Uma Mente Inquieta

Uma Mente Inquieta Kay Redfield Jamison




Resenhas - Uma Mente Inquieta


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Ale 16/04/2024

Sobre estar maníaca
"E então por que eu iria querer ter alguma coisa a ver com essa doença? Porque acredito sinceramente que, em consequência dela, senti mais mais coisas e com maior profundidade; tive mais experiências, mais intensas; amei mais e fui mais amada; ri mais vezes por ter chorado mais vezes; apreciei mais as primaveras apesar de todos os invernos; vesti a morte "bem junto ao corpo com calças jeans", aprendi a aprecia-la, e à vida, mais; vi o que há de melhor e mais terrível nas pessoas e aos poucos aprendi os valores do afeto, da lealdade e de ir até o fim. Conheci os limites da minha mente e do meu coração, e percebi como os dois são frágeis e como, em última análise, poder atravessar um quarto e fiz isso meses a fio. No entanto, normal ou maníaca, corri mais, pensei mais rápido e amei mais do que a maioria das pessoas que conheço. E creio que boa parte disso está relacionada à minha doença - a intensidade que ela confere às coisas e à perspectiva que ela me impõe. Creio que ela me faz testar os limites da minha mente (que, embora deficiente, está firme) bem como os limites da minha criação, família, formação e dos meus amigos. As incontáveis hipomanias, e a própria mania, todas trouxeram para minha vida um nível diferente de sensação, sentimentos e pensamentos".
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Thalia 02/04/2024

Um excelente apoio para quem foi diagnosticado há pouco
Esse livro foi uma indicação do meu psiquiatra, logo após termos chegado ao diagnóstico.
E esse livro foi um grande ombro amigo, pra me mostrar que ta tudo bem e que é possível ter uma boa vida sendo bipolar.
Li no formato digital, grifei tanto que agora quero um livro físico pra ter de recordação.
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EduardaMarquess 09/03/2024

Dra. Jamison é uma psicóloga clínica, pesquisadora, professora de psiquiatria, autora de alguns livros e vários artigos extremamente relevantes no mundo da psicologia e psiquiatria; é também uma mulher comum, filha, esposa, amiga e que tem, como ela prefere chamar (seguindo a antiga nomenclaturara) a doença maníaco-depressiva ou Transtorno Afetivo Bipolar, especificamente, Tipo 1. Nesse maravilhoso livro ela, com uma escrita extremamente envolvente e clara, nos fala do TAB, da sua relação pessoal, do histórico familiar, das crises depressivas, mistas, hipomaníacas e maníacas, da demora de diagnóstico pois não queria buscar, da rejeição ao tratamento, especialmente ao medicamento lítio, e como entender que tinha o problema e trata-lo devidamente trouxe de volta o sabor à vida. Nos fala também do medo de ser descredibilizada como profissional em decorrência do seu diagnóstico, ou mesmo impedida de lecionar ou clinicar. Ela também nos fala da estigmatização existente por parte da sociedade e muitas vezes até por parte dos próprias profissionais, mas também deixa claro o quanto encontrar bons profissionais faz diferença. Por mim, em meio a tudo isso, ela nos mostra, através do próprio exemplo, o quanto é importante ter pessoas que amamos e nos amam ao nosso lado e que o amor sozinho não cura, mas é um baita de um remédio.

Livro excelente para quem tem esse diagnóstico ou é próximo de alguém, pois elas traz algumas informações relevantes sobre sintomas pouco falados e também maneiras de ajudar. Recomendo para pessoas que tem interesse pela área psicológica/psiquiátrico pois Kay é uma tremenda profissional. Recomendo também para os demais, pois o livro quebra vários espantalhos sobre o transtorno afetivo bipolar.

Conheci o livro por recomendação do dr. Renato Silva ? uma das maiores autoridades brasileiras no transtorno bipolar. E simplesmente amei!
Pri de Luz 09/03/2024minha estante
Pela resenha fiquei com vontade de ler o livro


Cleciano.Souza 11/03/2024minha estante
Quero muito ler também, por recomendação tua




Rosie 28/01/2024

Um livro espetacular em relação ao depoimento pessoal e em questão clínica.

Ray não trás apenas seu relato vivendo como Maníaca-depressiva, ela nos trás também questões médicas e informações importantes que deve se ter (para os que vivem essa doença e para os que convivem com alguém Maníaco-depressivo)

Sempre tive um amor pela literatura que abrange e disserta sobre a saúde mental de suas inúmeras formas possíveis de relatos. Indo desde a ficção até às autobiografias. Então esse livro foi algo de muito aprendizado para mim.

