Babel (eBook)

Babel (eBook) R.F. Kuang
R.F. Kuang




Resenhas - Babel


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nouveausang0 05/03/2024

Não dá para se sentir o mesmo depois desse livro...
Eu não consigo colocar em palavras ou descrever como me sinto após ler Babel. Quero chorar, gritar, aplaudir. Sinto o coração leve ao mesmo tempo que pesado. A mente clara ao mesmo tempo que confusa.
Toda a abordagem do colonialismo te faz repensar nas engrenagens da história do mundo, assim como sua própria história e pensamentos.
Me sinto diferente.
"É isso que a tradução é. Ouvir o outro e tentar enxergar além dos nossos próprios preconceitos para vislumbrar o que o outro está tentando dizer."
Ler esse livro foi um ato de tradução. Foi um ato de ouvir e enxergar além das minhas barreiras e do meu ponto de vista na tentativa de entender, pelo menos um pouco, o lado do outro.
É... eu definitivamente estou diferente.
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Julia.Pimenta 05/03/2024

O livro enfrenta o desafio de falar sobre o colonialismo (através de uma visão decolonial) em um mundo onde tudo é definido através do poder da prata.
Eu adoro estudos de coloniais,entretanto,confesso que na minha opinião a autora enrolou muito no desenvolvimento,explicando nos mínimos detalhes o que acontecia,o que acabou tornando o livro um pouco devagar demais para desenvolver o conflito que deveria ser seu enredo central,que acaba sendo desenvolvido praticamente todo nas últimas 200 páginas.
Enfim,gostei do livro porém acho q acabou ficando meio mal dividido,queria que a Hames tivesse mais espaço no livro,nos ajudaria a entender melhor a visão deles e a questão central do livro,que deveria ser a da revolução poderia ter sido melhor desenvolvida
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Brunareader 05/03/2024

INCRÍVEL!
Há séculos que eu tinha vontade de ler esse livro, mas nunca achava ele em português e quando ele finalmente saiu no Brasil não perdi a oportunidade de deixar de lado outros livros e colocar ele na frente. É maravilhoso, incrível, a leitura é super fluida e envolvente. É claro que assim como quase todos os livros você sente vontade de dar uns tapas nos personagens. Nunca passou na minha cabeça que o final seria assim e sendo sincera se ele tivesse sido diferente teria sido uma porcaria.

Amei, amei, amei. Maravilhoso apenas! ??????
brenda_95 05/03/2024minha estante
quero muito ler esse.




Ana Gouvêa 02/03/2024

Não tem como não dar 5 estrelas, ainda que eu tenha alguns pontos sobre o texto, alguns erros de concordância e a forma em que as notas foram fornecidas no ebook (parabéns pra editora) e até alguns momentos da narrativa, mas que puta livro.
Curioso que em vários momentos são citadas outras ?necessidades?, como:
- necessidade de gratidão, de respeito
necessidade dos britânicos de se sentirem ao menos culturalmente superiores
necessidade do ateísmo,
E algumas outras que eu não tive coragem de parar de ler pra fazer a anotação.
Apenas sensacional.
É um dos livros que eu gostaria de ter a versão física, mesmo sendo cega, só pra saber que está perto de mim.
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Jelly 02/03/2024

Então o futuro se torna fluido e a mudança é possível.
Eu soube que essa seria umas das minhas histórias favoritos da vida no momento que coloquei minhas mãos nela.

O livro é marcado por discussões raciais, econômicas e políticas. Algumas de formas descaradas e outras tão sutis que, em mais de uma ocasião, me peguei relendo trechos e esmiuçando frases e seus significados pois temia ter perdido alguma coisa. Em muitas delas, a violência por trás das ações me pegavam de surpresa.

Babel por si só é uma personagem incrível. A torre é cercada de histórias, ciência e violência. Incialmente apresentada como o pilar do mundo, a torre reluzente ao poucos vai perdendo o brilho pelos olhos do protagonista e , consequentemente, do próprio leitor. A relação entre ela e os personagens é complicada e cercada de amor e ressentimento porque Babel representa conhecimento, reconhecimento de que eles são úteis ao mundo, mas também representa preconceito e um um império cruel e sedento por sangue. Um império que não se importa com nada além do próprio lucro.


