Helena

Helena Machado de Assis...




Resenhas - Helena


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Kelly Oliveira Barbosa 26/09/2022

Helena, de Machado de Assis, foi publicado pela primeira vez em 1876. É o terceiro romance do autor, conhecido como o mais romântico de sua obra.

O romance inicia com o anúncio de uma morte. Morre o Conselheiro Vale, um homem rico, que possuía um cargo importante, terras, respeito etc. Ele deixa um filho, Estácio, e uma irmã, Dona Úrsula. Em seguida ficamos sabendo que o testamento desse homem foi uma bomba para os herdeiros enlutados. No documento, o Conselheiro Vale, reconhece uma filha ilegítima e prevê não só a parte dela na herança, mas que a mesma seja incluída imediatamente no seio da família. Assim ficamos conhecendo Helena, uma bela e boa moça de dezessete anos, que carrega em si muito mistério e será motivo de grande tensão nessa família tão logo ela pisa os pés na mansão da chácara do Andaraí.

É o segundo romance que leio do Machado. Li Helena logo depois de terminar Ressurreição, então como é de se esperar, minhas impressões imediatas colocam agora as obras lado a lado: Achei o enredo de Helena mais elaborado que o de Ressurreição, porém gostei muito de ambos. Quanto a atmosfera de suspense criada, a leitura de Helena chegou a me dar angústia. A cada página lida o mistério crescia e como eu não dispunha de tempo para ler rápido – como fiz com Ressurreição -, me bateu aquela ansiedade. Quanto aos personagens, me apeguei mais aos personagens de Helena do que de Ressurreição. Sei que vai variar de leitor para leitor, essa questão de gostar ou não de um livro é mais subjetiva que imaginamos, todavia, digo que Helena realmente é uma história muito boa e envolvente.

Algo a se destacar em Helena, e principalmente para uma leitora como eu de Jane Austen, são as menções aos escravos, mas não só as menções, o olhar de Machado de Assis para escravidão, achei de uma grande sensibilidade. Ele não usa suas linhas para protestar etc., mas um leitor atento será capaz de perceber que somente um olhar de alguém que sentia, que sabia do quão terrível era a ausência de liberdade, podia escrever dessa forma. Especialmente a cena em que Estácio e Helena estão cavalgando pela estrada e avistam um escravo, o diálogo entre esses dois personagens, é um trecho para recordar. E citei Jane Austen, uma porque para mim tem sido muito difícil ler esses livros da fase romântica do Machado e imaginar as cenas acontecendo no Brasil, minha mente sem querer voa para Inglaterra; e outra, porque nos livros da Jane Austen, sabemos que os escravos estão ali, na cozinha, servindo as moças, etc., porém nunca ou quase nunca são sequer mencionados. Gostei muito de ver isso em Helena.

Outro ponto alto para mim nesse romance, foi a figura do Padre Melchior. Achei esse personagem muito interessante. Ele é uma espécie de orientador espiritual da família de Vale e as descrições de sua personalidade, virtude, pensamentos e falas, são incríveis. Lendo eu lembrei até que na leitura de O Alienista eu tinha ficado muito admirada com as mesmas descrições (personalidade, virtudes, pensamentos…) do personagem Simão Bacamarte, que é o “gênio” da obra. Em Helena, Machado descreve agora um “sacerdote” ideal, o que esperamos de um, o que desejaríamos encontrar e desfrutar da companhia e bênçãos. O papel que esse padre exerce na trama de sábio, mediador, conselheiro… é muito bom e convincente.

A questão Machadiana também, ainda que Helena seja bem bemmm romântico, com exageros bem perceptíveis e inverossímeis também, eu percebi alguns toques do realismo psicológico, o que dá todo tom genial a obra.

Eu amei ler Helena, de verdade, é surpreendente como uma obra de 146 anos tem a força de nos divertir, envolver, ensinar algo.

site: https://cafeebonslivros.home.blog/2022/09/26/helena-de-machado-de-assis-115-resenha/
Clara 27/09/2022minha estante
Alguém poderia me enviar?! Estou querendo ler ?




Cida Zientarski 29/03/2022

Helena, de Machado de Assis
Nessa obra, nos conta como é o caráter da personagem principal. Pois para Helena, a relação de casamento era algo prático. Ela tinha a convicção de que não precisava simplesmente estar apaixonada pelo marido e que o amor não era certeza de felicidade. Ou seja, o melhor era fazer uma escolha sensata, um casamento com alguém que amasse, é claro, mas que também estivesse disposta a passar o resto da vida juntos.

"Helena" não está entre os melhores livros, mas, sem dúvida, recomendo. Machado é inigualável, mesmo não estando em plena forma. Pois neste livro há um relato emocionante e surpreendente.
Srta.ayee 30/03/2022minha estante
Eu estudei esse livro na faculdade e acabei gostando muito dele. Ainda é dentro do romantismo, talvez por isso não seja o auge dele, mas Machado tem um jeito de alfinetar de dentro com a escrita dele que eu adoro. O que era pra ser um romance bem dramático típico dos sucessos da época vem cheio de críticas discretas.