É como o quote de capa do próprio livro diz "às vezes poético, outras vezes direto, sempre despudoradamente honesto."

Devo confessar que fiquei abalada com a morte de D., eu estava tão conectada com a Ray e seu depoimento que quando aconteceu eu senti a dor da perda dela e isso me afetou muito (tanto que o resto da leitura foi bem difícil para mim e levei mais tempo para terminar do que pretendia). Além dessa parte específica do livro, outra parte que me deixou bem reflexiva e melancólica foi a fase Saturno que a autora passa, no final, todos nós sentimos falta dos anéis de Saturno.

"Todos nós nos movimentamos com dificuldade dentro das nossas limitações."

Obrigada por ler até aqui
Se cuide
Bjs
:)
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Ariel B 20/01/2024

Não é meu tipo de leitura
?Se o amor não é a cura, ele sem dúvida pode atuar como um remédio muito eficaz. Como John Donne escreveu, ele não é tão puro e abstrato quanto se poderia ter imaginado e desejado um dia, mas ele perdura e cresce?.

Definitivamente não é o tipo de leitura que eu gosto de fazer, demorei meses pra conseguir finalizar as últimas páginas.
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liliana 28/12/2023

É um bom livro em matéria de te fazer compreender melhor como é ter a doença maníaco-depressiva, que, claro, é a proposta do livro. Mas precisei me arrastar em diversos momentos do por conta da escrita direta da autora. Ela apenas narra os fatos e para mim esse não é um estilo confortável de leitura.
Outro ponto que me fez me arrastar foi o fato de ela acreditar veementemente que a doença é totalmente de natureza genética sem considerar minimamente o ambiente em que ela foi criada e as formas de existir de sua família. Isso para mim é determinante no desenvolvimento de qualquer tipo de doença.
Enfim, de todo modo eu recomendo a leitura por trazer uma riqueza de informações sobre o transtorno independentemente da forma como a autora aborda o assunto, até porque, não posso invalidar o conteúdo só pelo fato de ela ter uma visão diferente da minha.
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vic 22/08/2023

Emocionante
Esse livro me deu vários gatilhos quando ela descrevia certas situações que ela passou, e foi doloroso pra mim ler e me identificar, por isso demorei tanto pra ler, mas também é reconfortante ver uma médica renomada ter passado por isso e conseguido superar e se manter estável. Recomendo pra todas as pessoas, pois doenças mentais deveriam ser muito mais comentadas e deixar de ser um tabu, só assim diminuiríamos o preconceito que acerca as pessoas que não possuem real conhecimento sobre. Muitas vezes por conta do preconceito e medo as pessoas não falam sobre o diagnóstico com ninguém, o que ajuda a piorar os sintomas, pois a pessoa tem que lidar com tudo isso sozinha. No livro a autora fala bastante sobre isso, e a taxa suicidio é muito alta nas pessoas com o diagnóstico de transtorno bipolar, se essas pessoas pudessem ter mais apoio dos outros ao redor, acho que isso poderia mudar.
O único ponto negativo do livro é a ordem cronológica que ela conta os acontecimentos da vida dela, achei confuso pois fica um vai e volta. Mas o livro é incrível.

"Qual dos meus eus sou eu? O selvagem, impulsivo, caótico, vigoroso e amalucado? Ou o tímido, retraído, desesperado, suicida, cansado e fadado ao insucesso?"
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Giovanna1032 15/08/2023

Eu comecei a ler esse livro na época em que questionava meu diagnóstico de depressão/ansiedade e o terminei pouco depois de ser diagnosticada como borderline. Apesar do transtorno de personalidade e do de humor serem diferentes, eles também são, do meu ponto de vista, muito parecidos. Quando descobri a doença, a primeira coisa que fiz foi a procurar na internet e os resultados que apareceram foram os piores possíveis, assassinos e criminosos que a possuem, pessoas afirmando que os portadores dela são monstros, uma grande taxa de suicídios. Esse livro, no entanto, mostra simplesmente uma mulher com um transtorno que está tentando viver a própria vida da melhor forma possível. Nem sempre sendo a mais gentil. Nem sempre sendo a mais produtiva e bem sucedida. Nem sempre fazendo as escolhas certas. Errando e tentando. Errando e tentando de novo. Fiquei muito feliz com a leitura, me fez sentir um pouquinho menos perdida e me deixou acreditando num futuro melhor para mim mesma.
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Priscila 21/06/2023

Uma mente inquieta
De início essa autobiografia de uma professora e cientista com TAB não me chamou atenção. Achei que pudesse ter sido uma indicação de leitura equivocada que recebi. Porém, ao longo da leitura, a história da autora me tocou de uma forma que eu não imaginava. Até que ponto um diagnóstico é um estigma? - tanto dado pelos outros, como por nós mesmos? -

"Qual dos meus eus sou eu? O selvagem, impulsivo, caótico, vigoroso e amalucado? Ou o tímido, retraído, desesperado, suicida, cansado e fadado ao insucesso?"

