Aline Michele 07/06/2023
Bom
Loucos Por Livros é aquele livro onde a protagonista debocha um pouco dos romances clichês, apesar da sinopse do livro ser clichê. Afinal, Nora, uma nova-iorquina raiz, agente de uma editora e que trabalha sem parar, vai passar férias com sua irmã numa cidadezinha do interior e lá ela vai reencontrar seu desafeto, Charlie Lastra, um editor de livros charmoso, onde os dois vão descobrir que têm mais em comum do que pensavam.
Eu li esse livro por indicação de uma amiga, que falou maravilhas dele, mas eu, particularmente, não achei tudo isso. É mais um livro bem escrito, mas normal.
Pelo menos eu não fui arrebatada nem nada e nem me empolguei a ponto de não conseguir parar de ler.
Gostei da forma elegante que a autora escreveu, sem apelações, sem palavras chulas e com um humor maravilhoso.
A interação das duas irmãs foi muito boa de acompanhar e aqui eu achei que foi acerto e tanto. Elas perderam a mãe muito cedo e cada uma tinha uma visão da época em que a mãe era viva, Nora de que tudo era perfeito e Libby de que não era bem assim. Elas não são aquelas irmãs que vivem em pé de guerra, muito pelo contrário, mas foi legal ver que cada uma tinha uma opinião sobre o assunto, sem transformar a mãe numa vilã ou a culpar pela vida que levavam.
O relacionamento dela com o Charlie também foi bom, impossível não gostar do Charlie. A Nora tinha horas que me irritava um pouco, com essa coisa de Nova York e tal. Mas ainda assim é aquela personagem que você gosta no final das contas. E algo aqui bem clichê mesmo é o tempo recorde que eles levam para se apaixonar e já dizer que se amam, afinal foram só uns trinta dias de férias (longas para o padrão norte-americano né).
A forma como a autora fala da cidade de Nova York também foi um acerto, o jeito que ela falava da cidade parecia realmente me transportar para lá, e olha que eu nunca fui hein rs.
Acredito que seja por falar do cotidiano, não tão glamuroso que a cidade tem. Afinal é um cidade grande, ou seja, barulhenta, cheia de gente correndo, metrôs lotados, mas quando ela conta dos lugares não famosos, mas que a personagens gostavam de frequentar, tornava o lugar muito charmoso.
Outro ponto legal foram as conversas dos dois enquanto editavam um livro, aí aquela frase de que um bom editor faz toda a diferença para o sucesso de um livro faz sentido. Aqui dá para ter uma noção melhor da importância deles no que a gente lê. Acredito que muitos autores, principalmente em início de carreira, não tenham tanto sucesso por não terem editores que tornem o livro melhor.
Minha opinião é que o livro é bom, mas não ótimo e que vale a pena ler.