Menino de engenho

Menino de engenho José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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@Matcholo 10/01/2021

sensacional, um livro que mostra de forma muito fiel o dia a dia dos engenhos e da vida no campo, não acontece muita coisa na história, mas você vai acompanhando o protagonista em suas variadas experiências no engenho do seu avô. A narrativa é escrita com maestria e apesar de ter uma conclusão fechada deixado leitor com vontade de saber mais sobre o destino dos personagens. Rápido de ler e de linguagem simples, recomendo demais a leitura, gostei bastante.
... 23/01/2021minha estante
Não sei se você continua com vontade de saber mais... E também não sei se tlg, mas a obra é uma série de cinco livros "O Ciclo da Cana de Açúcar".
Eu acabei de ler o primeiro e tô pensando se leio os próximos, pq como você falou, tem uma conclusão fechada por si mesmo.


@Matcholo 23/01/2021minha estante
Socorro eu não sabia disso, esse é o primeiro então? Com certeza vou querer ler os outros, porque fiquei bem curioso para saber o que acontece depois kkkk


Orlando 01/10/2021minha estante
Recomendo ao menos a leitura de "Doidinho", que mostra a vida do protagonista no colégio... acho super-válido; mas como a amiga disse, Menino de Engenho fecha-se muito bem em si mesmo, então fique tranquilo se parar nele.
Não lembro a ordem, mas os 5 livros são Menino de Engenho (1), Doidinho (2), Benguê (3), Fogo Morto e Usina (esses dois eu tenho dúvidas sobre qual é o 4 e qual o 5, mas dá pra descobrir fácil com uma pesquisa pelo Ciclo da Cana de açúcar de Lins do Rego)




@loop.literario 22/02/2022

Experiência audiobook
Acredito que muitos aqui já tenham lido esse livro. Primeira obra de José Lins do Rego, publicado em 1932, é um romance memorialista e regionalista, e inaugura o ciclo da cana de açúcar.

O livro retrata a decadência do nordeste canavieiro sob a narração de Carlinhos, um garoto que ficou órfão aos 4 anos e que foi morar com o avô materno no engenho.

O romance traz uma narrativa onde o cenário nordestino minucioso se mescla com as memórias desse menino da infância a adolescência. Explora a realidade social, política e econômica da região, trazendo para si o caráter regionalista. Mas ao mesmo tempo explora questões universais como a angustia humana, saudade, abandono.

Tive a oportunidade, através da parceria com a Tocalivros, de ouvir essa história em audiobook e mais uma vez eu amei a experiência. O Alexandre Mercki, narrador da obra, traz uma dinâmica e põe no audio todo o lirismo dessa obra. Mas o que mais me emocionou foi ouvir parte da historia sendo cantada, me arrancou lágrimas, pois fui pega completamente de surpresa.
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Mariana.Vilela 14/02/2023

Menino de engenho
Às vezes é difícil ler um livro clássico, porque eu nunca sei se eu que não entendi onde o autor quis chegar ou se eu entendi certo e não gostei.
Dito isso, a sensação que tive com esse livro foi a de um "Reinações de Narizinho" 2.0. Eu não sei dizer em uma resenha em quanto esse livro foi desconfortável. A cada frase era uma expressão de racismo. E violência contra animais. E sexualização de criança. E abuso sexual, sem ser descrito como abuso. Sério. Eu ainda continuei achando que talvez essas questões fossem discutidas mais para frente. E não foram.
É difícil quando você odeia todos os personagens de um livro e o autor tenta fazer você ter empatia por ele. Fiquei igual aquele meme "é pra eu ter empatia?"
Se você quer saber um pouco sobre o período histórico, pode ser interessante. (Se você tiver estômago). E vire e mexe eu me pergunto, o quão importante isso deveria ser? É basicamente aquela questão atual daquela lá que não deve ser nomeada (você sabe quem é). Todo mundo sabe que não é para dar palco mais, então porque continua falando sobre o livro? Não tem outros livros mais interessantes? A gente não devia seguir em frente e buscar outros autores que tenham mais cuidado com esses temas?
Eu não sei exatamente o que pensar. Quer dizer, eu sei que não gostei. Só sempre fico pisando em ovos com as expectativas e opiniões das pessoas.
A verdade é que, a minha relação com esse livro foi ruim. Eu chorei quando ele descreveu a cena da morte de um animal da forma mais normal possível. Como se não fosse nada. A cada vez que alguém falava alguma coisa racista, eu queria que todos sumissem. Quando ele disse que as mulheres estavam "se amostrando" sexualmente falando para um garoto de 12 anos, eu quis mandar ele pra... (Insira um palavrão).
"Ah, mas tá mostrando como era na época". Mas não dava para discutir isso? Não dava para deixar implícito que tem algo errado aí? Porque nenhuma mudança aconteceu nos personagens em relação a isso. E eu não sei dizer o quanto o autor era contra isso. Por isso que talvez seja interessante ser mais explícito quanto a isso.
No mais, o audiobook é bem feito. Tem vozes diferentes e músicas, mas a história realmente não ajudou.
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Queridolivro0 31/01/2024

