Norte e Sul

Norte e Sul Elizabeth Gaskell




Resenhas - Norte e Sul


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Sara277 22/08/2021

Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell
A primeira obra que leio da autora. Não conseguia parar de ler, um dos melhores romances que já li. Recomendo muito.
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@fabio_entre.livros 01/09/2022

Orgulho, preconceito e luta social
Numa realidade alternativa em que Jane Austen e Charles Dickens se unissem para escrever um livro, o resultado dessa parceria certamente seria algo como "Norte e Sul". Combinando a representação provinciana da vida sulista inglesa com a observação das transformações e dos contrastes sociais urbanos no norte industrial durante o século XIX, a obra de Elizabeth Gaskell reúne algumas das melhores características literárias dos autores supracitados.
Em relação a Austen, o livro lembra inescapavelmente "Orgulho e preconceito" devido à dinâmica conflitante do casal protagonista. No entanto, Gaskell dá a esse conflito uma dimensão social que vai além dos atritos românticos de Margaret e John. Isso porque, além de abordar os extremos ideológicos de seus personagens, "Norte e sul" também abre espaço para o protagonismo daqueles sujeitos socialmente desfavorecidos que povoam os romances de Dickens, Hugo e Zola. A propósito, um dos temas centrais de Gaskell nesta obra é a luta das massas por justiça social no trabalho, ideia que ganharia um expoente perfeito com o clássico francês "Germinal", de Zola, publicado quase trinta anos depois de "Norte e sul".
Embora seja um romance consideravelmente longo, "Norte e sul" tem um número de personagens ativos limitado, o que é favorável à tessitura da obra, permitindo que a autora apresente de forma específica os choques culturais, de classe, região ou ideologia entre eles. Além do desentendimento constante entre o casal (Margaret representando o sul pacato e austeniano; John, o agitado norte industrial), outros conflitos ganham vez e voz, como entre Thornton e Higgins (representando o contraste de interesses entre patrões e empregados) e entre Higgins e Boucher (operários com índole e ideais opostos).
Mesmo com esse contexto social, a obra não perde o tom folhetinesco: intrigas, mal-entendidos, segredos de família, perdas de entes queridos, perseguições e, o principal, uma protagonista forte e determinada, são ingredientes que tornam a leitura agradável e quase isenta de rupturas de ritmo. O único ponto desfavorável, para mim, foi o final, especificamente os últimos capítulos, não pelo "que" acontece, mas o "como". Achei o desfecho muito abrupto, mais ou menos como o de "E o vento levou". A adaptação da BBC em minissérie (versão de 2004, excelente por sinal) entregou um final mais satisfatório e definitivo, em minha opinião.


site: https://www.instagram.com/fabio_entre.livros/
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rafinha 08/08/2021

Me supreendi com essa leitura, ouvia comparações com o trabalho de jane austen e discordo veemente! Norte e sul é um trabalho extremamente politizado para a época e se compara com trabalhos ilustres de dickens, leitura densa que ao mesmo tempo consegue ser fácil na hora de ler.
diferente do que eu imaginava mas de uma maneira positiva
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Tatha 21/11/2012

Apaixonante.
Depois de ter visto a série, fiquei seriamente apaixonada pelo Thornton, o que misturou o personagem e o ator (Richard Armitage). Comprei o livro e comecei a ler. Meu amor por ele só conseguiu aumentar! Ele realmente se declarou pela Margareth e ela, por sua vez, aprendeu na pela a não ser tão orgulhosa e preconceituosa.
Não só pela história de romance, há a parte social da obra. O contraste entre patrões e empregados é muito bem detalhada e a Elizabeth conta os dois lados da moeda. Fora as outras personagens secundárias com seu papel importante - algumas são detestáveis, já aviso - e que ajudam a construir a história.
Recomendo!
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GeL 17/12/2022

Resenha para o blog Garotas entre Livros
Hey galera, vamos para um clássico da literatura?

Margaret Hale ou Norte e Sul como ficou conhecido, é um clássico da literatura que vai nos apresentar a história de Margaret, uma jovem que depois de ter passado vários anos vivendo com a família da tia em Londres, e sendo dama de companhia de sua prima, volta para a casa dos pais após o casamento dessa prima.

