Resenhas - Éramos Seis

Caio 17/11/2022

Um livro sensível que, tendo a São Paulo da primeira metade do século XX como pano de fundo, com suas duas revoluções (a de 1924 e a de 1932), nos apresenta a uma família - e à própria vida - em processo. Acompanhamos o crescimento dos filhos, os sacrifícios, as angústias, os pequenos e grandiosos alentos, a felicidade dos momentos singelos. A memória dos Lemos faz pulsar a de cada família exatamente naquilo que reconhecemos como universal nas nossas singularidades. Um livro, enfim, sobre a travessia da vida e seus (des)caminhos.

Vem pra Nárnia 30/04/2020

Inesquecível
Todas as mães deveriam ler esse livro...
Já comecei a ler esse clássico sabendo que seria um drama tocante, mas nunca pensei que iria ficar tão impactada por essa história, que se compara a tantas outras histórias de mães que viveram e vivem hoje. Fomos representadas em nossas alegrias, angústias e esperanças. Umas mais, outras menos, mas todas nós, a partir do momento em que nos tornamos mães, temos as nossas vidas transformadas e vivemos a maioria do nosso tempo em função deles, para que sejam bem cuidados, amparados e felizes.
Lola é uma jovem senhora que vive em 1920 e tem quatro filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Isabel. Mora com o marido, Júlio, na av. Angélica, São Paulo, em uma casa que ainda pagam a longas prestações.
Ela ajuda o marido como pode, fazendo costura, crochê, doces e salgados para fora. Os dois batalham para não faltar nada a seus filhos. O marido, um pouco tronco, às vezes bebe e acaba maltratando as crianças.
Conforme seus filhos vão crescendo, mostram, cada um, a sua personalidade, caráter, e seus próprios anseios para o futuro, causando bastante aflição e preocupação por parte e seus pais. Uns dão mais trabalho do que os outros e assim a vida segue.
Ora passam aperto para pagar a casa, ora para comprar roupas, sapatos e até comida.
Conforme vão crescendo, Lola sente aquela saudade de quando eram pequenos e tinham todos debaixo de seus olhos, brincando na sala ou no quintal e sente aquele aperto no peito, que toda mãe acaba sentindo um dia. É a incerteza do futuro deles e, aos poucos, um a um vão se esvaindo de suas mãos, restando por fim, apenas ela e a solidão.
Enfim, essa história me fez chorar como criança, pensando nos meus próprios filhos e nas minhas angústias de mãe... Pensei também nos meus pais em tudo o que fizeram e fazem por mim, sempre cuidando para que eu seja feliz.
Esse livro eu vou guardar para sempre no meu coração e espero reler um dia, pois tornou-se um livro favorito da vida!!!
Bjs e até a próxima!

Neidinhap 04/02/2020

Livro lindo e triste
Escrita perfeita, me senti dentro da história, sentia o cheiro das flores e dos doces..
Me envolvi completamente na vida de dona Lola, diferente da novela, mas não menos bonita..
Leitura imperdível.

Vivi 05/02/2020

Linda história de uma família com suas lutas, sabores e dissabores.

Juliaklassens 10/02/2020

"Às vezes a coragem não é valentia, é exaltação, é loucura."
Diante a bela narração da matriarca da família, Dona Lola, nos colocamos dentro de sua vida, imaginando cada situação com uma certa melancolia.
Cada personagem tem suas características: Carlos, que é amável e mais conservador, talvez seja o melhor amigo de sua mãe; Julinho, ambicioso e bondoso, ele não tem tanto foco no livro, já que se muda para o Rio de Janeiro; temos Isabel, que é geniosa, inteligente e lindíssima! Ela tem seus defeitos, mas nada demais; por último... O meu favorito, Alfredo, ele é o que tem mais defeitos, mas de muita personalidade, um revolucionário que se junta a causa comunista, é ambicioso ao seu modo, viaja pelo mundo espalhando suas crenças por uma sociedade mais justa.
A medida que o livro vai passando, os filhos de Lola vão seguindo o próprio caminho e a deixando, todos felizes, porém separados. