Menino de engenho

Menino de engenho José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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kathrein.oliveira 14/07/2022

A escrita brasileira é um sabor...
Um livro super curtinho que me lembrou o melhor da escrita brasileira. Muito muito bom! Delicado e sóbrio, poético e bruto ao mesmo tempo.

Com certeza pretendo ler a saga inteira do menino de engenho.
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@thereader2408 07/12/2023

Amadurecimento de um menino antes de seu tempo
"Menino de Engenho" é um romance nostálgico memorialista que marca a estreia de José Lins do Rego no mundo literário. O livro foi lançado em 1932, financiado pelo próprio autor, e merecidamente se destacou na prosa de 1930, na segunda fase do modernismo marcado pelos romances regionalistas e urbanos, ressaltando problemas sociais.

Menino de Engenho inicia um ciclo de livros que são chamados de “Ciclo da Cana de Açúcar de JLR“, onde o autor retrata a decadência dos engenhos de cana no Nordeste e o surgimento de uma nova forma de trabalho organizada em torno das usinas no final do século XIX, apresentando a economia açucareira durante e após a abolição da escravatura. Os outros livros do ciclo são: Doidinho (1933), Banguê (1934), O Moleque Ricardo (1935), Usina (1936) e Fogo Morto (1943), este último é considerado a obra-prima do autor.

O Menino Carlos narra sua vida dos 4 aos 12 anos, e através do olhar dele aos 4 anos que vemos uma tragédia. O menino presencia a morte da mãe e a prisão do pai, culpado pelo assassinato da esposa vai parar em uma instituição de saúde. Carlos então se muda para Pernambuco e vai viver no engenho Santa Rosa, do avô José Paulina.

Ao longo dos 40 capítulos vemos as nuances narrativas que vão se desenvolvendo na medida que o menino de engenho cresce, descobrindo coisas e perdendo a inocência, tudo muito precocemente. JLR apresenta o nordeste tradicional onde a memória é um bem coletivo, que se propaga através da história oral, como um método de conservação de lembranças através da análise de cenários históricos, econômicos, políticos e sociais. Fica bem clara a herança escravista e a forte desigualdade social na narrativa do menino Carlos.

O livro também é cheio de cortes metalinguísticos (devido a velha Totonha, a grande contadora de histórias da região) e nos mostra reflexos sociais da verdadeira cara do interior do Brasil, vemos também um forte alusão a obra do sociólogo Gilberto Freyre "Casa Grande e a Senzala". Dados biográficos do autor e fatos relativos à História do Brasil no início do século XX aparecem no livro, transformando-se em experiências narradas por meio da memória e da linguagem.

@thereader2408

site: https://www.instagram.com/p/CkEl34Zuvay/?img_index=1
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Jackson 02/12/2023

Uma narrativa nostálgico dos tempos de infância, quando um jovem, depois de perder sua mãe, vai morar com seu avô e viver na roça em meio a escravos de engenho e a vida rural muitas vezes precária. A narrativa lembra um diário bem pessoal de recordações, mostrando os costumes da época e o cotidiano das pessoas a seu redor.
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