Casas vazias

Casas vazias Brenda Navarro
Brenda Navarro




Resenhas - Casas Vazias


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Mariana 23/07/2023

Desromantizando (total) a maternidade
O livro de Brenda Navarro é uma facada, um tapa na cara, algo que nos agride pela verdade tão nua e crua que a autora consegue transmitir. Agride, pois rompe com qualquer ideal ou romantização daquilo que a nós, mulheres, é imposto desde o início da vida: a ideia e obrigação de ser mãe.
A obra é contada por duas personagens, são duas narradoras sem nome, invisíveis, vazias, lidando de forma diferente em relação ao maternar. Mesmo diferentes, percebo que o destino de ambas é o mesmo: conviver com angústia, com a insatisfação de seus planos e necessidades, é viver como casas vazias, em uma prisão que segundo a autora, nós mesmas nos colocamos.
Depois de ler o posfácio, fica difícil fazer qualquer resenha pertinente (afinal, que posfácio maravilhoso).
De forma geral, achei o livro muito bem escrito, pesado, necessário para refletirmos, porém, como não faz muito meu estilo de livro para as horas vagas, decido me limitar quanto as estrelas.
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Bru 23/07/2023

"Todos os homens juntos são mais barulhentos e estrondosos que todas as mulheres e suas lágrimas".
É uma história chocante e imersiva, que torna o livro impossível de largar. Gostei muito da escrita da autora, de como ela desenvolve as duas personagens principais e suas respectivas histórias de sofrimento e dor, e a relação que as duas acabam tendo ao decorrer da narrativa. É um livro pesado, mas muito bom, vale a pena conhecer a autora.
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luiza 21/07/2023

O que somos nós, mulheres, além de casas vazias?
O livro narra sobre duas mulheres, uma que nunca quis ser mãe, e agora tem que lidar com o desaparecimento do seu filho, e outra que sempre quis ser mãe, e em um ato de desespero sequestrou uma criança.

A história é muito crua em sua narrativa, falando sobre a maternidade real e toda dor que ela carrega. Em partes achei muito pesado, beirando a crueldade, mas, ainda assim, achei interessante a demonstração do ciclo familiar tendencioso que podemos entrar, de copiar o tratamento dos nossos pais e repassa-los para frente.

Ambas as mulheres não estavam prontas para serem mãe e foi cruel vê-las desempenhando esse papel apenas para se sentirem validadas como mulher perante a sociedade.

(e que agonia desse final!!)
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Isabelle 21/07/2023

Triste fim
O final desse livro me destruiu , o decorrer da história também, mas o final me deu um choque. Demorei no início para me acostumar com a narrativa da autora, porém essa narrativa tem um efeito profundo de demonstrar as emoções dos personagens .Recomendo fortemente a leitura.
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shuhua 14/07/2023

"Que tipo de bondade existe em quem exige amor dando amor? Nenhuma."
"Respire. Tire a terra que está em cima de você. Aguente, Levante-se. Respire. Respirar o quê?"
"Porque era isso que tínhamos que fazer: sermos as casas vazias para abrigar a vida ou a morte, mas, no fim das contas, vazias."
"É preciso ter coragem suficiente para matar e se matar e assim desafiar o instinto."
"Por que choramos quando acabamos de nascer? Porque não devíamos ter vindo para este mundo."
"Peço um dia a mais de vida ao mesmo tempo que imploro um a menos."

Esses trechos já demonstram por si só o quanto a experiência de leitura foi avassaladora, com frases íntimas e viscerais, somos levados a conhecer duas mães com vidas, famílias e sonhos completamente diferentes.
Mas acima disso tudo, o desejo de ser mãe para, quem sabe, se tornar um pouco mais normal, mais aceita dentro das expectativas que os outros têm sobre a mulher, é igual para ambas. Essa sensação é tão real nelas, que as leva a cometerem atos impensáveis.
Com uma escrita pesada e nada fluida, a autora nos apresenta um outro lado da maternidade, aquele que sempre evitam comentar porque sabem que ele é o mais real de todos.
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Gabi Sagaz 12/07/2023

Maravilhoso
Maravilhoso e dolorido. Chorei da primeira à última página. Intenso, dramático e bem escrito. A trama se desenrola com cadência.
Leiam.
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anacmontijo 09/07/2023

A maternidade e o ser mulher - e tudo o que isso implica, principalmente as dores -, relatados numa escrita fluida que intercala e entrelaça as visões de duas mulheres completamente diferentes. Me lembrou a narrativa de "Suíte Tóquio". Não é um livro fácil, mas muito bem escrito!
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@danisz92 03/07/2023

