Yasmin A. 31/05/2022
Próxima parada: Praga, junto com Bird e Mimi
Quando pensamos em literatura indígena, logo pensamos na vida do índio como índio, em sua tribo, pescando, caçando, em seus rituais, etc.
No entanto, esta história se propõe a falar não somente de um casal indígena, mas eles também estão fora de seu "habitat natural".
Pra falar a verdade, Bird e Mimi vivem na cidade, como qualquer um, vivendo suas aposentadorias e viajando pelo mundo - neste caso, o destino foi Praga, na República Tcheca, local onde se passa a história.
Em meio a uma investigação sobre um tio perdido, o casal vai passear em meio à estátuas nuas, igrejas, parques, museus, enquanto vislumbram a crise dos refugiados sírios e sua impotência em ajudá-los.
Bird ainda tem que lidar com os sentimentos negativos que o rodeia, como desesperança, depressão, desânimo, em que Mimi, carinhosamente, os nomeeou como "Eugene e os demônios" - e que se tornam personagens reais que conversam com o indigena.
Trazendo um humor, por vezes, ácido e/ou mórbido, Thomas mostra o quanto o companheirimo e o amor é fundamental em qualquer relação, além de mostrar que a vida pode começar e recomeçar em qualquer idade, em qualquer situação, principalmente se tiver ajuda de alguém querido.
Foi uma leitura reflexiva e muito boa, na qual, com certeza, não faria se não fosse pela TAG, então fico muito feliz.