Fê Gaia 15/03/2010

Machado trágico
Achei que fosse encontrar uma fórmula diferente nessa obra romântica por ela ser de Machado de Assis... mas não, Helena é realmente um típico romance românico, com toda a tragédia, sentimento de inevitabilidade e pieguice próprios do Romantismo. É claro que essa obra não diminui em nada a admiração que tenho pelo Machado e, como ele mesmo disse na edição que li, Helena é fruto de uma época e dos rompantes românticos de um autor bem jovem. Apesar disso, gostei de constatar que a crítica social estava presente, mesmo que leve, através das reflexões da personagem principal. Vale a leitura.
Aline 21/02/2013minha estante
Amo Machado e nunca espero finais felizes para os apaixonados em seus romances.




GiseleBizarra 03/08/2014

Helena em mangá: Perfeito!
Produzido pelo Studio Seasons e publicado pela editora NewPop, o mangá tem 256 páginas e traz para nós uma bela adaptação do romance, contando a história da família do conselheiro Vale após sua morte.

Em testamento, ele firma o reconhecimento de uma filha, o que traz uma grande mudança na vida dos membros da família: Estácio, o filho, e D. Úrsula, a irmã do conselheiro. Temos também o Dr. Camargo e sua filha Eugênia, a quem Estácio está para pedir em casamento, o padre Melchior e Luís Mendonça, amigo de Estácio.

Helena chega à casa da família e vai ganhando seu espaço no coração de todos aos poucos, porém, cada um ao seu modo e, em especial, o de Estácio.

Chegará uma hora em que você se verá torcendo pelo impossível, por mais estranho que possa vir a ser. E será nessa parte que um segredo de Helena poderá fazer grande diferença.

Clique AQUI para visitar o site do Studio Seasons

A adaptação feita pelo Studio Seasons, na minha opinião, ficou perfeita. Não sei se é por que a história original ainda estava fresca na minha cabeça e fui lendo o mangá sem sentir falta de nada, mas posso dizer que quem não leu o livro irá apreciar muito bem o mangá. Cada parte dele conta muito bem a história.

O que dizer da arte então? O traço de Simone Beatriz é muito bonito e o trabalho de pesquisa para as vestes e o cenário deve ter sido muito grande, pois tudo foi muito bem retratado.

Enfim, eu já acompanho o trabalho do Studio Seasons há um tempinho e recomendo este trabalho sem hesitar.

Se preferir, faça como eu. Leia a obra original primeiro e depois o mangá para poder fazer suas comparações. No entanto, não perderá nada se ler o mangá primeiro. Eu recomendo!! \o/

site: http://amberbladesbibliotecadospovos.blogspot.com.br/2014/08/helena-de-machado-de-assis-em-manga.html
Daniela 16/06/2017minha estante
Sou apaixonada pela arte e pelo traço da Simone Beatriz.?




Adelson 08/11/2023

Long ago ...
Helena, tanto a de Machado como a do My Chemical Romance tem muito em comum. Acredite, muito da letra tem em comum.
Porém sem spoilers aqui, pois o livro é cheio de segredos revelados e o melhor é simplesmente ler.
preta velha 08/11/2023minha estante
este é o meu romance favorito do bruxo do cosme velho.




Eric 06/10/2023

Um livro para expandir os horizontes literários
Julgo ser uma tarefa difícil definir o que seria a obra Helena, de Machado de Assis. É um livro considerado romântico (nacional). Todavia não significa que a obra siga a risca a estética romântica, uma vez que o Bruxo do Cosme Velho não hesita o uso da ironia, da crítica social, das reflexões psicológicas dos personagens e acerca dos mesmos e dos temas polêmicos, marcas de escrita estas que floresceram nos livros do autor que sucederam Helena.

Independentemente dos gostos (e desgostos) literários dos leitores, creio que Helena é um importante livro a ser lido, especialmente para decifrar as entrelinhas da trama e de mensagens que Machado transmite, sem adbicar-se de seu estilo único e peculiar de escrita.
Diogo Ramos 07/10/2023minha estante
Sensatez. Realmente não é possível prender Machado a um movimento uno, ainda que seja uma obra analisada de forma isolada características peculiares de outros movimentos transbordam independentemente da obra em questão.




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Cris 15/05/2024minha estante
Ahahahah pois eu tô assim: " não é possível que o Machado vai escrever um romance entre irmãos!!" Kkkkk escreveu. ????




BeatrizLeone 28/04/2024

Amei a história principal? Não amei
Mas é escrita é uma coisa à parte, né? ??
A descrição dos personagens, entender o seu íntimo, o contexto social, também tornaram a experiência mais interessante

Porém claramente sou mais da segunda fase do Machado mesmo
bubuletta 28/04/2024minha estante
para a leiga aqui, o que seria a segunda fase dele?




