Resenhas -

Lucy 07/11/2022

Um livro bom, e ao mesmo tempo monótono
É um livro interessante, com todos esses tópicos; fanatismo religioso, machismo, patriarcado, efeitos da colonização, como uma fachada de aparências pode ser muito bem sustentada através do dinheiro, negação da sua própria cultura e ditadura.
Um livro pra te fazer pensar. Profundo.

Mas o meu problema com ele é a escrita. Gosto mesmo dessas estórias de fatia de vida/romance de formação, mas aqui eu não me senti envolvida o suficiente. E isso aconteceu também com Americanah, me distrai várias vezes ao longo da leitura. É uma escrita monotona, apesar das coisas que acontece, e acontece muita coisa. Então acho que a escrita da Chimamanda não é pra mim

Debora 25/10/2022

A sinopse não faz jus ao livro. Se fosse pela sinopse nem tinha lido o livro, porém como tinha pego emprestado, resolvi pelo menos ler o primeiro capítulo.
O livro trata de como um homem pode ser adorado por estranhos, e ao mesmo tempo causar medo e insegurança para os familiares. Usando da sua autoridade de homem e rico, para não ser questionado.
O final eu não esperava...

bartgirl 21/01/2022

Hibisco roxo
Tô mixed feelings total. Eu AMEI a história em si, mas sinto que o meio foi uma enrolação completa e o final muuuuito corrido. Amei que abordou muito sobre a realidade nigeriana em varios aspectos, mas não sei, eu senti que ainda faltou alguma coisa?? Não sei se um possível enfrentamento da Kambili com o pai dela (pós "acidente") ou até um aprofundamento maior nele... Não sei kkkk. Mas o livro é fundamental e recomendo!

Andreia410 02/01/2023

No início a história é um pouco lenta, até que os personagens vão sendo melhores desenhados. Traz questoes culturais, mas também aborda a violencia domestica sob o manto dos costumes e religiosidade. Também me fez pensar sobre a dualidade do ser humano, nem 100% bom, nem 100% mau. Apenas humano, com luz e sombra.

raiana29 26/01/2024

A adolescente Kambili narra as desventuras de sua vida prejudicada pelo catolicismo extremo de seu pai, um industriário que inferna a vida da família com seu lado opressivo e violento, ao mesmo tempo em que pratica a caridade e é dono do maior jornal liberalista da Nigéria.

Hibisco Roxo é um romance que retrata com perfeição as consequências da colonização do país africano e da imposição religiosa que esmaga tradições seculares. A história da protagonista é tão real quanto a história de dezenas de pessoas: sua vida é centrada na opressão proporcionada por seu pai.

Embora sejam ricos, Kambili, sua mãe e seu irmão, vivem à sombra do pai, um homem venerado pela comunidade, porém extremamente abusivo. Ao acompanhar a jornada da protagonista, foi possível vestir sua pele e sentir seus medos. Ela teme o pai, mas o ama e venera, deseja acima de tudo sua aprovação, não por amor, mas sim por medo.

"Nós não saltávamos por acreditarmos que podíamos;
saltávamos porque tínhamos pânico de não conseguir."

Essa é uma história marcante, que pode gerar gatilhos, com presença de violência doméstica. Porém é uma leitura fluída, que expande os horizontes do leitor e gera reflexões necessárias sobre o caráter humano e o ideal de família.

adjalina.menezes 28/12/2023

O meu interesse por esse livro surgiu após ler 'sejamos todos feministas'. Leituras feministas e africanas é importante pra diversificar o conhecimento. Quanto a esta obra específica valeu pra experimentar um pouco da cultura nigeriana.
Alguns pontos negativos:
1. o titulo não tem quase nada a ver com o enredo;
2. o livro é muito pesado, episódios de tortura, violência doméstica;
3. Não gostei do plot no final, ficou desconexo

sabmn 08/04/2022

Importante, mas não o melhor que eu já li
Eu não quero desmerecer o livro, porque acho uma leitura importante, mas definitivamente não fluiu do jeito que eu esperava.

O início tava bom. O jeito que você já começa sabendo que o pai da Kambili é abusivo, para não se enganar pelas "bondades" dele, é ótimo. E eu gostei bastante também dessa volta pro passado, porque o livro inteiro praticamente se passa antes do início, e o final se passa depois. Eu achei esse vai e volta no mínimo interessante.

Apesar disso, eu senti uma irritação enorme durante GRANDE parte do livro. O jeito que a Kambili admirava o pai apesar de tudo (eu entendo que seja por conta do abuso psicológico sofrido por ela, mas ainda assim me irrita), o jeito que a Amaka tratava a Kambili durante as primeiras vezes que elas se encontraram e a falta de comunicação entre o Jaja e a Kambili (também culpa do pai) são as principais fontes da minha inquietude. E além disso, por que a Amaka do nada mudou em relação a Kambili? A tia disse alguma coisa pra ela? Acho que é um diálogo que falta, inclusive.