Margaret tinha boas lembranças de sua casa de infância, que ficava em Hellstone, uma cidade pequena ao Sul da Inglaterra. Lá a vida era bem pacata e com seu pai sendo o vigário local, ela tinha uma boa relação com os moradores da cidade. Tudo muda quando seu pai toma uma decisão que transforma completamente a vida da família. Eles mudam de cidade e saem de Hellstone para a cidade de Milton, uma cidade industrial ao norte da Inglaterra.

Em Milton, Margaret vai conhecer outras pessoas e descobrir um estilo de vida bem diferente do seu, diferente até daquele que ela conhecia ao viver em Londres. Ali as pessoas eram focadas em trabalhar nas indústrias, encaravam outros tipos de problemas e nesse momento vamos conhecer personagens que vão nos mostrar o paralelo de vida em Milton, destaco os principais que são Mr. Thornton e Mr. Higgins.

Thornton vai entrar na vida de Margaret porque ele se torna um dos aprendizes de seu pai, que ao se mudar para Milton, começa a ensinar jovens que tinham o interesse de crescer intelectualmente. Ele era um dos grandes industriais de Milton, que empregava muitas pessoas e tinha um bom feeling para negócios, porém não era o mais “sensível” dos homens rs. Com ele a nossa Margaret vai ter vários entraves e entender mais sobre a visão dos patrões, e sim vamos ter um hate to lovers aqui rs.

Mr. Higgins já é o outro lado dessa moeda, um homem simples e trabalhador, vai fazer parte da vida de Margaret por conta de sua filha Bessy, que se torna boa amiga de Margaret. Bessy era uma jovem muito adoentada e provavelmente sua doença se agravou por conta da poluição da cidade. Logo que conhece Margaret, elas desenvolvem uma forte amizade e assim a nossa mocinha vai entender sobre a vida de quem está na classe mais baixa e sobre suas necessidades e lutas.

Ao longo de todo o livro vamos encontrar esses paralelos entre estilos de vida, locais e muito mais. O livro tem o começo um tanto lento, não nego que senti sono algumas vezes durante a leitura, mas depois da metade ele ganhou novo fôlego, conforme as reviravoltas aconteciam, o que deixou a leitura bem mais interessante.

Mr. Thornton é o meu personagem favorito e eu sofri por ele em alguns momentos. A Margaret é bem chatinha, não é aquela personagem que nos cativa de cara, mas ao longo do livro ela vai melhorando, ainda mais após conhecer as pessoas de Milton, que fazem com que ela seja menos altiva.

No geral é um bom livro e eu indico a leitura para você que gosta dos clássicos, mas preciso fazer algumas observações quanto a edição. A primeira é sobre o nome, ele é popularmente conhecido por Norte e Sul, mas a editora preferiu alterar para o nome que a autora tinha preferência – Margaret Hale. O livro foi originalmente editado por Dickens, e foi decisão/indicação dele alterar o título, após a leitura eu digo que concordo com Dickens, Norte e Sul faz muito mais sentido.

Outro problema que encontrei foi que o livro está cheio de erros, encontrei vários ao longo da leitura e isso é um problema de revisão. A minha edição é de 2015, quando a editora estava ainda no começo, eu creio que já mudou muita coisa desde então e eu espero que a revisão também tenha melhorado. Mas deixo avisado para vocês que ainda lerão o livro.

Um ponto positivo foram as notas de rodapé, tem várias curiosidades interessantes e referências que enriqueceram a leitura. Pelo conjunto da obra, o livro ganhou 3,5 estrelas, ainda quero ler mais da autora e decidir se gosto da escrita dela ou não. Amei o final e a forma como ficou aberto a várias possibilidades, achei muito bom.

Leiam se sentirem curiosidade, fica a dica.

site: https://www.garotasentrelivros.com/2022/12/resenha-429-margaret-hale-norte-e-sul.html
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Jaque 20/10/2022

Finalmente consegui concluir a leitura deste livro. Comecei a ler Norte e Sul no começo do ano, e as expectativas estavam bem altas por conta da comparação que é muito feita entre esse livro da escritora inglesa Elizabeth Gaskell, com Orgulho e Preconceito da Jane Austen. Como fã da segunda, fui confiante de que iria gostar da narrativa apresentada por Gaskell.

