Beatriz3261 27/08/2023
O amor que desaprendemos
Ah, o que falar da história de Melina e Alexios? Já li muitos romances, mas porque esse parece tão diferente? Acho que tocou numa parte diferente minha ao falar sobre um amor que não é romantizado para parecer fácil, um relacionamento é algo difícil e sabe, a gente pode fazer coisas difíceis.
"Ele podia até me querer mais, mas jamais me amaria, amar é um ato de fé."
Vou começar por minha "pessoa favorita" da história, o Atlas, irmãozinho da Melina. O laço que ele e a Melina tem é muito forte e você sente isso em cada interação. Ele mostra um lado protetor e amoroso dos nossos personagens principais que é impossível não se identificar. Ninguém resiste a ele, nem alguém frio e comedido como Alexios.
E esse ver por detrás das máscaras, das armaduras, é um ponto chave do livro. Pois, nossos protagonistas tem muitas feridas e medos que sempre falam mais alto. E é nesses momentos que eles estão desarmados que conseguimos enxergar quem eles são e o que estão sentindo.
Lutar contra feridas e o mecanismo de defesa que nosso cérebro está tão acostumado a ativar, não é nada fácil. Por isso cada vez que Alexios ou Melina fazem isso pelo relacionamento deles é uma prova de amor muito maior que um "eu te amo". Gosto da autenticidade do livro ao sempre trazer essa luta interna para o foco, e dos personagens estarem lidando com isso até o final. Isso traz realismo, porque na vida real é exatamente assim.
A história de Melina e Alexios é sobre um amor que supera todos os medos, traumas e inimigos. É um amor arrebatador, mas que depende deles escolherem todos os dias um ao outro. É o salto de fé que nossa geração desaprendeu a dar.
"? Mas não há nada que não faça por você, passo por cima da lógica e da razão, dos meus medos, do meu passado e do que for preciso, porque você é a minha pessoa favorita, Glyca e sempre será."