Memórias de um menino de engenho ?
Adorei o livro, o autor tem uma forma sensível ao apresentar ao leitor lembranças de infância e de um Brasil em transição dos engenhos de cana de açúcar para usina. Um país de progresso político, social , cultural estava nascendo.
Recomendo muito a leitura, você vai se emocionar com as aventuras de Carlinhos e o engenho de Santa Rosa.
AnaBa 04/02/2024minha estante
gostei mto




SueSouza 08/08/2021

Muuito Bom
Oi Pockets!

Espero que estejam bem. Esse ano com a parceria da editora Global e TocaLivros, estamos tendo a oportunidade de conhecer novos autores e aproveitar mais o formato audiolivro que ajuda bastante a ler, ainda mais quem tem o tempo corrido. A leitura da vez foi Menino de Engenho do José Lins do Rego, depois de ler Fogo Morto (leia a resenha aqui!), me encantei pela escrita do autor e quero poder ler suas obras, e aproveitando que tem disponível no TocaLivros, ouvi e amei, a narração do Alexandre Mercki é excelente.

No enredo vamos acompanhar o jovem Carlos que inicia contando a história da perda de sua mãe Clarice, que foi assassinada pelo marido. Carlos sem ter mais ninguém, é levado para viver com seu avô no engenho de Santa Rosa. Seu tio Juca vai buscá-lo, e uma das primeiras coisas que Carlos observa é o engenho funcionando, moendo um resto da safra da cana - de - açúcar.

Através da narração de Carlos, vamos conhecendo o funcionamento do engenho de Santa Rosa e seus moradores e toda a cultura da época, que infelizmente é bastante racista e patriarcal, onde os brancos podem fazer o que desejam sem ser punidos.

"Minha atenção inteira foi para o mecanismo do engenho. Não reparei em mais nada."

Carlos é uma criança que só tinha escutado as história sobre o engenho através de sua mãe e não conhecia seus parentes e a vida do engenho. Ele é uma criança tímida, asmático e acaba recebendo muito atenção de sua tia Maria, irmã mais nova de sua mãe, que acaba assumido o papel de mãe para ele, mas ao protege-lo, faz com que os primos e outros meninos do engenho fiquem implicando com ele, e faz com que Carlos inveje a liberdade dos meninos. Tia Maria em breve irá se casar e Carlos ficará sobre os cuidados de Sinhazinha.

Tia Sinhazinha era cunhada de José Paulino, já de idade, cuidava da casa e era vista como uma pessoa má, todos tinham medo dela, principalmente os criados ( pois ela inventada qualquer desculpa para maltrata-los). Carlos tinha medo de Sinhazinha, e foi dela que levou a primeira surra da vida, o que deixou sentido. Mas após o casamento da Tia, ele acaba se aproximando de Sinhazinha, que ficou responsável por ele.