Mas infelizmente, a leitura do livro foi penosa ( tanto que demorei muito pra finalizar). Não achei ele de todo ruim, mas ao findar suas 744 páginas fiquei com a impressão de ter lido uma história superficial, com uma trama e personagens pálidos, que não me divertiu e não me emocionou.

Publicado em 1854, Norte e Sul é classificado como um romance industrial, pois a história acontece durante o período da revolução industrial inglesa, e a despeito das poucas passagens em que são mostradas as condições miseráveis dos trabalhadores das fábricas da fictícia cidade de Milton, a autora concentra a sua argumentação em prol de ressaltar que o problema é que existem patrões " bons" e " maus". Gaskell até faz uma crítica à exploração dos trabalhadores, mas faz isso de forma essencialmente moralista, pois condena os atos de violências quando são praticados por esses trabalhadores. Como se a violência maior não tivesse sido feita antes pelos donos das fábricas.

O romance do casal protagonista também é ruim. Em ambos falta carisma, humor ou qualquer outra qualidade que nos faça gostar e torcer por eles. Margareth e Thornton é a versão desbotada de Darcy e Elizabeth.
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Bruna.Barreto 26/12/2022

Livro bom
O livro traz um contexto importante da revolução industrial, tratando não ser só de um romance comum mas traz temas como desigualdade econômica, preconceito e mudanças. Achei muito muito bom, porém, denso demais.
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Bruh 19/01/2016

Os comerciantes não são como príncipes?
Tem dois trechos dos pensamentos de Margaret Hale que eu gostei muito:

" Ela lembrou-se de que, em uma noite como essa, prometeu a si própria levar uma vida valente e nobre como a de uma heroína de um romance que lera ou ouvira contar, uma vida sem medo e sem culpa. Naquela ocasião pareceu-lhe que bastava querer que tal tipo de vida seria conquistado." P.702

"E tentou resolver o mais difícil problema para as mulheres, ou seja, o quanto deveria ser entregue à obediência de uma autoridade, e o quanto deveria ser deixado à parte para atuar da maneira que quisesse" P.711

Eu gosto muito de ler clássicos e posso contar nos dedos as personagens femininas que me marcaram por sua força e personalidade, apesar das limitações sofridas pelas mulheres dentro das sociedades em que eram inseridas. Minhas personagens favoritas são Elizabeth Bennet, Jane Eyre, Aurélia Camargo e agora Margaret Hale. Ah, e o Sr, Thornton conseguiu substituir o Sr. Darcy nas minhas preferencias.

Minha edição é a da Martin Claret, é uma edição de capa dura e traz uma bela ilustração do Norte (Milton) na capa e do Sul (Helstone) na guarda do livro. Além de trazer um prefácio escrito pela professora Maria E.S.M.Mendes que foi muito útil para maior entendimento da vida da autora e da sociedade vitoriana. Eu já havia assistido a série de 2004 da BBC e não me importo com spoilers, mas se você se incomoda, leia o prefácio após o termino do livro.

Iniciei o livro na semana do natal e foi meu primeiro livro da meta de 2016. Seguirei lendo livros clássicos de literatura inglesa durante o ano.
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aleitora 28/11/2016

Norte e Sul
li Norte e Sul da Elizabeth Gaskell nessa edição especial da editora martimartin Claret e fiquei apaixonada pelos detalhes e pela qualidade.

De início somos apresentados a parte sul e aristocrática da Inglaterra através da família Hale, que vive na tranquila cidade de Helstone. O sr. Hale é o pároco da pequena cidade apesar das queixas de sua esposa que deseja viver em um lugar maior enquanto que a filha adora o lugar.

Por isso Margareth é surpreendida quando o pai avisa que está abandonando a igreja para dar aulas em Milton Norte dentro de poucos dias.

Já em Milton a família precisa se adaptar a uma vida completamente diferente da que estava acostumada e aos transtornos de se viver em uma cidade industrial cheia de fumaça, suja e com residentes de ?pouca educação?. Ali Margareth se apega a família Higgins que pertence a classe operária enquanto que faz forte oposição a tudo que pensa e diz um aluno de seu pai, o sr. Thornton que é um rico industrial e por isso os dois vivem discutindo.

