beatrxz 17/04/2024
Quero um Razhiel para mim!!
Para começar, eu tenho que admitir que a Wid nasceu para escrever romance. Você simplesmente termina o livro pensando: ?Onde é que encontra um homem desses??
Assim como os outros livros dessa série, Destroyer me prendeu demais! (Por mais que não ache que tenha conseguido superar Fire). Porém, admito que o começo da historia não me agradou muito? Sinto que a proposta da autora era um slow burn, o que realmente começou sendo, já que o primeiro encontro do casal demorou vários capítulos para acontecer, entretanto, depois de tanta espera, as expectativas não foram supridas.
O começo do desenvolvimento do casal foi desleixado e as coisas aconteceram muito rápido (penso que era melhor ter usufruído das páginas que eles ainda não tinham se encontrado fazendo com que a relação fosse se desenvolvendo até chegar ao ponto que eles já precisaram ter desde o primeiro encontro, provavelmente porque, aquela altura, já havia muito tempo ?perdido?)? Somando isso ao fato de que, no começo do livro, algumas sucessões de diálogos foram meio estranhas, ficava difícil ler e imaginar aquilo acontecendo em um cenário não utópico, sabe?!
PÓREM, tudo isso mudou da água para o vinho no momento em que eles vão para a fazenda do avô da Helena, foi onde pude senti que o livro começou a ganhar meu coração. A partir dali, consegui me envolver com os personagens, amar o Malakay, gostar do desenvolvimento que o casal passou a ter, com a Helena enfrentando seus medos e limitações? enfim, tudo ficou incrível!!
E, falando dela, não posso deixar de comentar sobre essa protagonista?. Achei ela simplesmente incrível! AMEI a representatividade de sua cor, de sua deficiência. Senti dor por tudo que ela passou, consegui entender suas inseguranças no relacionamento com o Raz, talvez até tenha me apaixonado por ele junto com ela kkkk. Também não tem como deixar de lado a Suki: que personagem secundária envolvente e única! Ela, definitivamente, foi indispensável no livro, adorei sua personalidade e tudo que ela representou dentro da história.
Também gostei da construção do vilão, dos pontos de vista que ele teve, por mais que desde o meio livro já tenha ficado meio óbvio que ou seria o Anthony ou o pai dele, no fim a autora ainda conseguiu surpreender.
Apesar de muitos pontos positivos, algo que ? assim como em Fire ? não teve como ignorar, foram os erros gramaticais presentes no livro.
Eu entendo que deve ser dificílimo ser autora, ainda por cima nacional, ter prazos de entrega e mais um milhão de obstáculos. Mas, ainda sim, não posso deixar de lado o fato do quanto é chato para um leitor ler um livro com tantos erros.
Algumas vezes precisei substituir pela palavra certa na minha mente para conseguir entender o que a frase queria dizer, além de erros de vírgula em praticamente todas as páginas, palavras repetidas em uma única frase, etc?
É importante ressaltar que livros são como rédeas para muitos leitores aprenderem palavras novas e melhorarem sua capacidade de escrever. Quando um livro traz um quesito de tamanha importância com tantas incorreções, é bem desestimulante, mesmo que o conteúdo seja, de fato, MUITO bom.
Apesar de tudo, não consigo deixar de admirar essa história. Ela trata de muitos assuntos importantes, frases românticas que te fazem derreter junto com a protagonista e, acima de tudo, a percepção do que deveria ser um homem de verdade, que, decerto, toda mulher merece!
Já estou ansiosa para a sequência, torço muito pela autora e espero que ela consiga o devido apoio que merece.