Sobre o Robin: ele é um personagem completo. Ele é humano demais e isso traz uma bagagem de erros, acertos e atitudes duvidosas. Entendo as ações dele? Sim. Queria entrar no livro e encher ele de porrada por causa de algumas delas? Sim. Acho que posso dizer amei na mesma medida que ficava puta com ele.

A relação do dele com o professor Lovell foi algo complicado de acompanhar. Ao mesmo tempo que entendia os sentimentos do Robin em relação ao professor, eu não entendia pq ele não pegava uma faca e enfiava entre os olhos desse homem.

A amizade dele com Ramy, Letty e Victoire é bem trabalhada e é um elemento intrínseco a trama do livro. Eles são gentis, mesquinhos, amorosos e maldosos uns com os outros constantemente e é totalmente possível ama-lós em um parágrafo e odia-los no parágrafo seguinte. (eu dei umas coringadas com isso, mas tudo dentro do esperado hahahah). Eles orbitam uns aos outros e é fascinante acompanhar o relacionamento deles.

Os demais personagens ajudam a compor a imensa tapeçaria que é esse livro. Alguns são peças centrais na grande história de Babel.


A RF Kuang escreveu uma obra primorosa e completa.
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Yasmin1609 28/02/2024

?Eram homens em Oxford; não homens de Oxford?
Babel foi o primeiro livro que eu li nessa pegada de Dark Academy, e confesso que foi bem diferente de tudo que eu já li, a maneira como a R.F. Kuang aborda temas super importantes, até mesmo inserida para o tempo atual me surpreendeu muito, realmente não estava esperando, uma verdadeira maneira de informar para as pessoas de uma forma mais detalhada sobre temas de privilégio, racismo, misoginia, e a violência que acompanha cada ato de preconceito. Uma história sobre tradução, linguagens do mundo, opressão, e a violência que cresce quando a conquista e o poder falam mais alto do que a humanidade, sobre estudantes que buscam se impor no mundo, não sendo tratados como objetos ou somente como uma fonte de dinheiro.

Em alguns momentos do livro achei que ficou um pouco ?arrastado? pelo fato dela querer colocar exatamente tudo com muito detalhe, história, cenário e etc, mas nos últimos capítulos me prendeu de uma forma que quase engoli as últimas páginas kkkk, me surpreendendo a cada segundo e me fazendo sentir todas as emoções possíveis. Além da autora conseguir transmitir todo seu estudo e pesquisas que realizou para transmitir suas experiências acadêmicas. Recomendo muito, além de ser uma ótima leitura traz temas importantes, como fonte de aprendizado!
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Cris 27/02/2024

?Todo ato de tradução é um ato de traição.?
?Mas essa é a beleza de aprender um novo idioma. É para parecer uma empreitada de grandes proporções. É para intimidar. Isso faz com que você passe a apreciar a complexidade dos idiomas que já conhece.?

?Dê ao mundo o que o mundo quer; contorça-se para se adequar à imagem que eles querem ver, porque é assumindo o controle da narrativa que você vai controlá-los.?

?O mundo tem que se romper. Alguém tem que responder por isso. Alguém tem que sangrar.?

Em 1828, um menino se torna órfão pelo rastro da cólera em Cantão, na China. Sob o nome de Robin Swift, ele é levado a Londres pelo misterioso professor Lovell e por anos se dedica ao estudo de diversos idiomas, como latim e grego antigo, preparando-se para um dia ingressar no prestigiado Real Instituto de Tradução da Universidade de Oxford, conhecido como Babel.
Com sua torre imponente que guarda segredos inimagináveis, Babel é o centro mundial do saber.

No Instituto, Robin descobre que aprender a traduzir é também aprender a dominar a magia.
Através de barras de prata encantadas, é possível manifestar as nuances e os significados perdidos na tradução ? e essa arte trouxe aos britânicos uma dominância sem precedentes. Para Robin, Babel é uma utopia dedicada à busca do conhecimento. Mas o conhecimento obedece ao poder...

Chinês criado na Grã-Bretanha, o jovem começa a se questionar se servir a Babel significa trair sua pátria e se vê dividido entre a Instituição e uma obscura organização destinada a impedir a expansão colonialista. Quando a Grã-Bretanha vislumbra entrar em guerra com a China motivada por prata e ópio, Robin vai precisar escolher um lado. Afinal, será possível mudar as instituições por dentro ou a violência é inerente à revolução?

