Vilamarc 28/04/2022Não é turismo, é um etnocídio.A despeito de muitas críticas, eu gostei.
Primeiro porque uma obra de um autor indígena no mês em que o folclórico dia do índio ainda é comemorado no Brasil, soa muito bem vindo.
Ademais, o livro é leve, trata-se de uma viagem turística por Praga capital da República Tcheca já nos anos 2020, por isso, muito atual.
Nesse sentido, muitos pontos turísticos são amplamente descritos. Viajem nas imagens!
Entreranto, Blackbird o narrador é protagonista sobrevivente de uma das maiores tragédias humanas do Canadá contemporâneo, o aldeamento compulsório das crianças indígenas em escolas católicas.
Portanto, toda a leitura deve ser feita considerando o narrador, atormentado pelos seus "demônios", um deles nomeado Eugene, faz referencia ao nome de uma das escolas para crianças indígenas responsáveis pelo etnocídio que choca e mancha o Canadá hodierno.