isa! 29/11/2023
Leia uma página e se sinta nos anos 2000
Ayla fez o que todos nós temos vontade de fazer: terceirizar nossas decisões, colocando, assim, a responsabilidade nas costas dos outros. Ao compartilhar de forma anônima seus problemas, ela não imaginava que isso contaria com milhões de pessoas acompanhando sua vida, ansiando por mais atualizações do blog e descobertas durante essa aventura. Não me lembro de nenhum momento da leitura em que não pensei como gostaria de ser uma seguidora do blog de Layla. E, caramba! Faz tanto tempo que não escuto alguém falando de Blogs, de acompanhar alguém por um site. Confesso que não peguei tanto essa moda, mas gostaria. Lendo esse livro, percebi o quanto é divertido. E, de repente, gostaria de ter sido adolescente naquela época. Haha. Ayla nos conquistou pelo seu entusiasmo, sua vida bagunçada e, principalmente, pelo seu carisma. Ela é uma menina carismática, que amadurece ao longo da história, nos deixando encantados de ter a conhecido. Se gosta de uma boa fofoca, com uma narrativa do jeitinho que um brasileiro gosta, além de personagens lindos e inalcançáveis, esse livro é para você.
No começo do livro, Ayla se revela uma menininha do papai, mimada e sem percepção da vida. Ela reclama da sua faculdade constantemente e tenta ao máximo agradar o namorado, colocando silicone em seus seios. Mas, as coisas não permanecem dessa forma, porque ela descobre que seu namorado de anos está a traindo com sua melhor amiga. Sim! O livro começa com uma fofoca das boas. É engraçado a forma como lida, seguindo os conselhos de seus seguidores. Essa é uma parte muito boa do livro, aliás, toda vez que ocorre essa interação entre seguidores e a Ayla me sinto, de certa forma, dentro do livro. Porque estou acompanhando de pertinho as ideias. Haha. E, eu fui totalmente a favor do laxante! Às vezes, os começos dos livros se tornam um pouco chatos, mas não pelo conteúdo, e sim pela proximidade que não temos com os personagens. Mas, nessa história, isso não aconteceu. Algumas cenas serviram como refrescos e eram muito divertidas de serem lidas, daquelas que damos gargalhadas de verdade, olhando para um conjunto de palavras. Haha. Ao decorrer do enredo, Ayla é expulsa de casa, já que seus pais insistem que ela precisa aprender a não depender de seus luxos. De certo modo, é meio cruel - até mesmo a forma como a mãe de Ayla não se posiciona sobre o ocorrido. Mas, ainda sim, concordo - não com seus pais, lógico - que o amadurecimento de Ayla precisava ocorrer sem influências das coisas materiais, já que cresceu em um berço de outro, uma vez que é filha do prefeito da cidade.
Essa parte da mudança é uma das minhas partes favoritas, porque a adaptação de Ayla é surrealmente engraçada. Ela nunca havia comido miojo! Como isso pode acontecer? Além disso, existe a aproximação com Gustavo, ou melhor, Crush. E, poxa, Ste! Precisava criar um homem tão maravilhoso quanto esse? E, como nós humanos ficamos agora? Me dizzzz. Gustavo é um velho amigo de Ayla, que se afastou por questões pessoais - ou de amor haha. Eles se reencontram no dia que Ayla planeja sabotar seu ex namorado e sua melhor amiga. Melhor momento, não acham? A reaproximação deles é perfeita! Além de exalar química de longe, as conversas dos dois são cheias de implicância, tensão sexual e piadas bobas. Quando Ayla se muda para a antiga casa de sua avó, encontra um homem que se diz um antigo amigo de sua mãe, mas, no início, ela desconfia de suas atitudes e acaba dizendo que Gustavo é seu namorado policial. Haha. Assim, se inicia o nosso clichê básico que continua funcionando, que não poderia ser melhor, porque a dinâmica deles é de outro mundo. Já avisei que eles são meus pais, não?
