Não fossem as sílabas do sábado

Não fossem as sílabas do sábado Mariana Salomão Carrara




Resenhas - Não fossem as sílabas do sábado


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Vic feitoza 24/01/2024

"O luto é um poço cheio de egoísmos."
Estou completamente fascinada pela escrita da autora. A forma como ela enxerga o luto e a dor de ser mulher me fez remeter a forma como a Elena ferrante descreve algumas sensações em seus livros também. Absurdamente bem escrito. Só senti MUITA vontade de saber mais sobre a história do Miguel, e o final do livro me deixou com mais vontade ainda, bati palmas pra autora por conseguir fazer isso em um livro de 168 páginas que mal tem diálogos. Sigo impactada com algumas frases que ela nos deu de presente nessa obra. Queria conseguir explicar como me sinto em relação a forma dela simplesmente fazer parecer que fez uma cirurgia no ato de começar e finalizar uma frase. Sério, sem condições.
Falei no começo da resenha que ela me lembra a Elena ferrante escrevendo exatamente por me passar essa sensação de "COMO UMA PESSOA PODE TER ENCONTRADO ESSAS PALAVRAS PRA DESCREVER ESSA SITUAÇÃO DE FORMA TÃO ABSURDA E FENOMENAL?" não sei. Foda.

? "Ele não entendia que eu já tinha uma porção limitada de felicidade para gastar e não podia viver assim como fazem as pessoas mundanas que não conheceram a morte e portanto se pensam vida imaginam um material cósmico infinito que eles podem usar com o que quer que seja."

? "No meu silêncio respirando bronquítica as ausências que flutuavam naquele apartamento."

? "O intervalo insuportável entre o hábito e a dor. No começo ele é frequente, chamei de instante perverso."
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FellipeFFCardoso 23/01/2024

Escrever sobre a dor sem cair num lugar óbvio é algo raro. Neste livro, a autora tece uma narrativa com imagens muito bonitas, poéticas, aniquiladoras que recuperam de nós qualquer experiência possível de luto e sofrimento para, empaticamente, nos posicionarmos diante da história, mas sem nos deixar no clichê, sem desgastar ainda mais as palavras. Talvez a maior pergunta do livro seja: como você é diante da dor do outro? É você meio como a Madalena ou o Patrick? Ou qualquer um dos outros personagens secundários. É essa qualidade de estarmos salvos, porém diante da dor, que nos coloca vulneráveis ao ponto de nos anteciparmos, de buscarmos a sobrevivência. No entanto, como se sobrevive ao sentimento? Como se sobrevive ao cansaço da ausência? Como se sobrevive aos fantasmas que insistimos alimentar? O que mais me faz admirar a escrita da Mariana é o exercício temporal que ela magistralmente alcança ao nos mergulhar e nos sacar do sufocamento, para nos mergulhar de novo na história, as vezes como tortura, as vezes como misericórdia. Livro lindo, dolorido.
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Igor Azevedo 22/01/2024

Um livro sobre o luto
Não pense que, por ser um livro curto, este é tão fácil de ser digerido. O que pega aqui é a forma como o luto é encarado pela personagem principal, que perdeu o marido de forma trágica e que, quase sempre, se sente culpada pelo acontecimento. Todo o enredo da trama nos mostra as fases do luto, assim como é carregado de aspectos depressivos e a luta da maternidade diante de um luto. O leitor consegue sentir a angústia e ansiedade da personagem, principalmente pela desorganização do tempo no enredo (o que não me cativou) e uma linguagem por vezes rebuscada, representando o fluxo de consciência da personagem, o que pode deixar o leitor até confuso, uma vez que o texto não segue uma linguagem tão padrão.
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Willsp 22/01/2024

São tantas sílabas visse, são silabas demais
O livro me provocou certo desconforto em alguns momentos, e foi exatamente essa sensação que tornou a leitura cativante, especialmente devido ao estilo de escrita empregado. Acompanhar a protagonista e suas ideias, mesmo discordando delas, trouxe uma experiência bastante realista, já que, na vida, é comum procurarmos um culpado para punir em casos de eventos adversos que nos acontecem, mesmo que esse apontamento seja apenas mentalmente, como forma de amenizar o impacto, se não acaba que a culpa fica inteiramente em nós.

A obra aborda eventos nos quais a responsabilidade é imposta de maneira mais intensa às mulheres, como se fossem constantemente rotuladas com um aviso de "CUIDADO". O trecho do livro que menciono e que me pegou: ?se fôssemos placa de trânsito seríamos CUIDADO, se fôssemos um aviso no portão seríamos CUIDADO, se fôssemos um adesivo numa encomenda seríamos CUIDADO", esse é um trecho que destaca de forma impactante essa realidade muitas vezes opressiva.

