Vitória 12/11/2023
Eu entrei numa ressaca literária pesada, e parece que ela também afetou o meu ânimo pra escrever as resenhas por aqui. Esse lançamento da Karyna foi um respiro no meio da minha vontade negativa de ler. Os livros dela sempre tem esse efeito em mim, ainda mais esse, que cumpriu pela primeira vez a promessa da bonita de um livro levinho. Acho que não tenho tanta coisa pra falar sobre ele, primeiro porque já tem um bom tempo que eu concluí essa leitura, e segundo porque ele é basicamente isso, uma história levinha pra fugir da ressaca, mas vamos lá.
Paola já apareceu em trocentos livros da Karyna e, ainda que eu não tenha lido a trilogia opostos, que pelo que eu entendi foi onde ela teve mais destaque, eu demorei pra conseguir encaixar a bonita no Kaverso. Amo essa coisa que a Karyna faz de todos os seus livros se passarem no mesmo universo e dos personagens se toparem de vez em quando, mas uma desmemoriada lenta como eu às vezes sofre pra lembrar de certos detalhes, inclusive só fui pegar que o restaurante em que o Fernando trabalhava era o mesmo da família do meu delegado favorito lá perto do final do livro. De toda forma, eu amei a Paola. Sempre é maravilhoso sair do clichê do homem branco CEO fodão e ver uma mulher numa posição de poder como essa. Gosto muito de como ela é segura do que quer pra si mesmo e pra sua empresa, como ela sabe do seu potencial e acredita nele. Sem contar que a bonita é uma pegadora nata, que não se apega a ninguém, e tá tudo bem com esse fato, até ela começar a sentir algumas coisas pelo cozinheiro novinho, e confesso que foi delicioso vê-la se apaixonando. Gosto do fato da Karyna ter colocado um relacionamento abusivo no passado da Paola e ter tratado esse assunto com muita responsabilidade, e gosto ainda mais porque ela não resume a personagem a esse fato. Foi algo pelo qual ela passou, mas ela é e sempre será uma mulher maior que esse acontecimento, e nada pode resumir ela a isso.
O Fernando foi o grande motivador de todas as minhas lágrimas durante essa leitura. Que, a propósito, não foram poucas, mas se formos comparar com os outros livros da Karyna, esse consegue sim ser o mais leve, porque quando a querida quer destruir as pobres leitoras, ela faz isso com maestria. O primeiro encontro dos dois logo no prólogo é a coisa mais linda desse mundo, e acho que posso resumir todo o relacionamento deles a isso: é lindo demais. Como uma boa Maria CLT assim como dona Paola, eu não demorei pra cair nas graças do Fernando. O cara se mata de trabalhar e estudar pra conseguir ter uma perspectiva de futuro melhor, ajuda a mãe e a irmã que moram longe, visita o pai que foi preso injustamente e ainda por cima é voluntário numa ONG que presta auxílio à crianças com câncer. Homens perfeitos não existem na realidade, mas pelo menos na ficção a gente encontra alguns, e o Fernando é um deles. Torci demais por esse menino durante o livro inteiro, amei comemorar todas as suas conquistas, por menor que fossem, e também chorar junto com ele quando as coisas não iam pelo caminho que ele esperava. O casal me conquistou justamente por ter o que eu mais prezo em livros de romance: diálogo. Eles nem sempre estão juntos fisicamente, afinal a rotina dos dois é meio maluca, mas sempre arranjam um tempinho pra bater um papo, seja por mensagem ou chamada de vídeo, e eu me derretia toda a cada conversa deles, a cada vez que eles se abriam mais e se permitiam conhecer mais a fundo um ao outro. E como era de se esperar com um casal tão entrosado, os hots também entregam tudo. Eles até demoram pra chegar, mas a espera vale muito a pena.
Como acontece ao final de qualquer livro da Karyna, eu saí com uma lista de secundários dos quais eu quero o livro na minha mesa pra ontem. Thaís, a melhor amiga desbocada que todas nós queríamos ter, e que me rendeu altas gargalhadas nesse livro, merece uma comédia romântica pra chamar de sua. E digo mais, eu exijo que o livro da kinga seja com o primeiro cowboy do Kaverso. Estou precisando de um romance com um peão bruto, e cabe à senhora Karyna me entregar um desses. E já que cobrei a história da melhor amiga de um dos lados, vou cobrar também o melhor amigo do outro lado. João Pedro, também conhecido como meu novo amorzinho JP, tem tudo pra me entregar o livro do cara pegador que começa a cadelar uma menina depois da primeira transa e não quer mais ninguém além dela. Sei que Karyna vai me fazer chorar feito uma desgraçada no livro dele, afinal todo o plot do motivo pelo qual o Fernando frequenta as ONGs de crianças com câncer tem a ver com ele, e sei que vou precisar preparar os lencinhos pra quando a hora do bonito estiver pra chegar, mas isso não diminui a minha vontade de ter ele no meu Kindle. Karyna mais uma vez foi responsável por me fazer escapar de uma ressaca literária, o problema foi que o livro que li em seguida me trouxe de volta pra ela, mas isso já não é mais culpa da querida. Não vejo a hora de ter o próximo lançamento da bonita nas minhas mãos. Esperei demais pela hora de ler uma história que tivesse o Baco como avatar, e ela finalmente chegou. Só peço que venha ainda esse ano, porque não aguento mais de tanta ansiedade.