Temos José Paulino, avô materno de Carlinhos, ele é o patriarca e quem comanda o engenho, pela visão de Carlos, temos um homem justo, de caráter, respeitado, mas severo. Carlos admira seu avô e adora quando é convidado a participar das visitas aos moradores do engenho, que vivem sobre o domínio do avô. Tem Juca, o filho de José Paulino, que se envolve com as mulatas do engenho e nunca é castigado, faz o que quer, sem sofrer punições, e que muitas vezes acabam caindo sobre os negros (homens), principalmente a violação sexual que ele faz com as negras virgens.

"A senzala do Santa Rosa não desaparecera com a abolição. Ela continuava pregada à casa-grande, com as suas negras parindo, as boas amas de leite e os bons cabras do eito"

Uma personagem que Carlos adora é a velha Totonha, uma senhora que fazia visitas aos engenhos e contava muitas histórias para as crianças, que deixam todos admirados, principalmente Carlos que esperava ansioso a próxima visita da senhora (nessa parte que ela conta história, temos até uma parte cantada, que deixa a narração melhor ainda).

Temos vários outros personagens na história, os primos e primas de Carlos, Maria Clara, uma prima mais velha e primeiro amor dele aos 8 anos. E vamos ter menção de personagens que conhecemos em Fogo Morto (Seu Lula, José Amaro, Capitão Vitorino, entre outros).

Carlos não é religioso, e como acaba sendo criado solto no engenho, as liberdades de criança começam a se tornar libertinagem, com as conversas que escuta e traquinagem com os outros meninos. Sua primeira experiência sexual é com 12 anos com uma negra, ele acaba pegando gonorreia ( infecção sexualmente transmissível, que naquela época usavam técnica naturais para se curar). Para Carlos ele passa a ser um libertino que anda atrás das mulheres no engenho.

O avô acha que a solução para acabar com as liberdades de Carlos é enviando para o internato, pois lá ele mudará seu comportamento, e com a ida de Carlos para o internato encerra a história com ele partido do engenho. Menino do Engenho é o primeiro livro do chamado ciclo da cana de açúcar, composto por 6 obras:

1. Menino de Engenho (1932)
2. Doidinho (1933)
3. Banguê (1934)
4. O moleque Ricardo (1935)
5. Usina (1936)
6. Fogo Morto (1943)

É uma história excelente, porém é importante lembrar que vão encontrar várias situações que incomodam, mas para o período era "normal", pois apesar da escravidão já ter sido abolida, o romance de José Lins do Rêgo possui enormes marcas do regime escravagista (relatos bem cruéis e reais que os negros passaram no período, mesmo estando "livres".) Além disso, temos também no enredo a questão da sexualidade das negras, as secas e as enchentes que o Nordeste sofria e ainda sofre.

Já leram alguma obra do autor?
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... 23/01/2021

Memória Regional
Se trata de um romance memorialista reginal, narrado em forma de fragmentos de lembranças da vida de Carlos de Melo.
Contada por um narrador ainda menino, se descobrindo no engenho. Passamos por sua ida ao engenho, suas travessuras, suas descobertas sexuais...
O livro retrata perfeitamente a sociedade local da época e, sinceramente, a mesma atualmente. O misticismo, a "servidão", a violência e o respeito gerado pela mesma, o cotidiano rural está todo ali. Talvez até mesmo o pensamento que continua presente, diluído, em toda sociedade Brasileira.
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~mah 24/02/2023

Memórias de um Brasil não muito distante
Este livro me trouxe muitas sensações, nojo, raiva, surpresa, tristeza e risadas. Não esperava nada e ele entregou muito.
Recomendo o áudiobook do skeelo.
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@ruthlunang 22/09/2022

Menino de engenho
Só o fato de toda a história se passar em localidades bem perto de mim, já é uma experiência incrível. A história é um retrato da época dos coronéis, e muito bem contada.
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Bruna.Adenice 06/12/2023

Um clássico. Mas atenção: Alerta de gatilhos
É importante destacar que o livro contra a trajetória de Carlos, garoto que perde a mãe assassinada pelo próprio pai. Logo, a história "começa realmente " quando a garoto vai morar com seu avô materno no engenho.


