Resenhas - Diorama

Giselle.Marilize 13/04/2024

Não gostei do livro, a leitura foi arrastada, eu não sei se eh porque fui lê-lo com uma expectativa muito alta e me decepcionei, peguei ranço da personagem principal, enfim, tem gostos e desgostos neh. Nem queria fazer a resenha mas como estou participando do desafio de leitura, preciso validar a leitura deste livro.

leobalarin 23/02/2024

DIORAMA
A história é narrada por Ciça (Cecília) onde vamos nos deparar com um crime que aconteceu nos anos 80 na cidade de Porto Alegre e todos os impactos disso na vida de sua família.
Seu pai, Raul que é um político é o principal suspeito de matar seu amigo, também político, João Carlos Satti e todo o enredo é justamente entender o que aconteceu antes desse crime e se de fato houve motivações por parte de Raul em matar seu então amigo. 

E ao longo dessas lembranças que aparecem junto aos dias atuais da vida de Cecília que atualmente vive nos Estados Unidos e trabalha como taxidermista, profissional que se dedica a empalhar animais, está em um relacionamento e seu pai está doente no Brasil e existe o questionamento de até que ponto ela precisa se envolver nisso. 

Além desse crime e de toda memória trazida a tona, temos a família de Cecília, sua mãe Carmen e seus irmãos, Marco e Vinícius, onde Vini é um cara gay que trás um pouco da vivência de viver isso nos nos anos 80, justamente no momento que AIDS está em evidência e isso ser também um ponto alto da história.
Me identifiquei com Ciça justamente nos questionamentos que ela trás sobre revistar sua cidade natal e todo seu passado e quão incômodo pode ser isso.

No geral eu achei uma história muito boa, só um pouco cansativa em certos trechos de lembranças que poderiam ter sido citados de forma mais rasa.

deb.reads 17/01/2024

Diorama
Com certeza esse livro vai estar no meu ranking de melhores do ano! que escrita e enredo inteligentes e instigantes, não conseguia parar de ler. eu não conhecia o caso real mas isso não diminui a experiência que tive, que foi MUITO boa. tudo no livro foi interessante pra mim, a infância da cecília, a vida adulta dela, o trabalho dela, os fatos do crime, a vida do irmão? achei tudo TÃO bem construído e bem destrinchado.

a personagem principal tem uma sinceridade quando adulta que faltou tanto pra ela durante a infância, onde mesmo quando tudo era dito nas entrelinhas ou nem era dito, ela acabava descobrindo. e acho que isso se reflete até na curiosidade e no gosto que ela tinha pelos animais e que passou a ter pelo trabalho. nem sei se foi intencional da autora mas enxerguei muito assim.

gostei muito que a autora também trouxe um contexto político e social pra todos os momentos do livro, achei isso muito importante. ela também tratou de temas super pesados com uma sensibilidade enorme, que é algo essencial. nem sei mais o que falar do livro, eu gostei tanto de tudo e já quero fazer uma releitura.

Vladia Castro 13/01/2024

Diorama
Carol Bensimon. Diorama é a representação de uma cena, onde objetos, esculturas,animais empalhados inserem-se em um fundo pintado realisticamente. (Houaiss) Cecília faz dioramas, faz animais empalhados, mora nos EUA. Mas seu pai teve um AVC e seu irmão pede p que ela volte p visitá-lo. O problema é que Cecília relembra sua infância e todas as marcas que ela carrega na fase adulta. O pai dela foi acusado de matar um político, amigo dele. Mas será que ele matou mesmo? E o que tudo aquilo causou em Cecília e seus irmãos?!

Fernanda.Klein.Peixoto 13/01/2024

Já não ando pelas ruas de Porto Alegre como antes
Saí de um bar uma noite dessas e me dei conta de que estava a poucos metros de onde o crime aconteceu. Foi uma sensação curiosa. Eu não conhecia o caso Daudt, era muito criança na época, mas tive que interromper a leitura em certo ponto para pesquisar a respeito. Queria imagens para corroborar as que vinha criando em minha cabeça durante a leitura. Fiquei admirada com a reconstrução do tempo e da cidade, mas principalmente com a criação de personagens tão representativos do Rio Grande do Sul (e, imagino, do Brasil).