"As outras pessoas insinuam que sabem como é estar deprimido porque passaram por um divórcio, perderam um emprego ou romperam relações com alguém. A verdade ê que essas experiências trazem consigo sentimentos. Já a depressão é neutra, oca e insuportável. Ela é também cansativa. Ninguém aguenta ficar ao lado de quem está deprimido. As pessoas podem achar que deviam ficar, e podem até tentar, mas você sabe e elas sabem que você está incrivelmente chato: irritável, paranoico, sem senso de humor, sem energia, cheio de críticas e exigências, e nenhum tipo de esforço para reanimá-lo jamais é suficiente. Você está assustado e está assustador."
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Pati 19/05/2023

Uma avalanche
Kay é um cérebro brilhante.
Neste livro temos a oportunidade e a honra de conhecer nem que seja um pouquinho da sua mente, mas jamais a entenderemos por completo.
Uma leitura que me prendeu desde o começo. Finalizei a leitura com muito mais empatia sobre este tema e olhando a vida com outros olhos.
Kay é realmente uma inspiração!
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Lendário Tchonsky 18/11/2022

Uma mente inquieta
Quando meu psicólogo indicou esse livro, de imediato fui atrás. Kay Redfield Jamison é uma médica que se autodeclarou como maníaco-depressiva. Hoje essa doença é conhecida como transtorno bipolar. É bastante curioso como ela consegue se tratar e entender os seus estágios, desde a mania até a depressão. Ela consegue exemplificar cada momento, o que mostra que as faculdades mentais do paciente estão funcionando perfeitamente, mas a química corporal não responde aos estímulos que ele expressa.

Kay relata os seus momentos de euforia, onde os cartões de crédito viravam seus melhores amigos, e depois na depressão tornavam-se seus pesadelos. Ela gastava sem controle, sem motivo aparente para fazer tal compra, como é o caso que ela relata que comprou um animal empalhado, mas ela o guarda com carinho em seu consultório para lembrar do que essa doença é capaz.

Também relata os seus momentos de desesperança total, onde apenas o suicídio seria seu livramento. Até mesmo estar em um estacionamento de um mercado e não ter a menor ideia de como foi parar lá.

São relatos que nos ajudam a entender um pouco melhor de como essa doença funciona, e que não devemos tratar apenas como falta disso ou falta daquilo, mas com todo o cuidado e respeito que uma doença deve ter. Conforme o progresso ia avançando, juntamente com os remédios que ia tomando, foi entendendo como a sua cabeça e o seu corpo funcionam. Tanto que quando ela está em crise de depressão, ela coloca uma placa no consultório dizendo que está em manutenção.

Creio que todas as pessoas deveriam ler esse livro. Todas as doenças são sérias, mas as silenciosas, aquelas que não vemos, são as mais terríveis. E quando não se conhece, trata como se fosse preguiça, falta de um deus, ou até mesmo provocação entre parentes. Kay fez e faz um trabalho magnífico sobre essa doença e que abrirá nossas cabeças para melhor compreendê-la.
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tiagonbraz 17/07/2022

Uma Mente Inquieta, de Kay Redfield Jamison
"Qual dos meus eus sou eu? O selvagem, impulsivo, caótico, vigoroso e amalucado? Ou o tímido, retraído, desesperado, suicida, cansado e fadado ao insucesso?"