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luuandra 26/01/2024minha estante
Pena que é curto, mas é maravilhoso




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pretty_he4rt 21/10/2023minha estante
Eles eram quase irmãos ?? o conselheiro Vale amou ela como filha ?




Mariana Alves 06/12/2011

O meu pai comprava todos esses livros literários que vinham no jornal e eu li alguns. Desses livros, Helena é o meu favorito!
Um amor sem fim e impossível (entre supostos irmãos). Helena é a tradução da mulher perfeita (a música deveria ser Helena e não Amélia!).
Um trecho do livro que nunca esqueci (13 anos depois):
"Eu escuto melhor com os olhos do que com os ouvidos", de sua tia D.Úrsula que preferia ler os próprios livros a ouvir alguém contar.
Tats 19/11/2012minha estante
Um trecho do livro que nunca me esquecerei é "Sossega, borboleta!". Mostrou a espontaneidade do Estácio quando estava com Helena.




Toni 12/11/2019

‘Helena’ é o terceiro romance de Machado de Assis, comumente atrelado à “fase romântica” do autor (entre aspas porque não concordo 100% com a classificação, ao menos não dentro do que se entende por “romantismo brasileiro”). A trama gira em torno de uma moça de origem humilde, cujo nome dá título à obra, que é reconhecida em testamento como herdeira de um falecido membro da elite econômica carioca. Apesar de folhetinesco, daquele tipo que os capítulos acabam num suspense-pa-ra-ra-rãããm, ‘Helena’ está bem longe de ser um romance bobinho que parece apenas fazer sala às grandes obras de Machado. Situada na década de 1850, a narrativa apresenta um drama familiar adornado por reviravoltas sem perder de vista severas críticas à sociedade e ao sistema escravagista.
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A posição vulnerável da mulher é, possivelmente, o ponto mais evidente de transbordamento crítico. Helena é representada com todos os traços firmes de mobilidade, mas nunca deixa de ser triplamente vítima da herança que lhe cai sobre os ombros: patriarcal, capitalista e de classe. A partir desta personagem que se movimenta num solo social de vidro, Machado nos apresenta uma história dos dependentes, daqueles grupos perdidos entre os dois pólos de nossa precária formação, a elite e os escravizados. A propósito deste últimos, é por meio da personagem do pajem de Helena, Vicente, que o autor escancara a perversidade ideológica da elite carioca. Frente aos desdobramentos da trama que poderiam comprometer a reputação de Helena e de sua nova família, a tia e o irmão preferem se manter ignorantes do que recorrer ao testemunho de um “mero escravo”, que poderia esclarecer toda a história.
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Nenhum livro é espelho ou reflexo fiel da sociedade e por isso insistimos tanto na ideia de representação—que melhor imprime ao texto as noções de artifício, intenção e ponto de vista. Machado sempre resolve esse dilema por meio de narradores que quebram a quarta parede para apontar a dimensão fictícia do ato de contar histórias. “Helena” não foge à regra e encanta pela simplicidade com que nos mostra as malhas de seu edifício social e ficcional.
Bruno Gordiano 12/08/2020minha estante
Gostei da sua crítica ?




Paula Vieira 26/05/2014

Instigante
O livro tem uma linguagem de época sensacional, voce viaja nos tempos da corte, nos campos, em toda época.
Os costumes, etiquetas, falas, etc...
Mas infelizmente no meu parecer o mal vence o bem, o final é extravagante, sem sentido.
helmalu 19/08/2014minha estante
Realmente o final não fez o menor sentido.




Fábio da Silva 14/07/2014

Helena
Eu recomendo essa obra de Machado de Assis cuja a sinopse segue abaixo:
A história de uma moça que, de uma forma inesperada, sobe na escala social: morre o Conselheiro Vale e, no seu testamento, consta que Helena, moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha, cujo segredo o conselheiro o mantivera até a morte. Helena passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, Estácio, agora meio-irmão, Dr. Camargo, amigo de Vale e médico da família, e Eugênia, filha do Dr. Camargo. Helena em face de seu temperamento expansivo e comunicativo, conquista a afeição de D. Úrsula e de Estácio. Mendonça, amigo de Estácio, apaixona-se pela moça. Helena passa a ser objeto de afeição do próprio irmão, que, no entanto, está noivo de Eugênia. O padre Melchior, guia espiritual da família, suspeita dos freqüentes encontros entre Helena e Salvador. O mistério é esclarecido: Salvador é o pai de Helena, que fora arrebatada pelo conselheiro,- encarregando-se de sua educação.

site: http://blogdofabiodasilva.blogspot.com.br/2011/08/helena.html
Fábio da Silva 14/07/2014minha estante
Gosto não se discute, mas Helena é melhor leitura que Ressurreição. Eu recomendo.




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