Babel (eBook)

Babel (eBook) R.F. Kuang
R.F. Kuang




Resenhas - Babel


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Tay ð· 11/06/2024

"[...] violência choca o sistema. E o sistema não consegue sobreviver ao choque."
Finalmente, após muita espera, tive a oportunidade de ler Babel e hoje quero compartilhar minha experiência com vocês. Este livro combina de maneira impressionante elementos de história, fantasia e reflexão social. Já adianto que esta resenha não contém spoilers, apenas uma visão geral da trama e minha opinião sobre os temas abordados.

"Babel: Ou a necessidade de violência" narra a jornada de Robin Swift, um jovem órfão de origem chinesa que é levado para a Inglaterra, onde é treinado para estudar no Instituto Babel, uma instituição de magia linguística em Oxford que sustenta o poder imperial britânico. Ao longo da narrativa, Robin se relaciona com personagens diversos, sendo os mais próximos dele Ramy, o espirituoso indiano; Victoire, a inteligente haitiana-francesa; e Letty, a britânica de classe média-alta que é "ingênua" em relação ao imperialismo. Cada um desses personagens oferece uma perspectiva única sobre o imperialismo e a justiça, enriquecendo profundamente a trama.

Os temas abordados são densos e relevantes, explorando questões como colonialismo, opressão e o poder das palavras. R.F. Kuang habilmente retrata como a linguagem pode ser tanto uma ferramenta de dominação quanto de resistência. Além disso, o livro aborda a violência como forma de resistência contra a opressão. A autora apresenta esse tema de maneira contundente, levando os leitores a questionarem as complexidades morais e éticas envolvidas na luta pela liberdade. O impacto das classes trabalhadoras e as greves também são explorados, destacando as lutas e reivindicações desses grupos.

Um trecho que marcou bastante diz:

"[...] Temos que morrer para que eles nos considerem nobres. Nossa morte é, assim, um grande ato de rebelião, um lamento sofrido que evidencia a desumanidade deles. Nossa morte se torna o grito de guerra deles. Mas eu não quero morrer, [...]".

Essa passagem evidencia a intensidade da resistência e a complexidade das escolhas enfrentadas pelos personagens.

Ademais, a reflexão sobre a importância da tradução e dos tradutores é outro aspecto significativo da narrativa. A autora ressalta como a tradução não é apenas um meio de comunicação, mas um instrumento poderoso que pode preservar culturas, transmitir conhecimentos e, ao mesmo tempo, ser manipulada para servir aos interesses dos dominadores. Essa abordagem oferece uma perspectiva profunda sobre as injustiças do mundo, provocando uma reflexão crítica sobre os mecanismos de controle e resistência.

No entanto, é preciso reconhecer que a narrativa apresenta momentos de lentidão, onde a trama parece estagnar, deixando o leitor ansioso por desenvolvimentos mais instigantes. Senti que o livro tem um potencial desperdiçado, pois poderia ter explorado muito mais a parte da ficção histórica e política, em detrimento de alguns momentos lentos onde nada parecia acontecer.

No geral, considero que é uma leitura enriquecedora. Embora apresente algumas falhas, o livro desperta a curiosidade para outros trabalhos da autora e proporciona uma reflexão profunda sobre questões sociais e políticas. Recomendo a leitura, mas com ressalvas, pois sei que não é um livro para todos os públicos, podendo ser aquele tipo de obra que você ama ou odeia. No entanto, acredite em mim, mesmo que às vezes você sinta vontade de desistir, a persistência vale muito a pena.
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claradebolacha 10/06/2024

Simplesmente perfeito
Caraca que livro maravilhoso, instantaneamente favoritado. Eu não tinha noção sobre o que seria o livro, esquivei de spoilers e até a sinopse eu fiquei confusa, mas a leitura é MUITO fluída, serio, que autora fantástica. E a história é muito maravilhosa, todos os personagens são incríveis e você sente que está lá. Estou agora orfã, não sei como outro livro pode superar esse.
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pkonno96 10/06/2024

"E esse é um conhecimento pelo qual vale a pena matar"
?As línguas não são apenas compostas de palavras. São modos de ver o mundo. Elas são as chaves da civilização. E esse é um conhecimento pelo qual vale a pena matar.?

