Pink 08/12/2023
Fofo, jovem e engraçado
Que livro DELICIOSO! Eu devorei ele inteiro rindo muito. Esse livro consegue ser leve, rápido e tem uma escrita super envolvente! Sem falar dessa capa, sinceramente, MARAVILHOSA! Não tem quem negue, o responsável por isso fez um trabalho divino representando os protagonistas dessa história.
Falando de forma mais sóbria, esse livro lembra um filme de comédia romântica adolescente bem sessão da tarde, achei adorável e divertido, me sinto obrigada a comparar um pouco com legalmente loira porque foi uma das obras que me deu vontade de rever depois de ler esse livro, com o gostinho que eu sempre amo ver em livros que é a família brasileira. Eu falo com certeza que muitas das cenas com a família de Gustavo são, de algum nível, identificáveis. Me sinto obrigada a sempre tocar nesse ponto porque eu amo livros nacionais que trazem uma perspectiva brasileira. Aliás, não só isso como a própria Ayla, em certo ponto, é uma personagem facilmente identificável.
Aprofundando mais sobre os personagens, Ayla é uma personagem divertida, bem humana, facilmente poderia acreditar que ela existe (se existir: querida, toma um banho de sal grosso!), além de ser sólida no que se propõe a ser. Exceto num único ponto que me deixou confusa: Layla, afinal, era ou não era santinha antigamente? Eu creio que entendi e o que conclui é que existem dois "antigamentes", o "antigamente" onde o Gustavo estava morando na mesma cidade que ela e o "antigamente" depois que ele partiu, porém, ainda acho que o livro ficou um pouco confuso ora falando que ela antes era os pés do cão e antes era perfeitinha. Passei umas boas páginas pensando nisso confusa. Quanto ao queridíssimo Gustavo, posso dizer que ele também é um personagem identificável, carismático, sólido e traz muita diversão para obra.
Eu achei bem interessante as reviravoltas que aconteceram nas relações pessoais da Ayla, com sua família e amigos, as desconfianças dela foi um dos fatores que contribuiu para tornar a personagem tão humana e palpável, além de que rendeu umas surpresas para o leitor.
Um ponto que, pessoalmente, me incomodou foi o pensamento da Ayla sobre "tirar uma casquinha", achei meio esquisito e, no contexto, piorou.
Outra coisa que é totalmente opinião particular minha: venho notando em livros nacionais o uso de "alta" no mesmo sentido que "high" tem para uma pessoa que está bêbada; chapada. Não acho que faz muito sentido no nosso idioma e eu acabo perdendo a imersão por não soar natural e meu cérebro sempre parar para pensar "nossa, 'alta' de 'high', né?". Confesso que me quebra.
Enfim, essa é uma leitura divertida e jovem. Recomendo para quem quer algo leve