Eu li o livro por ordem da escola, então talvez por isso eu não tenha aproveitado tanto, mas não deixaria de recomendar. Acho que reflete muitas coisas importantes na sociedade, e mesmo a inquietude que eu senti pode ser parte da experiência que a autora queria passar do que é o abuso.

Patricia Peres 08/08/2023

Extremismo religioso
Um livro que relata sentimentos tão complexos. Uma religião imposta pelos colonizadores na intenção de sufocar a cultura e a crença ancestrais da população colonizada. O extremismo religioso que gera intolerância, medo, violência, calando as vozes dissidentes. Do que importa ser bom e generoso da porta pra fora e o oposto dentro de casa com sua própria família? Senti raiva e revolta, porque a história que deveria ser ficção é a realidade em que vivemos.

Cassia_kk 30/05/2022

Necessária, pena que acabou
Atenção: Gatilhos de violência psicológica e física no livro.

A leitura é muito boa, fluida e lindamente descritiva de uma realidade diferente da minha.

Do meio para o final acho que faltaram mais detalhes, talvez alguns diálogos. Eu não gostei do final (!?), mas independente disso a leitura é necessária. Refletir muito, muito mesmo.

Trata de assuntos muito pesados.

Rayssa 29/06/2021

Livro de leitura simples, mas com uma história muito complexa a tratar. Nele conseguimos adentrar no universo de Kambili e entender as consequências que o imperialismo trouxe ao seu país e sua cultura.

É um livro forte, mas considero uma leitura necessária para todos.

Nanda 25/06/2023

É um livro bom, bem escrito e bem estruturado, eu só não leria ele se não fosse uma leitura obrigatória da escola

Audry Santos 24/05/2023

Triste
A história de uma família de quatro pessoas que vivem a influência do racismo vindo dos brancos que moram na Nigéria e as consequências do fanatismo religioso. Em muitas partes as lágrimas podem chegar.

Beatriz 10/11/2022

Se Eu Fosse Católica esse Livro me Encomodaria
Esse foi meu 1° paradidático do 1° ano do ensino médio, foi um ano com vários livros de ideologia de esquerda. Esse livro fala sobre uma família nigeriana e católica, a personagem principal é Kambili, uma adolescente com o pai extremamente religioso, a história conta também com o irmão, mãe, a tia, irmã de seu pai, seu avô paterno e os primos de Kambili. Antes de falar mais sobre a história, quero dar uma opinião mais técnica sobre o livro. Ele é bem escrito, é fácil sentir o que os personagens estão sentindo e o que mais me chamou atenção é que ele não segue uma linha tradicional de narrativa (passado, presente e futuro), o que acontece é que a história começa num ponto presente, volta para o passado, depois para o presente de novo e acaba no futuro. Enfim falando da história, eu sou cristã e não consegui ler o livro sem uma visão espiritual da situação da família, o que fez a leitura ser estressante e, muitas vezes, revoltante. O pai de Kambili bate tanto nela quanto no irmão e na mãe, não apenas em flashbacks, mas também na história contada no livro, como resultado desses espancamentos a mãe, Beatrix, sofreu um aborto. É difícil escolher a pior parte dessa situação, pois por uma lado tem o pai dela que pensa estar fazendo o certo, o melhor para família e por outro tem a negligência de Beatrix, que mesmo tendo tido oportunidade de sair dessa situação e levar os filhos, ela se recusa. A história também conta com detalhes culturais e como a religião enfiada goela a baixo fez suas marcas nessa mesma cultura. Um ponto marcante para mim foi quando Kambili durante uma missa imaginou a mão de Deus branca e Ele falando com um sutaque inglês. Resumindo não gostei da história e nem do desfecho que deixou alguns pontos soltos e insinuações. O principal motivo da minha conclusão foi que a autora deixou os caminhos muito determinados, ou você é ruim e rico, ou é feliz e "pagão", ou é bom e pobre. Ela deu no livro uma visão de mundo limitada e negativa em pontos que dependem exclusivamente da pessoa, o que me fez ter certeza que eu não lerei mais livros dessa escritora.

Lauri.Mazulo 16/12/2022

Esse livro aborda inúmeras questões extremamente necessárias de serem discutidas, tais como: migração, religião, extremismo religioso, política, o papel da mulher na sociedade e a construção da família. Chimamanda fala sobre todos esses assuntos de maneira responsável e sensível, é impossível não se emocionar com a história da Kambili.