Em ?Babel?, conhecemos a história de Robin Swift, um menino que se torna órfão após perder sua família para o rastro do cólera que invade a cidade de Cantão, na China. Mas antes que adoecesse, ele é levado para Londres por um professor inglês, onde por anos se dedica aos estudos de diversos idiomas, a fim de ingressar no Real Instituto de Tradução da Universidade de Oxford, também conhecido como Babel. O problema é que quando Robin ingressa na tão sonhada Babel, ele aprende que traduzir significa magia e poder. O garoto então se vê dividido entre sua lealdade à instituição e uma organização que quer impedir a expansão colonialista. Estaria ele traindo sua pátria ao contribuir com 8Babel? É possível mudar o rumo da história por dentro de uma instituição ou uma revolução necessita de violência?

Este é um livro extremamente descritivo, especialmente no começo da história, e também é cheio de notas de rodapé que explicam em detalhes o contexto histórico da narrativa, o que faz muito sentido, por se tratar de uma ficção histórica que une a revolução industrial da Inglaterra com a história colonial da China. Eu geralmente fico bem curiosa quando encontro algum contexto ou termo que não conheço, então vou pesquisar. Portanto achei bem conveniente que em ?Babel? estava tudo ali! Gostei muito dessa mistura da história da ?vida real? com a fantasia. E também mesmo sendo super descritivo, não achei denso e pesado em um sentido ruim, em algumas partes parecia que eu estava nas aulas junto com os alunos de Babel, aprendendo sobre diversas línguas, achei muito interessante.

Os temas que envolvem a história já são por si só pesados: colonialismo, racismo, xenofobia, escravidão, revoluções estudantis, eurocentrismo, misoginia, imperialismo, etc. e foram explorados de forma genial. A atmosfera desse livro é bem ?dark?, e se torna cada vez mais angustiante conforme a narrativa avança, ou ?visceral? como dizia na sinopse de onde comprei o livro. Você começa a enlouquecer junto com os personagens. Inclusive o desenvolvimento de Robin ao longo da narrativa me emocionou bastante, pois, apesar do garoto ser o protagonista do livro, ele não tem aquela coisa de ser perfeito ou quase perfeito que muitos protagonistas tem, e ele vai cometendo vários erros, mas isso fez com que eu conseguisse me identificar e gostar mais dele. Às vezes é difícil gostar ou se identificar com algum personagem tão perfeito, principalmente um protagonista.

E por fim, outra coisa que me surpreendeu foi o tema da linguagem e tradução! Acho que nunca tinha parado para pensar em tantos detalhes sobre o poder dos idiomas. Quantos erros podem ter ocorrido por conta de uma tradução mal feita? Quantos significados se perdem? A origem das palavras!!! Quanta coisa que a gente não sabe? Enfim, ?Babel? se tornou meu livro favorito de todos os tempos! Recomendo a todos.

?? Existem muitas madraças excelentes na Índia, retrucou Ramy. ? O que torna os ingleses superiores são as armas. Armas e disposição de usá-las contra pessoas inocentes.?

?A revolução é, na verdade, sempre inimaginável. Ela destrói o mundo como conhecemos. O futuro deixa de estar escrito e se enche de potencial. Os colonizadores não têm ideia do que está por vir, e isso os deixa em pânico. Isso os aterroriza.?
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Rosa282 10/06/2024

Babel: um chamado para a reflexão e ação
"Babel" pode ser categorizado como "dark academia", uma vertente da fantasia, devido à sua combinação de um ambiente acadêmico prestigiado (uma Universidade Oxford fictícia como Kuang expõe logo no início da obra), temas intelectuais e sombrios, e uma atmosfera carregada de mistério e tensão moral. A instituição fictícia Babel é o coração do Instituto Real de Tradução, onde a magia da prata é praticada e refinada. A magia é ativada através da tradução, onde as diferenças entre palavras em várias línguas liberam poder mágico. Aclamado pela crítica e por um número considerável de leitores em âmbito mundial, por sua originalidade e profundidade, Babel reúne fantasia enriquecida com dados históricos, críticas ao colonialismo e à exploração, também ao racismo e à manipulação. Constituindo uma obra literária que tanto entretém como impulsiona a uma reflexão crítica acerca do nosso mundo e nosso posicionamento diante da contemporaneidade, gerando desconforto a alguns, ao mesmo tempo em encoraja um posicionamento à tantos outros. Uma reflexão sobre o poder, a opressão e a resistência, que se expressa através de uma narrativa envolvente e personagens complexos. Ao longo do texto os leitores são desafiados a reconsiderar o papel da linguagem e do conhecimento na construção e manutenção do poder, mas também sua importância para o desenvolvimento de resistências. Por conectar o passado histórico com questões contemporâneas, torna-se uma leitura relevante e impactante nas discussões literárias, sobre a história e justiça social.
Para aqueles que perguntam “por quê?” e “para quê?” a resposta está na persistente dissonância dos discursos, mundo à fora, que continuam a desconsiderar a diversidade mundial, a exclusão causada pela exploração, a colonialidade das mentes, privilegiando uma minoria que enriquece e se mantém no poder. Enquanto a conscientização dos indivíduos sobre as condições materiais com as quais a humanidade tem que lidar, enquanto as propostas que evoquem a justiça social e econômica estiverem ainda no âmbito das ideias, se faz necessário que construções literárias, transmidiáticas, artísticas de toda ordem continuem a ser desenvolvidas.
Recomendo a leitura deste livro denso, provocativo, riquíssimo de discussões, de narrativa muito bem construída, onde a fantasia é um coadjuvante. A análise cultural fundamentada pelos Estudos Culturais e a Teoria Crítica da Sociedade devem ser utilizadas , pois favorecem uma compreensão ampla ao lado da ordem do discurso e da teoria literária. Aconselho, como educadora, a metodologia de leitura conjunta, que conferirá um brilho a mais às discussões evocadas nesta obra literária.
Alguns teóricos interessantes, que ao meu ver, podem fornecer um repertório de conhecimentos interessante para as análises e aproveitamento são:
Adorno e Horkheimer : “Dialética do esclarecimento”
Stuart Hall: “Cultura e representação”
Max Weber: “A ética protestante e o espírito do capitalismo”
Volochinov: “Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem”
QUIJANO, Anival. Colonialidade, poder, globalização e democracia. Revista Novos Rumos, 37, 2002, Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/novosrumos/article/view/2192/1812

