Lafina 11/04/2021
Oh minha puta triste
A idade não é a que a gente tem, mas a que a gente sente.
Como qualquer outro livro do premiado e brilhante escritor Gabriel Garcia, o livro tem uma narrativa única, detalhista, dramática e cômica.
Uma leitura rápida e prazerosa, onde se passa a história de um senhor que no dia de seu aniversário resolve dar uma noite de prazer a uma virgem.
"Não va viver sem a experiência maravilha de trepar com amor"
Eu considero esse tema muito incômodo, foi algo que me deixou agoniada e me deu muita estranheza, pois a jovem virgem que ele "ficaria" teria 14 anos.
Mas, acredito que o livro não seja voltado nesse tema, o clímax de todo livro é a velhice, solidão e o amor.
Em como damos importâncias a coisas fúteis, querendo fazer tudo perfeito, mas a verdadeira felicidade está nas coisas simples, onde as vezes entramos em prisões que nos mesmos nos colocamos.
O livro traz a tona uma grande idealização do amor, onde o velho jornalista se apaixona perdidamente por aquela jovem, mesmo sendo superficial a relação, esse amor se torna um combustível para o fim de sua vida, e como se ele voltasse a ser adolescente, ele falando que não conseguia esperar pela ligação para vê-la novamente, que mesmo o amor deles não sendo perfeito, ainda sim era uma forma de amor, onde podemos encontrá-lo nos mais diversos lugares, pessoas e especialmente em qualquer idade.
"Tomei consciência de que a força insensível que impulsionou o mundo não foram os amores felizes, mas os contrários".
O livro me tocou muito, trouxe a tona a brutal realidade dos personagens. Memórias de minhas putas tristes, foi um livro que eu realmente li pelo cômico título, mas que agora tem um espaço especial em minha estante.