Uma narrativa brilhante, visceral e sombria, Kuang revisita e reescreve a Revolução Industrial na Inglaterra e a história colonial da China na década de 1830. Babel é ao tempo uma carta de amor e uma declaração de guerra, abordando temas como revoluções estudantis, resistência colonial e o uso da linguagem e da tradução como ferramenta dominante do império britânico. A obra é uma trama avassaladora e brilhante sobre a magia da linguagem e o uso das palavras como instrumento de poder.
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Lissa - @leiturasdalissa 27/02/2024

Não foi o que eu esperava
Esse livro é simplesmente perfeito no quesito ambientação e pesquisa. é nítido o quanto a autora mergulhou nos estudos da tradução pra materializar a realidade de um aluno da área e a vivência em Oxford, além de suas próprias experiências acadêmicas. fiquei vidrada a cada passeio pela universidade.


acho também que o início do livro é envolvente e sólido. mas depois da viagem dos protagonistas a Cantão, realmente não foi o que eu esperava.

a autora se preocupa mais em contar do que mostrar. não confia no próprio leitor, não deixa que ele possa inferir pontuações por conta própria. quer explicar tudo a todo momento como se não tivéssemos uma boa capacidade de interpretação. acredito que alguns leitores até apresentem certas dificuldades, o que é normal, mas seria mais um motivo pra que ela deixasse que essa parcela do público se desenvolvesse sozinha e fizesse seu próprio esforço.

além disso, acho que ela tem bagagem acadêmica suficiente para ter feito críticas mais profundas. acaba que a visão dela sobre o assunto que ela quer cutucar fica branca e européia, por mais que ela ache que não. o final que ela dá para a questão entre Letty x Ramy é terrível (ela se esqueceu ou decidiu ignorar que as mulheres também são uma minoria colonizada e poderia ter dado justificativas melhores pro desfecho entre ambos). se ela queria vilanizar a rosa inglesa de alguma forma poderia ter se aprofundado muito mais no relacionamento dela com a Victorie, suscitando conflitos e preconceitos de uma forma mais realista, e não fútil. eu odeio quando uma personagem feminina é colocada como fútil sem que sua construção tenha sido intencionalmente essa desde sempre.

os personagens ficam meio rasos, não vão além do que se espera, e eu achei que não seria assim justamente pelo começo excelente que o relacionamento deles tem. tiraria umas 100 páginas do livro, onde períodos longos se passam em parágrafos e não acrescentam nada à história. enquanto a questão da prata teria muito a ser explorada, e não é, fica só como coadjuvante. algumas soluções no final são um pouco simplistas e os melhores personagem (na minha opinião) se vão cedo demais, ou em um auge que poderia ter rendido mais. no caso da Letty, soa como uma desculpa.

Victoire é outra personagem feminina injustiçada, que poderia ter inúmeras camadas. tanto na relação com Letty quanto em seu papel nas últimas 200 páginas. no fim, ela está ali só como um totem, um enfeite pra preencher a cota.

enfim, é um livro riquíssimo em informações, a ambientação é maravilhosa, a pesquisa é cativante, apesar de momentos pontualmente enfadonhos a escrita é ótima e o vocabulário ainda melhor - o que é bom, é realmente bom, por isso a minha nota é essa - mas o restante infelizmente pra mim foi uma execução mediana, embora dedicada. acho que funciona muito bem para quem quer começar a pensar sobre as temáticas abordadas, mas pra quem tem uma ideia a mais a respeito, deixa a desejar.
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Pjmluvx 26/02/2024

Uma enciclopédia mediana
Imagine uma thread do Twitter sobre colonialismo no século.19 de 592 páginas. Essa thread foi escrita pela geração z. As referencias foram o Wikipedia e o Brasil escola. Esse é o livro.

Eu amo tanto poppy war e tava tão animada pra finalmente ter esse livro q fiquei até desnorteada com o quão medíocre, hipocrita -e o maior crime de todos- CHATO foi esse livro.

As primeiras 500 págs n tem plot, é um monte de baboseira de etimologia q todo mundo já sabe com muita narração e diálogo expositivo. Tem um mundo mágico.. mais ou menos, que consiste basicamente em pegar a História real do mundo e fingir que no século.19 o povo usava barra de prata como tecnologia. Literalmente só isso, e todas as coisas q isso provê no livro tb foi feito no mundo real usando carvão e eletricidade, ent o ?mundo? mágico n tem de fato nenhum impacto ou distanciamento concreto pra ser considerado um mundo fantasioso, é quase uma versão preguiçosa de Mistborn. E eu falo sério, nada nesse livro gera qualquer impacto, inclusive se vc quiser spoilers do final do livro abre ai seu livro de história do 8° ano (de nada por poupar seu tempo).

