samscunha 13/05/2023
Conheci o livro através do filme (pasmem!) e já comecei lendo com altas expectativas pois o longa é um dos meus preferidos e devo admitir: não me decepcionou.
A história de Tomates Verdes Fritos é contada através de capítulos curtos e, por meio da narração de Ninny, uma idosa que está hospedada em uma casa de repouso, conhecemos a história da família Threadgoode. O livro é dividido em passado e presente, mas, já aviso que a narração não ocorre de forma linear, o que, incialmente, dificultou muito o entendimento da história, tornando-a um pouco confusa.
O presente conta um pouco da vida de Evelyn, uma mulher gorda que sofre constantemente dentro de um casamento no qual não há respeito por parte do marido, que a trata como se a mesma fosse empregada. Além disso, acompanhamos o desenvolvimento da amizade entre Ninny e Evelyn, e como isso vai ajudá-la a começar a se questionar sobre como ela realmente merece ser tratada. Apesar de ser a menor parte da história, é bom ver como Evelyn começa a se impor e a não aceitar ser menosprezada pelo parceiro após escutar as histórias contadas por Ninny.
Já o passado nos leva ao estado do Alabama entre os anos 20 e 50, onde existia o ?Café Parada do Apito? que tinha como prato principal tomates verdes fritos e era palco de vários acontecimentos narrados por Ninny. A narração principal envolve a vida de duas amigas Ruth e Idge e, de forma sutil, a autora nos faz perceber que o que existe entre elas vai muito além de amizade.
O livro trata de diversas questões presentes naquela época, como por exemplo os papéis sociais que as mulheres e o negros possuíam, além, é claro, do racismo evidente, incluindo a existência da Ku Klux Klan. Apesar de toda essa carga emocional a escrita é leve e deliciosa.