo ou deslumbre por crianças, na verdade ela repudia a entrega na maternidade e a vida em função de filhos. Ressentindo-se de todas as mães – pâncreas que chegam ao seu consultório. Ela então inicia um caso com um homem casado, e acaba por auxiliar no pato de mulher e examinar seu recém-nascido.
Dois anos após o nascimento de Bruninho, filho do seu amante, e da perspectiva de uma nova gravidez de sua esposa, Cecilia volta a se relacionar com ele e um amor involuntário, delirante e maternal é despertado por Bruninho nela.
É impossível não amar e odiar Cecilia ao mesmo tempo, ela é amarga, mesquinha e narcisista, mas dentro de nossas cabeças todos somos um pouco também, esta é a beleza da narração em primeira pessoa de uma personagem feminina que quebra estereótipos de mocinhas que buscam amor, casamento e filhos. Cecilia não quer ser mãe e ficou feliz por divorciar-se de seu ex-marido, nada nem ninguém a extorque, nem mesmo seus pacientes. Até Bruninho conseguir furar sua redoma de vidro, que a protegia do desejo de ser mãe.

O livro é muito interessante, a crítica a terapias alternativas e ao reiki me pegou muito kkkkk gostei. Por mais personagens que fogem aos padrões, por mais personagens que erram e fazem escolhas que firam outros. O final do livro é surpreendente, Cecilia realmente não bate muito bem da cabeça.
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Talita Hanna Cabral 27/02/2024

Choque
O leitor termina um capítulo chocado e assim vai pelos demais capítulos. A personagem (Cecília) leva a falta de empatia profissional para todo o decorrer da vida dela. Sei nem mais o que comentar hahaha

Ps: que abuso do Celso!
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MarAlia.Oliveira 26/02/2024

A Pediatra
Um livro curto, com uma leitura bem fluida,
Vai contar a história da Pediatra que não gostava de criança e não queria ter filhos, mas que em um determinado momento se apaixonou por um Menino.
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CeciliaFAC 25/02/2024

Ácido
Fiquei muito surpresa com o humor e escrita ácida no livro, que te envolve te levando em alguns momentos até a torcer pela personagem principal. Mais um exemplo brilhante de literatura brasileira contemporânea
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