Porém, é imprescindível frisar: A Obra representa o CONTEXTO DA ÉPOCA EM QUE FOI ESCRITA.
Logo, há alertas variados de GATILHO, úmida vez que aborda temas sensíveis, como escravidão, machismo, violência, etc. de maneira bem explícita e natural, o que choca muitas pessoas.

A história em si é muito boa e o protagonista-narrador me cativou desde o início. A narrativa é de fácil compreensão, com um texto explicativo, porém bem dinâmico.

Ah, e há de se destacar que o autor faz uso de regionalismos, assim como traz elementos históricos, que deixam a história mais verossímil.

Confesso que perdi um pouco o entusiasmo com o enredo a partir do momento em que "Carlos perde sua inocência de menino". O enredo é bem explícito em seu desenrolar, o que me incomodou, especialmente por estarmos falando de uma CRIANÇA de 12 anos.


A gente até tenta entender que, para o período, certas coisas eram consideradas "normais" e que, obviamente, não haveria um aprofundamento ou crítica por parte do autor, mas isso não diminui o incômodo e repulsa por certas falas e situações.

Mas enfim, compete a nós, leitores, ternos o senso crítico de fazermos uma reflexão de que a obra, embora incômoda em diversos momentos, representa um outro contexto e que não deve ser alterado, mas SIM serve para fomentar discussões acerca do que era comum outrora, enfatizando os erros e a evolução, mesmo que lenta, da sociedade.

Livros como esses NÃO devem ser mudados, tendo reescritas adaptadas ao século XXI, Pelo contrário, devem servir para mostrar os comportamentos obsoletos a fim de mostrar às novas gerações costumes e falas que devem ser extipardos.
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Sylvia 29/10/2022

Dos clássicos brasileiros que todo mundo tem que ler!!

Maravilhoso, bem nordestino, pé no chão, raiz!!
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Wanessa Ribeiro 23/12/2023

Reli esse livro após muitos anos e a leitura se mostrou mais uma vez capaz de me levar a lugares distantes, onde a rotina do engenho nos traz a paz da vida rural. Entendo a perturbação que alguns trechos podem causar a alguns leitores (muito racismo, violência, sexualidade precoce e zoofilia), mas é importante colocar essa história dentro do seu tempo e com o intuito de descrever situações que de fato existiram.
André 23/12/2023minha estante
Até surgiu uma faísca para essa leitura no futuro. obrigado!




Insta: @neilson_jr 04/11/2022

Um clássico com uma linguagem acessível. Gostei da inserção de cantos e contos. Tava desapontado com os últimos clássicos que li, mas esse valeu muito a pena.
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PaulaFrancoNetto 06/12/2021

Um clássico
O livro é fácil de ler e a leitura flui. Atualmente, o modo como o narrador chama os personagens me chamou a atenção. É um bom livro para se discutir sobre o modo como pensamos o Brasil que ainda carrega nas entranhas resquícios da escravidão
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Nathi Severo 02/11/2021

Livro muito bom. Retrata a primeira etapa do ciclo da cana de açúcar no Brasil. Com grande cunho histórico, apresenta relatos sobre a criação infantil em meados dos anos 30 e ainda ações refletidas em decorrência da escravidão.
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Wania Cris 14/05/2024

Devia ter lido antes, mas, que bom que consegui ler agora...
Sempre tive curiosidade com esse livro, mas acabava deixando pra depois. O depois chegou e tô bem feliz quanto a isso.

A edição da Audible está muito bem narrada por Alexandre Mercki e com bons efeitos sonoros quando outras personagens, principalmente femininas, entram na estória. A estória em si é bem triste, começando com um feminicídio e resvalando na loucura, vemos o menino Carlinhos crescendo sem sua mãe, sob os cuidados e desatenção de adultos moralmente condenáveis. A narrativa é riquíssima, mostrando como é a vida em uma fazenda de cana de açúcar, seus hábitos e modos de viver. Achei incrível!

Recomendo muito a leitura e, também, a edição da Audible. Tá maravilhosa!
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