MIGNOLO, Walter D. Colonialidade O lado mais escuro da modernidade. RBCS Vol. 32 n° 94 junho/2017. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/6961828/mod_folder/content/0/Walter%20Mignolo%20Colon ialidade%20.pdf

OLIVEIRA, Luiz Fernandes de; CANDAU Vera Maria Ferrão. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista, Belo Horizonte, v.26, n.01, p.15-40, abr. 2010. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/edur/v26n01/v26n01a02.pdf

Foucault, Michel. A ordem do discurso. São Paulo : Loyola, disponível em https://ia801902.us.archive.org/27/items/foucault-michel-ditos-escritos-v-etica-sexualidade-e politica/FOUCAULT%2C%20Michel%20-%20A%20Ordem%20do%20Discurso_text.pdf
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LetAcia972 09/06/2024

"Eu quero que ela queime"
Achei genial da parte da autora colocar duas mulheres de cores diferentes na história, ainda mais sabendo como s universidade funciona apenas para homens e como elas tiveram que lutar por absolutamente tudo. Uma das minhas maiores decepções foi a Letty, deveria ter esperado alguma coisa? Não, mas foi mais forte que eu.
No começo parecia que ia ficar tudo parado e arrastado e nada ia, mas quando aconteceu foi tudo de uma vez até fiquei perdida e de repente tínhamos apenas os caminhos escolhidos no final. Fica um pouco difícil de continuar no começo mas depois que as coisas vão acontecendo a gente entende a construção da narrativa. Maravilhoso, sem palavras.
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Gianna.Alves 09/06/2024

Babel
Sem sombra de dúvidas o livro mais difícil que eu li, era uma parte lendo outra parte no Google tentando entender o que eu tinha lido. Sensação de estar em uma aula de português.
Apesar de eu não ter achado uma leitura fluida (no meu caso foi impossível ler rapidamente sem cansar) é um livro excelente, onde refletimos sobre o poder e a dificuldade da tradução (uma palavra traduzida pode mudar todo o sentido que o autor original tinha em mente passar aos seus leitores).
Outra reflexão que podemos fazer é que apesar do passar dos anos, países mais fortes (economicamente e militarmente) sempre irão recrutar de países mais pobres seus melhores gênios para o trabalho. Apesar da revolta deles em esperar um futuro melhor a realidade é que impérios podem cair, mas outros sempre irão surgir.
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Liliana 08/06/2024

É um excelente livro e traz reflexão sobre temas históricos como colonialismo, escravidão e apropriação.
Vamos acompanhar Robin Swift desde o Catão até Londres passando para Babel em Oxford. Toda a história é encantadora e logo me vi totalmente compadecida do sofrimento do personagem e me peguei profundamente feliz quando ele, finalmente, criou um círculo de amizade.
Toda parte de tradução é incrível, mas a questão da prata demorou a "colar" para mim, diferente do que aconteceu em A guerra da papoula e o xamanismo. Em determinado ponto do livro a leitura se tornou lenta e demorei para avançar, mas que bom que avancei porque o final foi tão bom quanto o começo porém, para aqueles que leram A guerra da papoula sabem como a autora pode ser com finais... O que, particularmente, não me incomoda.
Esperando pela próxima fantasia da autora.
Graziella.Zanfra 09/06/2024minha estante
Amiga, eu tava esperando a sua resenha hauaha Quero muito ler esse, ao mesmo tempo tenho medo de comparar muito com A Guerra da Papoula (que amo demais).