Eu tive conhecimento dessa obra de forma superficial e achei que se tratava de um suspense, mas, no decorrer da leitura acabei me deparando com um livro que fala sobre assuntos delicados como as várias formas de violência contra as mulheres (incluindo o feminicídio), romantização da maternidade, do papel da mulher e sua validação diante da sociedade, etc.
A escrita da Brenda Navarro é nua e dolorosa. Sinceramente consigo dizer que é um livro necessário, mas, ao mesmo tempo lê-lo me despertou indignação, tristeza, foi difícil digerí-lo. Infelizmente eu tenho dificuldade de favoritar esse tipo de leitura porque sempre quando eu penso sobre o que eu li,eu relembro o que eu senti... Me considero ainda uma leitora iniciante, apesar de já ter lido no dia de hoje cerca de 136 livros. Mas, quem sabe no futuro eu consiga encarar esses livros que mexem comigo e me conectam com sentimentos que eu não gosto de outra maneira e consequentemente tê-los como favoritos.
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leiturasdabiaprado 02/07/2023

Um verdadeiro soco no estômago: Gatilhos infinitos, leitura pesada, cheia de dores, tem que estar com o emocional muito em dia para ler!
Uma criança autista de três anos é raptada na pracinha, saí de um lar aonde a mãe não queria ser mãe e vai para um lar completamente desestabilizado aonde a nova mãe queria muito ser mãe!
Um livro com feminicídio, violência doméstica e muita muita insanidade mental!
Passamos o livro todo com pena do pequeno Daniel/Leonel, mas também sentimos pena da Nagore, uma criança que vê o pai matar a mãe e que depois desse trauma vai morar com o tio e vivencia um novo trauma de ver o seu primo/irmão desaparecer!
A narrativa é fluida, é rápida, mas não recomendo de forma alguma para as mães e para qualquer pessoa que sofra com gatilhos de violência, pois além das mencionadas acima temos muitas outras ao longo do livro!
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@litera.tu 02/07/2023

Não sei se o problema é o livro ou sou eu
Comecei amando, principalmente porque escrita da autora é incrível. No meio do livro estava odiando, e terminei achando ok.

Tenho tido com frequência essa experiência de amar a escrita, marcar várias partes do livro, mas no final sentir que a história não me envolveu?

Mas passei um tempo refletindo sobre, será que não envolveu mesmo? ?
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Marcela115 27/06/2023

É uma leitura tensa, nada agradável e nem lindo.. porém é uma leitura que envolve e você não consegue parar de ler.
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mimist 25/06/2023

Maternidade: Benção ou maldição?
"Casas Vazias" conta a história de duas mulheres, uma criança e um crime que rodeia a vida dessas pessoas. Uma leitura tensa, comovente e real.

A história mostra o lado rico e o lado pobre da sociedade mexicana. Achei genial que a escrita do lado de classe alta era mais refinada, enquanto a do lado mais carente era bem mais rápida, cheia de sentimento e até mesmo um pouco confusa.

Além dessa diferença de classe, também há a diferença entre o desejo de ser mãe. Enquanto uma não quer, a outra faz o possível e o impossível para ser. Mas é fato que nenhuma das duas estava pronta pra isso. As duas mulheres são traumatizadas, e é aquilo "O abusado se torna o abusador", elas cometem o erro de repetir ciclos, e reproduzem seus traumas na criança, que é a vítima de toda essa narrativa.

É um livro emocionante, tive um amontoado de sentimentos enquanto lia: raiva, tristeza, revolta. Recomendo de mais, vale muito à pena.
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yandra21 23/06/2023

Ainda estou digerindo tudo o que foi exposto nesse livro. Tudo tão real, tão cruel mas verdadeiro, Navarro conseguiu muito bem mostrar a maternidade sem romantização alguma, colocando os pingos nos is. foram 160 páginas mostrando a visão de cada narradora como mãe, e de que apesar dos pesares, ainda sentiam-se vazias, a cada leitura sobre a mãe de Daniel, sempre me vinha a mente a frase "se fosse mãe, minha vida seria completa" como se um filho pudesse preencher uma lacuna, como se a maternidade fosse a cura ou até uma solução para os problemas. E sempre vemos muito isso, essa romantização absurda que é criada.
Não só sobre a maternidade, mas as violências vinda pelos casais, pela família, como o patriarcado. A proteção injustificável da mãe de Rafael sobre as agressões, visto que "é meu filho" não justifica nada.
O posfácio da Natália Timerman foi incrível (não deixem de ler).
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Lisi 21/06/2023

Os temas abordados nessa história são bem pesados, sensíveis as vivências femininas. Não é um livro que me fez sofrer, acho que pela escrita da autora que não é tão emotiva e sim mais direta, mas em algumas partes tive um nó na garganta imaginando certas situações.

Excelente leitura.
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