Esse livro era pra supostamente discutir sobre colonialismo e a linguagem, supostamente. Primeiro que a linguagem é totalmente moderna e as discussões dos personagens, que deveriam ser verossimilhantes com o século 19, são totalmente colagens contemporâneas. Sabe o que a autora se importou de deixar verídico? O formato do prédio e o cardápio da faculdade.( dnv n tô brincando, no começo do livro ela deixa um textão justificando todas as escolhas de arquitetura e convivência de Oxford q ela botou no livro, tudo absolutamente inútil pro enredo ou pra qualquer discussão sociopolítica do negócio).

Os personagens são propositalmente reduzidos a uma única característica identitária (geralmente racial) só pelo gozo dela poder chegar no ponto que ela quer, que basicamente é que todas as pessoas brancas são inimigas, mas se vc for uma pessoa criminosa de alguma minoria vc tá perdoado (veja nas últimas 100 págs oq o protagonista faz). É uma coisa tão cartunesca, pq vc nunca de fato vê as dinâmicas do grupo e chega a conhecer os personagens ou as profundidades deles, as coisas só são contadas e, de longe, a pior personagem é a Letty (e sim não sei quanto do meu ódio é ela ter o mesmo nome que o meu e quanto é dela só ser construída de forma horrorosa). No começo a gente aprende que ela é uma querida, sofre por ser mulher e une o grupo, no meio ela é excluída e no final ela é abertamente uma traidora irritante e ignorante e que LITERALMENTE vai caçar a única amiga dela por ser negra???? Gente pelo amor de Deus. Tem tantas cenas racialmente estereotipadas mas eu gostaria de citar o momento que uma menina irlandesa agride a outra, que tava de luto, COM UMA BATATA. A pior parte é que não era nem pra ser engraçado, tô deprimida.

E enfim eu teria muito mais pra falar mas tudo resume no fato de que esse livro é raso, todos os personagens sao unidimensionais, não tem nuance pq td é repetido 500 vezes, sistema mágico bosta que é inexistente, linguagem totalmente anacrônica com discussões ainda mais anacrônicas e um uso básico e excessivo de etimologia que serviu só pra RF Kuang mostrar td que ela aprendeu no mestrado dela (de novo queria estar brincando mas eh vdd). Esse livro parece na real uma grande palestra cheia de jargão só por capricho e que não tenta de verdade abordar o assunto em questão com qualquer sensibilidade ou aprofundamento. Se vc quer ler um livro político com recortes sociais e raciais com inspirações históricas tem livros muito melhores, inclusive Duna.
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Celeste26 24/02/2024

R. F. Kuang é um titã da escrita
Eu, que sou fã obcecada de Guerra da Papoula, me apaixonei novamente pela escrita, pelas críticas e pelo desenrolar de um livro dessa escritora. As análises sobre colonialismo são pontuais, as relações entre os personagens são realistas e complicadas. Existe um grande debate nesse livro sobre capitalismo, individualidade e a inevitabilidade do ciclo da história humana (tema esse que Kuang parece amar abordar). Existiram sim trechos um pouco lentos, e queria que ela tivesse se aprofundado um pouco mais em algumas relações, mas isso não torna o livro ruim sob nenhum aspecto. A prioridade da escritora é sempre os limites humanos em relação a violência, desespero e amor, e como no fim, tudo o que realmente nos resta é continuar a lutar.
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Jane 57821 23/02/2024

O poder das palavras
Essa é uma história sobre a língua, o colonialismo e os horrores perpetuados pelos países imperialistas em sua busca incessante por mais riquezas. É uma história sobre racismo, amizade, amor e identidade. Mas é, acima de tudo, uma história sobre resistência, seja em pequenos ou grandes atos, e suas reverberações na vida de todos nós.
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Tati Freitas 23/02/2024