Esse livro nacional, sim, literatura brasileira, proporcionou uma experiência incrível, tornando-a mais realista. O único ponto negativo para mim foi a ausência do sinal gráfico crucial para a fluidez da leitura: a vírgula.

No geral, foi uma leitura profunda, cativante e que me fez refletir. E se me faz refletir, é show de bola.
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Júlia 21/01/2024

Não Fossem as Sílabas do Sábado
Escrita fluida que te faz entrar na cabeça e no processo de luto da personagem, contando uma história do que se resta após a morte de alguém próximo. Essa história, incrivelmente, nos lembra que resta sempre a vida.
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camila2911 20/01/2024

Um livro reflexivo, poético, que te faz pensar o tempo inteiro sobre amar e perder.

Estar dentro da cabeça de uma pessoa de luto é difícil, mas é muito interessante ver como a personagem principal lidou com a perda do seu marido, o neném recém chegado e a estranha relação com a vizinha Madalena.

Não tem final feliz cheio de floreios de livro de romance, nem uma lição de superação: é uma história sobre perda, e sobre como você nunca será o mesmo depois do impacto de amar e de perder quem você ama.
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Martony.Demes 17/01/2024

Um livro que causou um frêmito desconfortável em meu coração já no seu início. Uma cena abrupta e disruptiva! Impactante! E isso causa desconforto e curiosidade acerca do restante da história!

O transcorrer da narrativa vai alternando entre cenas antes e depois desse ocorrido. Em certo momento, achei um pouco melosa e rastejante. Contudo, a autora sempre traz reflexões fortes sobre a vida, sobre escolhas, sobre alternativas antes de um acontecido, sobre o futuro, sobre a morte, sobre transpor tudo isso e sobre renascer para vida com uma outra vida.
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Boneca sem manual 15/01/2024

Um livro lindo que me fez chorar na primeira página. Uma história muito sensível sobre luto, sobre maternidade, mas principalmente sobre duas mulheres se tornando amigas apesar de tudo que sugere que elas se odeiem.
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Priscila.Mastranto 11/01/2024

Um sábado que mudou tudo...
O livro conta a história de uma mulher que perde o esposo em um acidente causado pelo suicídio de um outro homem, vizinho do casal. Após a morte do marido, a mulher, que estava grávida, inicia uma relação de amizade e cobranças com a viúva do suicida. A história relata muito bem o tema da perda, da transformação que podemos ter após perder alguém querido, não deixando de lado o tema da amizade, da cumplicidade e da maternidade e suas cobranças, além da culpa que a mulher carrega por não poder conduzir tudo como deseja.
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Nessa 09/01/2024

O relacionamento de Ana e Madalena começa quando o marido de Madalena se mata jogando se dá janela de seu apartamento caindo em cima do marido de Ana.
Após todas as pendências burocráticas Madalena se aproxima de Ana tentado suprir as necessidades que André deixou.
Eh um livro muito triste .
Acredito que seja em fluxo de consciência na cabeça de Ana , pois não temos a visão da Madalena da história e ela se alterna entre passado e presente.
Um livro sobre luto, remorso e dor.

Vale a leitura , mas para mim não é o melhor da autora.
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Ivy B. 09/01/2024

Não fossem as sílabas de sábado
Não fossem as sílabas é um livro poético e isso me encantou. A mistura de narração com pensamentos da personagem principal quase tira o fôlego do leitor. Várias vezes parei de ler pra respirar e voltar a leitura. Impactante!

A obra fala sobre o luto, dor, maternidade solo, responsabilidades impostas às mulheres e sobre muitas coisas mais.

Amei e quero ler mais da autora!

"Quando a Tina me faz uma pergunta sobre o André é como se ele tivesse aparecido por trás de mim no espelho, fica uma presença impossível."
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JAlia514 09/01/2024

Mariana Sensacional
Intenso, doído e fluído. Meu primeiro contato com a autora, amei a escrita, mistura de diálogos com pensamentos. Traz a reflexão de muito mais que um luto, também a prerrogativa do peso feminino. Nao tinha livro melhor para começar 2024, muito lindo mesmo. Recomendo.
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Gabriel1994 07/01/2024

Tristemente belo
Que escrita linda, que estória tocante e triste... ainda estou mergulhado na vida de Ana e Madalena, ainda me pego pensando na tragédia quase cômica de André e Miguel. Muito ainda não sei expressar a respeito deste livro, mas o que sei é que Mariana Salomão é uma grande escritora e suas obras são extraordinariamente dolorosas, poéticas e bonitas. Espero que esse livro cresça entre os cômodos da minha vida, como É Sempre a Hora da Nossa Morte Amém, que vez ou outra, em meus dias ordinários, atravessam pensamentos e me recordo de trechos ou cenas como se fosse memórias/vivências do meu ser. Anseio ler mais da autora e anseio também que seus escritos continuem a ser publicados.
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