Publicado em 1996, "Uma Mente Inquieta" é uma obra autobiográfica de Kay Jamison, psicóloga estadunidense e uma das grandes referências mundiais em Transtorno Bipolar - doença com a qual ela convive desde os dezessete anos. Apesar de diversas ambivalências sobre a publicação ou não do livro, narrando sua luta contra a doença (e contra o tratamento), temendo as consequências para sua prática clínica, felizmente Jamison decidiu por compartilhar sua história - e presenteou-nos com um relato precioso das vivências do indivíduo com bipolaridade.
Assim como diversas outras doenças psiquiátricas, a bipolaridade sofre de estigma e preconceito, e por vezes banalização; afinal, não há exame "comprobatório" - o diagnóstico é eminentemente clínico, levando em conta a história que o paciente conta. Isso pode tornar difícil a quem não é da área ou tem convívio com tais pacientes a entender aspectos fundamentais desta doença: como a de que o paciente não tem controle sobre muitas de suas ações e emoções - não é "só querer", ou "frescura". Ilustro o fato da banalização com o funk lançado em 2021, cuja letra diz "você é bipolar demais"; o termo virou sinônimo de alguém que alterna as emoções rapidamente, o que não é necessariamente verdade para alguém com a doença. Os episódios depressivos e maníacos - os dois polos da doença - são geralmente bem marcados, durando pelo menos uma semana cada um.
A importância do "Uma Mente Inquieta" é quebrar este estigma, e mostrar da perspectiva de quem sofre como são estes episódios maníacos - com grande energia, diminuição da necessidade de sono, gastos excessivos e eventualmente perda da conexão com a realidade - e depressivos - com perda do sentido da vida, humor deprimido e pensamentos suicidas. Jamison descreve ambos os estados - tanto os voos elevados, sedutores mas perigosos, quanto os abismos profundos - de forma magistral e poética, com metáforas certeiras e que facilitam ao leitor imaginar o que ela estava sentido ou o que estava se passando em sua mente. Ela demonstra toda sua vulnerabilidade nestes estados e, ainda mais, entre eles, quando eutímica (com o humor normal, nem depressiva nem maníaca). Apesar do conhecimento acerca da doença, ela lutou contra o uso da medicação durante anos, e deixou de tomá-la várias vezes - o que, inevitavelmente, levou a outros episódios depressivos e maníacos. É um alerta de que, não importa o grau de conhecimento, é sempre possível que o paciente não consiga enxergar o problema - e surge então a necessidade de apoio da família, amigos e principalmente profissional, para que o tratamento necessário seja feito. "Medicina e amor" são o tratamento, conforme a própria Jamison relata no epílogo. Eventualmente, com medicações, tratamento psicoterápico e muito apoio das pessoas íntimas, ela conseguiu atingir a estabilidade da doença, não antes de uma tentativa de suicídio com o próprio lítio.
A obra é, portanto, fundamental a psiquiatras e profissionais que lidem com a doença maníaco-depressiva, para que possam ter alguma ideia do que ocorre na mente de seus pacientes - sei que, no meu caso, foi de extrema valia. Ademais, pacientes que têm a doença também verão na leitura grande utilidade - o livro é tanto um alerta para as consequências do abandono das medicações, quanto uma mensagem de esperança da cobiçada estabilidade que o tratamento seguido corretamente pode proporcionar.
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thaís 28/06/2022

Incrível
Nesse livro a professora e cientista da área da saúde Kay Jamison conta sobre seu trabalho de pesquisa e tratamento de doenças mentais enquanto recebe o diagnóstico do mesmo e passa lidar com a questão também como paciente. Esse livro me deu vários gatilhos (que eu tinha consciência de que teria), inclusive por isso demorei tanto pra ler, eu lia algumas páginas me identificava com algumas situações e era bem doloroso mas ao mesmo tempo reconfortante ler uma definição tão bem escrita sobre certos sentimentos que às vezes ficam difícil de a gente explicar, por ser uma profissional da área a gente supõe que seria uma situação fácil para ela de lidar, mas ela acaba sofrendo tanto quanto qualquer outra pessoa. É um livro incrível para quem queira saber mais sobre doenças mentais e transtornos afetivos, já que as situações são analisadas tanto pelo seu ponto de vista como paciente quanto de vivência acadêmica.
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Mazza.R 23/05/2022

Simplismente maravilhoso
Amo muito. É emocionante, lindo e realista. Achei muito bom e não fiquei entediada hora alguma. O tipo de livro que é ótimo reler de novo daqui a alguns anos. Como já diz a capa é um extraordinário relato sobre a doença maníaco-depressiva. Por falar nisso as pessoas podem não querer comprar o livro por causa da capa já que não é muito chamativa ou moderna em especial para o público mais jovem só que garanto que é possível ler o livro facilmente e entender o que se passa de um jeito bem simples e divertido. O livro consegue ser muito eficaz em fazer com que a gente entenda bem as situações e o que a médica pensa, as dificuldades de assumir que tem o transtorno, como as coisas ficam e o que se passa na cabeça da pessoa tanto nas crises de depressão quanto nas crises da mania.
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