CrisVieira~ 24/08/2023O rigor Histórico deveria ser regra, mas...Foi quase!
Mas dois fatores emperraram o meu interesse pela história.
O primeiro, e o mais importante se esse livro fala de uma época anterior à atual, é o RIGOR HISTÓRICO. Não se cria uma história inserindo-a em 1820 e se cria acontecimentos ocorrendo "na Itália" que NÃO EXISTIA NESSA ÉPOCA. A Unificação da Itália, tornando-a um Estado, ocorreu em 1848, mais de vinte anos após o que a história quis narrar. Foi um vacilo da autora que podia ter feito um pouquinho de pesquisa sobre a História do século XIX para além do Reino Unido. Ela podia ter dito que os acontecimentos se passavam em um dos reinos da futura Itália: o Reino da Sardenha; o da Lombardia-Veneza; de Parma; Luca; Modena; Toscana; e/ou as Duas Sicílias.
Mas não fez nada (sabe-se lá porque - preguiça, mania de fingir que o resto do planeta não existe para além do que quer narrar em um livro; aí, inventa qualquer coisa e nem se importa se os leitores, por lógica, vão pesquisar e identificar o erro repetido diversas vezes ao longo da história) e, por isso, pela falta de cuidado/desatenção, perde uma estrela!
E o segundo fator é homens dominadores e violentos podem parecer interessantes em livros, suas falas e ações agressivas beirando o mesmo nível de abusadores de mulheres - mas é o "mocinho", então, pode agir como se a mulher na história fosse uma criança a ser cuidada. Foi estranho ver a relação do casal principal; principalmente, porque a "mocinha" passa de uma mulher adulta arrojada e decidida, a uma coelhinha assustada que rápido aceitou tudo o que ele MANDOU que fizesse (e não falem das "travessuras" dela que parecem coisa de uma adolescente ingênua!).
Por isso, pelo "macho alfa" mandando a garota literalmente calar a boca a todo momento, segurando-a pelo pulso sem considerar que a machucaria, ameaçando agredi-la fisicamente (e agredindo como se fosse uma menininha e não uma mulher adulta!), sequestrando-a de um jeito sem sentido e a autora ainda o colocando como "um homem com profundos sentimentos", perde mais uma estrela.
Porque de homem inseguro e agressivo o mundo real já está saturado demais. Ficção não precisa disso também (e olha que o "mocinho" sexy, frio e atraente é sempre interessante).