O que foi esse livro? Ele se tornou um dos meus favoritos da vida antes mesmo de acabar, assim como R. F. Kuang se tornou uma das minhas autoras favoritas depois desse livro. (e eu ainda nem li a Guerra da Papoula).
A maneira como ela escreve sobre colonialismo e revolução é uma obra de arte. Como ela fala sobre questões de raça, gênero, identidade e até sexualidade (esse último mais nas entrelinhas, mas ainda assim saltando aos olhos), é uma coisa que eu nunca li igual, ela não mede palavras, é um soco no estômago atrás do outro.
O realismo mágico é fascinante e pra mim que estudo línguas, sou professora de inglês, fiz letras na faculdade, a parte da linguística foi a cereja do bolo.
Entendo quem não cair de amores pelo livro, algumas partes podem ser vistas como lentas, mas pra mim, a narrativa é impecável. Estou rendida.
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@thais.martinho 22/02/2024

Confesso que estava muito ansiosa por esta leitura, pois virei fã da autora com ?Guerra da papoula?. Comprei o livro na pré-venda e recebi ele com muita antecedência da data de lançamento. Dei início à leitura logo no início do mês, mas me deparei com a leitura mais arrastada que eu tive nos últimos tempos, foram mais de 15 dias lutando pra não abandonar o livro. Isso se deu pelo fato de eu criar muita expectativa na construção fantástica do mundo, e não encontrei o que eu esperava. Bom, a leitura é muito interessante, todas as curiosidades linguísticas foram as melhores partes do livro pra mim e o que me impediu de abandonar a leitura.
A construção do sistema de magia do livro não foi tão interessante assim pra mim, tenho lido muita fantasia e não acho que esse livro possa ser ?vendido? como esse gênero, pois achei raso.
Ele é muito mais político do que mágico, o que não é ruim, só não foi o que eu esperava. Me arrastei no livro até chegar em 75% e só então ele realmente ficou bom pra mim, o final foi frenético e poético, e somente por isso eu acho que consegui finalizar a leitura.
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Vitorin 19/02/2024

Ok!!! RF Kuang sabe escrever MUITO BEM!!!
A ambientação impecável, amo a base histórica que a autora usa sempre nas obras!!! (E as criticas que ela faz são sempre impecáveis sério!!)
Tanto a parte do mapa e das coisas num geral, o contexto histórico é masterpiece!!
massss essa Dark Academia me da preguiça as vezes!
ponto negativo: tem partes mto lentas e mesmo q eu entenda q seja pra desenvolver tudo q acontece as vezes me dava preguiça!!!
Amo as criticas do livro e os personagens são o ponto alto ?!!! Sempre tem algum plot q prenda mesmo quando ta lento!!!
A construção das coisas é muito boa e linda e o contexto + a parte da tradução é ???
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Vinícius 19/02/2024

"Todo ato de tradução é um ato de traição"
Difícil por em palavras tudo que senti lendo esse livro. É impressionante como a R. F. Kuang consegue escrever uma obra tão diferente da trilogia da Guerra da Papoula e, ao mesmo tempo, que tenha tanto a ver. Por mais que a escrita da autora seja didática ao extremo em alguns pontos (alguns diálogos acabam soando artificiais quando ela se mostra direta demais no assunto), a verdade é que Babel é uma obra-prima. Eu não consigo pensar em um adjetivo melhor, porque o que a Kuang fez aqui que vai entrar para a história da fantasia.

A maneira como ela entrelaça colonialismo, colonialidade, raça, gênero, linguagem e academicismo é inigualável. A veia acadêmica dela salta a todo instante, mas talvez por eu ser um acadêmico, eu amei ver como ela escreve com paixão e com (muita) raiva - raiva contra os colonizadores, os impérios, os falsos aliados brancos e o racismo. Por toda a sua primeira metade, Kuang até nos faz deslumbrar com as maravilhas de Oxford e Babel (mesmo nunca nos deixando esquecer como seus protagonistas não-brancos são realmente vistos), mas a mudança de tom e de clima na segunda metade é chocante e, infelizmente, inevitável.

Ao final do livro, estava em lágrimas. É um encerramento tremendamente agridoce, mas aqui, tal qual em A Deusa em Chamas, Kuang nos deixa o vislumbre de um futuro onde o colonialismo não vença. Cabe a nós acreditar. Se havia alguma dúvida de que ela é a grande autora de fantasia da nossa geração, Babel vem para enterrar qualquer dúvida.
Valney 22/02/2024minha estante
Bela resenha amigo, deu até vontade de ler




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