É muito interessante acompanhar o caso pelo olhar da criança, depois enriquecido pela visão da adulta, com todas as informações que ela adquiriu. Meu tempo narrativo preferido foi o da infância, em que encontrei cenas marcantes, como a da caçada que abre o livro.

Achei fascinante a ideia do diorama dentro da história.

Lucas 08/01/2024

Surpreendeu
Eu tinha hipótese. Matzenbacher tbm amava Satti. Contudo, a narrativa vai para outra direção. Me pegou desprevinido, apesar de nao ser tão diferente da minha ideia, mas fez sentido e gerou empatia. Gostei da saída e ela amarra o final muito bem!

Joshua Amaral 04/01/2024

Revelador!
Uma leitura prazerosa que nos trás o enredo de um assassinato em Porto Alegre, crime cometido por um político, contra outro politico. Aborda-se o preconceito contra a homossexualidade e a "macheza". Gostei muito.

Marcianeysa 19/12/2023

Muito bom!
Amei esse livro, escrita maravilhosa e trama emocionante.
A forma como a autora alterna passado e presente é sensacional.
Um dos favoritos do ano.

Dilso 10/11/2023

Baita livro bom...
O QUE FOI ISSO? Que livro... Impressionante a forma como a autora entrelaça os tempos e narrativas (e sem se perder) fazendo com que ambas sejam costuradas de maneira tão competente que chega a assustar. Uma obra mutíssimo bem escrita que reconta um crime acontecido de fato na Porto Alegre de 1988, espantosamente encaixado e reconstruindo as lacunas através da ficção e a troca de nomes. Não conto mais. Estou muito empolgado e suscetível a perigosos spoilers. Gente, se vocês gostam de uma história bem contada e com algumas reviravoltas de tirar o fôlego, então leiam o "Diorama" e depois voltem para me dizerem o que acharam. Duvido que alguém não goste.

Carla.Zuqueti 13/10/2023

Reflexões
?Eu também acreditava nessa teoria, mas acrescentaria que as decisões tomadas em situações extremas não costumam ser as mais ponderadas e que, além disso, meu pai parceira ter plena confiança tanto em seu poder de parlamentar como na extrema incompetência da polícia.?

?Diorama - representação de uma cena onde objetos, esculturas, animais empalhados, etc., inserem-se em um fundo pintado realisticamente.?

Nesse contexto a autora conta a história de Cecília. Ou melhor, escrito em primeira pessoa, Cecília conta sua história. De uma menina que sempre quis ser naturalista e acabou no ramo da taxidermia. Que sempre se inspirou no irmão mais velho, sem saber quantos problemas ele carregava consigo. Que tinha uma vida feliz até seu pai ser suspeito de cometer um crime.

Inspirado em um história real, ?Diorama? fala sobre como a família de um renomado médico e deputado estadual foi afetada quando este é acusado de assassinar um de seus melhores amigos, também deputado. E como as coisas acontecem diferente pra quem tem dinheiro e poder.

O livro fala também sobre homofobia e preconceito, sobre como a política determina investigações policiais, e quais benefícios você pode usufruir quando faz parte do ?sistema?. Mas isso pode custar um bem maior, quando sua família não conspira com suas intenções. Você pode perder seu bem mais precioso.

?É verdade. Porque entender esse país é entender a tolerância ao horror. Entender esse país é entender que subir a pirâmide significa pisar em escombros.?

É um livro com reflexões bem profundas sobre família, aceitação e como o poder pode corromper almas nobres e como o preconceito destrói laços.

Andreia410 13/10/2023

Não me empolgou
Talvez um dos livros menos empolgantes que eu li nesse segundo semestre de 2023. Mas resisti a tentação de abandoná-lo e persisti até o final.

A história é inspirada em um crime que aconteceu em Porto Alegre, que envolve questões políticas e de homossexualidade. O personagem principal é a filha do principal suspeito, de quem ela acaba se distanciando e indo morar nos EUA onde trabalha com taxidermista (empalhamento de animais).