Por um tempo, Ayla se vê perdida, sem emprego e muito menos com esperança, ainda que Gustavo a ajude nas tarefas da melhor forma possível. Além desse homem ser lindo de morrer, ele ainda se responsabiliza por diversas coisas - e ele ainda tem um piercing na língua! Com a convivência da vizinhança, o Tiozão (esqueci o nome dele de verdade haha) começa a se oferecer para ajudar Layla a arrumar um emprego, uma vez que sua irmã precisava de uma ajudante. De início, as interações entre as duas não são as melhores, porque, naquela vizinhança, rola um boato de que a mãe de Layla colocou o Tiozão na cadeia. Mas, sem spoilers! Apenas para dar um gostinho da leitura. E, aí, meu Deus! Adivinhem em que a Maluca trabalha. Num Sex Shop. Haha. E, Layla, precisa vender o estoque completo na sua primeira semana para não ser demitida. De verdade, essa cena foi capaz de me fazer rir para o teto do quarto por um tempão, ainda mais quando são narrados pelo blog. Ah! Como queria fazer parte dessa bagunça.
Esse é um slow romance dos bons, arrisco dizer que é um dos meus casais favoritos do ano. E, estamos quase em dezembro, com o natal batendo na porta. A construção e o desenvolvimento foram divertidos o bastante para nos fazer dar pulinhos e surtar junto de Aayla. Sabe aqueles filmes que os protagonistas não param de conversar nem por um segundo, porque não conseguem se afastar daquela vibração? Caramba! Esse livro é igual! As cenas que eles se provocam na viagem para a casa da família de Gustavo são as melhores. Se pudesse guardar apenas uma lembrança de livros na minha vida, guardaria essa. Porque, puxa! É muito, muito, muito boa. E, sério! O que falar da avó do Gustavo? Eu vi a minha vovozinha nela e isso me confortou taaaanto, esse bom astral de família boa. Esse livro é um grande travesseiro para mim, porque me sinto imensamente confortável. Eu amei todas as cenas da viagem, poderia ler todas as vezes antes dormir para, assim, torcer para que possa sonhar com esses dois. Para mim, só faltou o hot. Haha. Sério, eu só precisava disso, Ste! Tínhamos tudo para ter o melhor hot dos últimos tempos, até a promessa do piercing na língua. Haha.
O final do livro é uma confusão, é revelação daqui e de lá. É uma grande fofoca, do tipo de sair em grandes jornais. É um bafafá gigantesco! Do tipo que não consegue parar de ler nem por um segundo. Puxa! Me senti super traída pela revelação do final, de verdade, não sabia que me sentiria tão decepcionada daquele jeito. Não esperava, realmente. E a revelação do Bundão? Sabíamos que ele era um babaca, mas não imaginava que era pior do que pensávamos. Em meio a tanto caos, gostei que Ayla perdoou Fernanda, sua amiga e amante de seu ex namorado. Na verdade, não sei o que faria no lugar de Ayla, nem sei como reagiria já que sou aquele tipo de pessoa que costuma valorizar imensamente as amizades da vida. Mas, com certeza, o caminho do perdão foi o certo a se fazer, uma vez que perdão não significa esquecimento.
Portanto, quero enaltecer a escrita da Ste, por ser de uma forma tão clara, divertida e motivante de ler. Eu amei cada pequeno pedacinho da história! Esse livro será um daqueles que vou reler milhares de vezes, sentindo as mesmas reações e pulando a parte do distanciamento dos personagens, porque não serei capaz de sofrer mais uma vez. Haha. Sim, sou fraca! Não me julguem. De verdade, me apaixonei pela escrita de Ste, do jeito que ela cria os personagens, as personalidades e o enredo do livro. Não tenham dúvidas de que esse será apenas o primeiro livro que lerei dela, porque pretendo ler até sua lista de comprar se deixar. Haha. Esse livro é um mar de rosas, estou demasiadamente apaixonada pelos cachos loiros da Ayla, pelas tatuagens de Gustavo. Estou amando com todo o meu coração. E, caramba! Soube que, daqui a pouco, lançará um capítulo extra no POV do Gustavo. Ah! Vou morrer de ansiedadeeeeee. Alguém me socorre! Estou apaixonada pela história. Só leiam. Vocês não vão se arrepender!