Liliana 10/06/2024minha estante
Achei o livro muito bom, mas ele me deu uma canseira um pouco depois da metade. Super recomendo ele, porém tenho essa ressalva. Tenho gostado muito de tudo que li da autora e esse tbm trata muito de guerra assim como A guerra da papoula, só que uma guerra diferente, que vc não verá tanta ação e sim a manipulação.




@helensince1994 08/06/2024

Traduttore, traditore: um ato de tradução é sempre um ato de traição.
Essa ficção especulativa nos transporta a década de 1830, em Oxford, na Inglaterra, diretamente para o Real Instituto de Tradução, uma torre de oito andares conhecida como Babel. Somos apresentados a essa realidade onde barras de prata são um artigo muito valioso, pois, manifestam uma espécie de magia quando grafadas com palavras semelhantes em diferentes línguas.
"O Inglês não apenas pegava palavras de outras línguas; estava repleto de influências estrangeiras, um vernáculo de Frankenstein. E Robin achou incrível que esse país, cujos cidadãos se orgulhavam tanto de ser melhores do que o resto do mundo, não poderia passar por um chá da tarde sem bens emprestados."
Aqui vemos a linguística sendo utilizada como fonte de poder. A relevância da tradução e de quem traduz. Mas também vemos o poder devastador do colonialismo em sua forma mais pura. Não se trata apenas de dominar um povo, mas apagar suas características e cultura.
A prata sendo utilizada para dominar territórios, e dar ao império britânico vantagem e poder sobre aqueles considerados “inferiores”. Chega a ser doloroso imaginar que a prata poderia ser substituída por qualquer outro material que nações colonizadoras extraíram até o esgotamento, deixando para trás um rastro de destruição.
Citando o blog queria estar lendo: “Babel é sobre palavras, revoluções e brutalidade.” Afinal, "o poder não estava na ponta de um alfinete. O poder não trabalhava contra seus próprios interesses. O poder só podia ser forçado a se ajoelhar por atos de desafio impossíveis de ignorar. Com força bruta, inabalável. Com violência."
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Samu in Oz 07/06/2024

Obra de arte!
No final de Babel, eu estava tremendo, e não sei se foi por tristeza ou empolgação. Parecia ter presenciado algo monumental florescer e desmoronar, e por um momento o mundo pareceu imóvel, como se as últimas páginas fossem de um filme mudo. Estou escrevendo esta resenha logo após terminar o livro e acredito que em breve a grandiosidade do que li irá me atingir.

Babel tem a força de um clássico moderno, combinando ficção histórica, fantasia e não-ficção. A escrita de Kuang é técnica, muitas vezes parecendo um livro didático, com parágrafos densos sobre etimologia e história da linguagem. No entanto, Babel é extremamente envolvente.

Só não dei as 5 estrelas porque eu li o livro certo, mas no tempo errado. Estava numa torrente de coisas acontecendo que acabou comprometendo um pouco a experiência.
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Rilinho 07/06/2024

Sensacional
Extremamente atual, impactante, e muito, muito inspirador.

Babel começa acompanhando o crescimento de um garoto cantonês que abandona seu nome pra estudar tradução em meio à alta classe britânica, mas a narrativa se transforma em um retrato espetacular sobre o colonialismo, a revolução popular e o poder das palavras.

Eu aprendi MUITO lendo esse livro, e não tenho dúvida que A Necessidade de Violência vai se tornar um clássico no futuro. R. F. Kuang escreve impecávelmente e é muito perspicaz na narrativa da obra, unindo conceitos teóricos sobre sociedade e história do poder com personagens maravilhosos (TE AMO RAMY) sem deixar a leitura chata. Leitura obrigatória pra todo amante de literatura, esse livro é BOM DEMAIS.
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Sabrinna 05/06/2024

Gostei, mas não amei?
Foi meu primeiro livro da autora e gostei muito da escrita dela. Achei bem detalhada sem ser maçante.

Tinha lido muitas resenhas e comentários positivos sobre o livro e acho que comecei a ler com expectativas muito altas e não foi como eu esperava (quase abandonei).