E talvez as idas e vindas no tempo não me prendeu, a vida atual a protagonista não é envolvente, parece uma colcha de retalhos, cheia de termos dificeis relacionados a sua profissão. E as passagens relacionadas ao passado e ao crime, que trazem mais dinamismos, não são suficientes para manter o envolvimento.

É o primeiro livro da autora Carol Bensimon que eu leio, e tinha curiosidade de conhecer outras obras.

Rafa569 20/09/2023

#20: Diorama - Carol Bensimon

A história tem como ponto central um crime ocorrido em Porto Alegre, em 1988, em plena redemocratização, e que chacoalhou a família Matzenbacher. Cecília é a narradora, filha de Raul e Carmen, irmã caçula de Marco e Vinícius.

Raul Matzenbacher, deputado, é o principal suspeito de ter assassinado, a tiros de .12, o também deputado, e seu amigo, João Carlos Satti. A narração vai alternando os fatos ocorridos no passado e 2018, trinta anos depois, com Cecília tentando refazer a vida nos EUA. Casada e taxidermista, trabalhando na confecção de dioramas, em que os animais empalhados são montados em cenários pintados realisticamente.

Partindo logo para o final da trama: Raul matou ou não matou Satti? Tudo leva a crer que sim, apesar de sua absolvição. E o final do livro expõe os motivos de Cecília ter abandonado sua cidade, indo para os EUA para um curso de 6 meses, que viraram 16 anos. O irmão Vinícius se entende homossexual aos 16 anos (anos 80, surgimento do vírus da AIDS, à época chamado de câncer gay), e o pai não tolera isso, inclusive chegando a agredir o filho. Em sua descoberta, acidentalmente Vini acaba se aproximando de Satti, morando aí a motivação do crime.

Este livro me remeteu a Barba Ensopada de Sangue (Daniel Galera), e Marrom e Amarelo, de (Paulo Scott), que também se passam no sul do país, este último em Porto Alegre, e o outro em Garopaba/SC, mas uma parte em Porto. Esses 3 livros me trouxeram a impressão de uma cidade violenta, preconceituosa, racista e conservadora e com personagens que saem de lá e em algum momento precisam voltar para encarar um passado que tentaram deixar pra trás.

A cena final do livro é o reencontro de Cecília com o pai Raul, acamado por um AVC, não conseguindo mais se expressar, e há um contato olho no olho, remetendo às várias vezes que Cecília descreve seu contato com o olhar dos animais nos dioramas, trazidos à vida em nova roupagem, e esta é uma metáfora que acompanha toda a trajetória da personagem, em sua tentativa de reconstruir sua vida.

Thi 17/09/2023

Como fui criada em Porto Alegre na década de 80 e 90, gosto de ler livros que trazem referências da região. A história traz elementos do caso Daudt que nunca foi resolvido.

EstAfani.Sandmann 16/09/2023

Lindíssimo
Que difícil essa resenha, acho que Diorama foi o livro que mais curto esse ano. Percorri a história (que eu não conhecia, do assassinato de um deputado em Porto Alegre), andei pelas ruas. Me senti perdida tal qual nossa heroína se sentiu. Uma construção tão linda de personagens, uma profundidade de sentimentos. Diorama é uma representação de algo real, mas tão real que deixa claro suas imperfeições. É assim que esse livro trata de relações de família, de amor, de morte. Lindíssimo.

Julie 16/09/2023

Envolvente
Cecília é a personagem principal desse livro que conta, entre seu presente e passado, sua história e de sua família, com foco em um assassinato que envolve a todos. A história acrescenta situações paralelas que não adicionam muito na história em si mas que envolvem o leitor a querer saber mais. Algumas surpresas ao longo do caminho e um final um pouco monótono, porém cheio de significado (trazido no decorrer da história).

Mas o mais legal, como gaúcha, é poder ler termos e lugares conhecidos, pois trás um sentimento de proximidade e reconhecimento.