Em Milton, o sentimento de insatisfação cresce entre os operários o que aquece os ânimos entre eles e os industriais, e aqui começamos a compreender melhor as necessidades e dificuldades de cada um. Margareth se vê no meio dessa confusão e em um ato de loucura ela protege o sr. Thornton sem perceber que esse sentimento de proteção pode ter nascido de algo mais profundo. Enquanto que John, que já vinha sentindo algo por ela, encontra nesse ato o incentivo para dizer que a ama e acaba desprezado mas mesmo assim não deixa de ama-la, até que um mal-entendido promete afasta-los de vez. Infortúnios e tragédias acontecem e somente aí nós caminhamos para o grande final do qual não posso falar mais nada sem dar spoiler.

Norte e Sul é um livro extenso e profundamente detalhado. Em nenhum momento se torna cansativo, muito pelo contrário, acho que a Elizabeth Gaskell tinha um dom para prender o leitor as suas páginas. Esse livro é tão perfeito que se tornou o primeiro clássico a entrar para a minha lista de favoritos. Gostaria que todos o lessem para terem ao menos uma noção de quão bom ele é.

Leiam, está mais do que recomendado.
WilsonSacramento 29/11/2016minha estante
Ótima resenha!


aleitora 29/11/2016minha estante
Obrigada Wilson ?


Gizalyanne 17/11/2018minha estante
Poderia me dizer quando começa a empolgar? por que até agora estou achando um tédio




Pandora 28/09/2020

Nem sei o que dizer, só estou sentindo a leveza de ter terminado, finalmente, esse calhamaço. Foi difícil, foi sofrido, não consegui criar vínculos com os personagens, mas a leitura foi finalizada!

Em "Norte & Sul" a Elizabeth Gaskell corajosamente conta um pouco dos efeitos do processo de industrialização da Inglaterra lá por volta de 1850 através da experiência de Margareth Hale, filha de um sacerdote da Igreja Anglicana que desistiu de seus votos e mudou de uma pacífica cidade do Sul para o subúrbio de uma cidade industrializada no Norte.

Margareth presencia tanto a luta dos capitalistas, para se manterem numa recém conquistada posição de privilégio social diante de um mercado que oscila e é impiedoso com eles, quanto dos operários que trocam sua força de trabalho por moedas e sofrem com salários baixos, falta de segurança no trabalho e uma vida de privações no subúrbio.

A jornada de Margareth Hale do campo a cidade ensina muito a ela sobre a vida real além dos salões de festa ou da pacata vida no campo e nós aprendemos junto com ela. Passeamos pelos subúrbios e por uma greve longa e atroz da qual os trabalhadores saíram prejudicados. Presenciamos a dignidade da classe operária inglesa e também seu desespero, doenças, perdas e fatalidades.

Se "Norte e Sul" não foi uma leitura lúdica, foi bastante didática. A Elizabeth Gaskell foi uma narradora corajosa e foi um prazer ouvir sua história, seus pontos de vista sobre as mudanças as quais a industrialização submeteu seu país. É muito bom ler mulheres escrevendo histórias de protagonismo feminino.

Ah, no livro a Margareth vive um romance com o capitalista/industrial John Thornton e se apaixonar é só uma das muitas coisas que acontecem a essa mulher digna e de personalidade fortíssima.
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Dri 12/11/2021

O melhor de Elizabeth Gaskell
Li numa LC do IG literaturainglesaBR e foi uma experiência incrível. Daria para ter lido em bem menos tempo, mas as lives semanais da professora Marcela ajudaram a entender melhor a trama, o contexto e a vida da escritora. Eu já tinha lido outras obras de Gaskell, mas essa foi a melhor, sem dúvida. Acompanhamos Margaret passar da adolescência para a vida adulta, em meio à muito sofrimento e resiliência. É como se ela não pertencesse de fato a nenhum lugar: nasceu no campo, foi criada em Londres e vai morar repentinamente em uma cidade industrial. Paralelamente vamos acompanhar o conflito entre patrões e empregados, a discrepância entre o modo de vida das cidades industriais, do campo e de Londres. Mr Thorton é o Mr Darcy da cidade industrial. Kkk. Perfeito. Linda história, um belo painel da Inglaterra vitoriana e uma leitura muito agradável. Leiam.
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Carol 31/12/2021

Primeiro livro da autora que li. Gostei muito, principalmente considerando os temas que ela levanta e a época em que foi escrito.
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