A Paixão Segundo GH

A Paixão Segundo GH Clarice Lispector




Resenhas - A Paixão Segundo G.H.


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alpaco 30/04/2024

A Paixão Segundo G.H.
Clarice fala aqui sobre muita coisa, tendo um olhar bem de bióloga, o que achei particularmente interessante. G.H. vai ao quarto da empregada que acabou de deixar a casa, mata uma barata e come enquanto reflete sobre a permanência, a neutralidade, Deus e muito do que percorre a vida e o que nos constitui como seres humanos. É uma boa viagem para qualquer um.
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marygoore 28/04/2024

Samsa adoraria ter conhecido G.H.
O máximo que eu teria feito no lugar da G.H. teria sido matar a barata (ou chamar alguém pra matar a barata) e seguir minha vida.

Acho que foi por isso que a Clarice disse que é melhor que pessoas de alma já formada lessem o livro, porque eles iam entender melhor a agonia do que foi a epifania que aconteceu no quarto da empregada.

Por isso que um especialista não entenda, mas uma menina de 17 anos pode ter esse livro como o seu favorito.
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bia 28/04/2024

Além da compreensão
Para mim esse livro está além do nível da compreensão, diz respeito à ordem da intuição. Ler Clarice é, como ela mesma diz nessa obra, ter a grande coragem de resistir à tentação de inventar uma forma. Temos o costume de tentar compreender cada trecho de um livro, e quando algo está além da nossa capacidade, isso nos frustra. Isso aconteceu comigo ao longo da leitura: por vezes eu me pegava pensando em desistir. Por isso acho que é importante superar nosso ego, desistir de tentar entender tudo (ou de achar que temos a capacidade de tal) e se permitir apenas sentir a leitura.
A famosa barata desse obra é apenas um pretexto para desenrolar uma grande crise existencial na qual a narradora nos convida à participar. Para mim, foi por vezes muito difícil acompanhar o fluxo de pensamento da narradora. Percebi que isso se dava quando não existia muita identificação entre mim e o que ela trazia.
Já que , como disse Záfon ? Os livros são espelhos: neles só se vê o que possuímos dentro.?
Quando eu conseguia sentir o que a narradora estava trazendo, era como um soco no estômago, e como resultado meu livro está todo cheio de marcações e anotações.
Definitivamente é uma leitura para revisitar, relembrar e redescobrir dentro da obra.
Clarice tem uma forma de dizer as coisas que a faz parecer sobrenatural. Assim como disse o New York times ?Ninguém soa como Clarice. Ninguém pensa como ela.? A mulher é realmente insuperável?
Vou finalizar essa resenha (se é que pode ser chamada disso kkk) com o trecho que me fez ler esse livro, e que vai sempre ser muito especial pra mim:
?Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar.?
????
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giovana 27/04/2024

Infelizmente não consegui aproveitar muito esse livro porque ficava perdida em meio às divagações de G.H. e por fim acabei torcendo para acabar logo.
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Loh 27/04/2024

A Paixão Segundo G.H
Clarice não se compreende
Clarice não se entende
Clarice transcende.

Um dos livros mais difíceis já escrito por Clarice, tive muita dificuldade para compreender a mensagem passada por ele, mas quando você entende que G.H não fala especificamente sobre baratas, há a compreensão da vastidão de Clarice. Entendo-te autora, o mundo é cruel, o mundo é confuso, as vezes parece que somos como as baratas?
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gigika 26/04/2024

Ser-se o mundo é crueldade
Em risos de dor, Clarice me prende num quarto ( deserto úmido) e, de mãos dadas, eu e ela, atravessamos um escuro alegre à caminho do outro lado. A caminho do encontro comigo. Não com ela, comigo. Dançamos no irreal, descobrimos o segredo do mundo, e procuramos pelo tesouro que é o tal sentido da vida. O segredo do mundo é um pedaço opaco de coisa. O tesouro é a madeira, o trinco da porta, a parede pintada, o móvel empoeirado e o gozo da vida: o ençoso branco que sai da barata.
Eu não sabia ver que isso, esse livro, é um amor delicado. Um amor que se vomita de nojo. Um amor que se desespera com o que é, e se cospe, mas continua eu. Um amor que desiste. E após lê-lo sinto falta como quem morre.
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Chiara 25/04/2024

Tortura de uma alegria
Inacreditavelmente ler um livro sobre uma barata conseguiu ser extremamente fluido. Mas o livro apesar de ser sobre uma barata, acaba não sendo sobre uma barata. O livro trás quase que uma crise existencial, o que é a moralidade, a existência, o neutro e o inferno afinal? São perguntas sem respostas que nos fazem refletir, o livro no final acaba sendo uma interpretação do mundo, uma metáfora e um sentir.
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Lady Rita 24/04/2024

Intenso
Que Clarice Lispector tinha um jeito único de escrever, não é novidade para ninguém, porém, que livro forte, que vai da sutileza a mais grotesca das coisas.
Do sentimento neutro ao mais repugnante.
Enfim, é uma leitura excelente, mas os sensíveis que evitem.
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comenttnat 24/04/2024

O livro é interessante e demonstra muito bem as nuances dos sentimentos da personagem, o âmago, o sofrimento, enfim Clarice!
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maxine. 23/04/2024

"Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia."
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SammyaLC 23/04/2024

Um relato minucioso e intricado de uma crise existencial, cheio de trechos bem bonitos? mas de certas formas tão cheio, que é vazio e nos obriga a sentir o nosso vazio?
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Olívia Farias 23/04/2024

?A paixão segundo G.H.? segundo Olivia
Fluxo de pensamentos muito intensos, Clarice escreve parecendo um mar revolto cheio de ondas fortes.
A paixão segundo G.H. revela o martírio de uma mulher ao se deparar com uma barata e a partir desse ponto começa uma crise existencial ou algumas crises existenciais que a leva ressignificar o que foi vivido, visto e aprendido ao longo de sua vida. É muito intenso e cheio de citações interessantes, mas requer bastante atenção e a leitura por não ser dividida em capítulos pode parecer um pouco desafiadora.
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Luana834 23/04/2024

A paixão segundo G.H
Muito bom, um processo extenso e lindo de auto-conhecimento e auto-entedimento, a paixão que ela cria por si mesma, porém até chegar na plenitude ela passa por um completo caos, é confuso no começo e pacifico no final, a forma como clarice escreve é linda, indo do divino ao impuro, é lindo
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Ingryd58 23/04/2024

Eu confesso que ler mais de 30 páginas sobre matar uma barata foi um desafio e conseguir adentrar na mente da personagem e entender como matar uma barata trouxe um momento de autoconhecimento foi um desafio ainda maior ,mas seria injusto da minha parte não assumir que foi tudo bem escrito .São 179 páginas de uma alma sendo formada da busca pelo real sendo que essa submersão foi cheia de antíteses e paradoxos o que fez muitas vezes a leitura ser cansativa, confesso, mas é inegável o quão bem escrito é esse livro
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