Luce Lopes 24/05/2023
Moral da história: nunca acredite no que dizem
Que livro merda. A forma de escrita da autora até que é boa, e as cenas não seriam tão ruins se tivessem sentido, mas a narrativa te diz uma coisa e os acontecimentos dissessem outros.
Raika é uma policial correta e incorrompivel, sagaz e inteligente. É o que nos dizem, mas ela tem decisões idiotas, que nem eu teria, e olha que eu sou burra. O cara mata os amigos dela e ela vai dormir de conchinha com ele. Isso não teria problema se ela tivesse uma transição mais convincente entre a justiceira da lei e uma criminosa. Dela questionando o verdadeiro sentido de justiça. Mas isso aqui deixa muito raso e vazio. Ela meio que nem tem dilema nenhum quanto a isso.
O Killian é meio pombo? Ele é um mafioso com moral, o que chega a ser engraçado. Mas ele mesmo faz piada da própria moral, porque ele não tem problema em matar, mas acha repugnante algo como estupr0. É o chefe do tráfic0 e fica puto porque a mulher que ele gosta foi dr0gada.
Isso me irrita muito, porque uma coisa seria se isso fosse usado como subversão. Ou pra mostrar aos personagens suas próprias hipocrisias. Mas na real é só uma questão de escrita ruim mesmo.
O romance não tem absolutamente fundamento nenhum? Completamente nascido do fogo no rab0 dos dois e sabe-se lá quando ou porque virou amor. Apenas porque sim, aceite.
Além de que esse final de novela, que porcaria foi essa? Vou nem comentar.
É uma história completamente rasa. Eu só li porque queria ler uma história de um criminoso e uma policial, porque eu AMO Purple Hyacinth (que é um Webtoon que faz o que esse livro aqui não conseguiu fazer nem em um milhão de anos).
Enfim, nunca mais vou me deixar ser tão influenciada pela nota, porque pra ser 4.4, deveria ser pelo menos bom, e passou longe.