spoiler visualizarMaelle 12/04/2024
Prim e Alex
?Ele dizia que eu era anjo e demônio numa só pessoa.
Ele não estava errado, mas acho que, no fundo, todos somos.?
?Alex riu baixinho, claramente se divertindo.
? Garotas não costumam exatamente me ver no conceito de ?bom?, encrenca.
Encrenca. Meus lábios se curvaram e eu tombei a cabeça pro lado.
? Eu nunca disse que gostava dos bons.?
?Palavras podem matar e machucar mais do que qualquer bala, acidente, trauma físico. E o pior? Elas não te matam de verdade, apenas por dentro. Elas te torturam. Te perseguem. As palavras certas ditas pelas pessoas certas podem te fazer sentir que está sendo dilacerado por dentro. Como uma doença fatal impossível de ser parada, uma ferida que abre e abre e nunca se cicatriza.?
?? Como que você dizia mesmo? ?Cinquenta por cento anjo, cinquenta por cento demônio?? ? Prim recua, segurando a maçaneta. ? E cem por cento seu pesadelo.?
?? Uma dança?
? E desde quando Alex Carpenter dança? ? pergunta, se divertindo, e eu movo suas mãos para a minha nuca.
? Quando vai entender que faço qualquer coisa por você?
Isso rouba suas palavras, deixa seus lábios entreabertos.?
?Cada gota de chuva do céu escuro me lembra os seus olhos. Por isso temo as tempestades. - porque te fiz chorar.
Ele diz "pode me odiar, mas me odeie por perto". Eu sorrio. E faço o oposto. - quatro letras erradas?
?? Obrigada, dor de cabeça. De qualquer forma.
Falls beija o meu ombro e me aperta forte.
? Obrigada você, Primprim. Nossa irmãzinha perdida foi encontrada. A última estação que faltava. E eu te amo muito, ok?
Sorrio, fechando os olhos. Irmãzinha.
Eu tenho uma família agora.
? Eu te amo muito também.?
?Eu uno uma mão a outra, fingindo puxar um arco. As afasto e ele permanece ali, esperando. E então eu finjo flechá-lo e Carpenter leva a mão ao peito.
Bagunçam seu cabelo, puxam-o de volta ao jogo e seu treinador deve estar gritando pelo capacete, mas Carpenter sorri para mim. E em lágrimas, eu rio de pura felicidade.
Eu o amo para cacete.
E é recíproco.?
?? Nunca mais fique longe de mim. Ouviu? ? digo, em tom de ordem, mas é uma súplica. ? Entendi o que fez. Não queria que me visse chorar lendo o caderno, mas talvez fosse necessário. ? Digo, ainda absorvendo seu cheiro, sua existência e a honra que é ser sei. ? Não tenho medo de ser tudo que sou com você. As partes tristes, as partes boas. Quero tudo isso. Amo tudo que nos compõe, Prim. Eu. Quero. Você. Eu sou seu. Sem amarras. Nunca mais fique longe de mim. Nunca. Nunca. ? Minha voz falha e eu mal consigo respirar. ? Nunca.?
?? E eu não sei se consigo deixar claro o quanto te amo, porque cada gesto, cada segundo, parece tão pouco. É como se? chamar de ?amor? fosse comparar o nosso sentimento a um átomo, sabe? Um átomo quando o que sentimos tem o tamanho de um universo inteiro. Ou todos os universos que existem. Mas enquanto não encontram uma palavra tão gigante quanto o que somos? Eu digo que amo você.
Seus olhos? brilham tanto que consigo ver o céu. E ainda assim eu vejo sua alma.
? Estou tentando te dizer que te amar, te adorar é pouco, Prim Aldridge. Você pode escrever mil poemas e eu amarei todos eles.?
?Era uma vez, Alexander Carpenter e Primrose Aldridge. Duas crianças quebradas, predestinadas a se conhecerem, que cresceram cultivando um amor entre rosas e espinhos. O tipo de amor que torna qualquer primavera infinita.
Eles se amaram, se quebraram e se reconstruíram. Descobriram que a mais bela perfeição reside no imperfeito. E quando suas barreiras caíram, eles entenderam que por mais difícil que a vida seja, sempre viverão seguros, em paz e completos, desde que um com o outro.
E assim, eles viverão felizes para sempre. Começando por hoje. Agora.?