Há muitas críticas sobre imperialismo e colonialismo e também há racismo e xenofobia bem descarados por parte de alguns personagens (fiquei indignada lendo).

Sou formada em Letras com habilitação em tradução e adorei ver o uso de palavras e traduções sendo utilizadas no livro.

O sistema de magia utilizando barras de prata é interessante, mas me deixou bem confusa e até o momento não sei se entendi completamente como funciona.

O final é interessante e faz sentido se pensarmos no desenvolvimento da história. De qualquer modo, não foi um livro que amei, mas talvez eu o releia no futuro e talvez tenha uma outra opinião sobre ele. Não é um livro que vá agradar todo mundo, mas acredito que a leitura vale a pena.
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AmyLivros 04/06/2024

Resenha @Amylivros I Bookgram e Booktok
Em 1828, um menino se torna órfão pelo rastro do cólera em Cantão, na China. Sob o nome de Robin Swift, ele é levado a Londres pelo misterioso professor Lovell e por anos se dedica ao estudo de diversos idiomas, como latim e grego antigo, preparando-se para um dia ingressar no prestigiado Real Instituto de Tradução da Universidade de Oxford, conhecido como Babel.

No Instituto, Robin descobre que aprender a traduzir é também aprender a dominar a magia. Através de barras de prata encantadas, é possível manifestar as nuances e os significados perdidos na tradução ― e essa arte trouxe aos britânicos uma dominância sem precedentes.

Chinês criado na Grã-Bretanha, o jovem começa a se questionar se servir a Babel significa trair sua pátria e se vê dividido entre a Instituição e uma obscura organização destinada a impedir a expansão colonialista.

Esse é um livro extremamente descritivo, do início até o meio da leitura eu sentia que levava meia hora pra ler 10 páginas, até o meio do livro, onde a leitura fica envolvente ao ponto de não conseguir mais largar.

O livro tem uma atmosfera sombria, é pesado, angustiante e extremamente cruel, como já é comum das histórias da R. F. Kuang. Ela tem uma habilidade excepcional para corromper a mente dos protagonistas dos livros dela, conforme eles começam a perder a sanidade, você vai enlouquecendo junto.

Embora não fosse exatamente o que eu gostaria, o final do livro é extremamente consistente com o desenvolvimento dos personagens e eu não esperava nada diferente da Kuang. Não foi um favoritado, mas valeu muito a pena ter lido.
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Alysson - @alyssonhp 04/06/2024

Babel
Queria dizer que amei esse livro, porém, não foi o que aconteceu. Tem um tema muito interessante, a escrita da autora também é boa, os personagens são bem construídos mas faltou algo. Me senti lendo um enorme tratado de etimologia e um artigo sobre as implicações do colonialismo britânico, especialmente no oriente. Outra coisa que não gostei muito foi a forma como a fantasia foi abordada, ao meu ver, não fazia muito sentido e tinha vários furos. Trocar a grande revolução industrial e tecnológica por magia de prata ficou meio estranho e acho que o livro se sustentaria sem a fantasia. Apesar de ter vários pontos positivos, não sei se lerei outros livros da autora.
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Yara 04/06/2024

Primeiro livro que leio da autora e não me arrependo nenhum pouco.
Ele é um pouco mais lento mas mesmo tendo um desenvolvimento lento não achei chato. Gostei bastante da forma como tudo foi explicado, me fez entender bem como tudo funcionava na história.
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lyrkiv 03/06/2024

Birdie?
Meu primeiro contato com fantasia e foi uma escolha perfeita. A escrita, o desenvolvimento dos personagens, detalhes certeiros, tudo que Rebecca F. Kuang demonstra nessa obra é fascinante.
A importância das palavras, suas origens, seu poder, e o foco principal: a tradução. (e a necessidade de violência? mas vamos deixar baixo).

Tratando também de diversos assuntos
delicados com uma maestria incomum,
narrando a realidade do racismo, xenofobia,
desigualdade social e de gênero em pleno
século XIX. Século que, no livro, destaca
grandemente a abolição da escravatura ocorrida em 1833 na Inglaterra e a realidade vivida por essas pessoas injustiçadas, também citando a Guerra do Ópio ocorrida na cidade chinesa de Cantão em 1839 e todo seu desenrolar

Resumidamente, muitos fatos históricos são mencionados no decorrer da leitura que mudaram o moldaram o mundo em que vivemos hoje, trazendo um conhecimento geral importantíssimo por cima de uma fantasia instigante e verdadeiramente interessante.

(faltou bastante coisa mas se eu continuasse perderia a graça de ler depois, eu poderia ficar horas falando sobre esse livro juro)
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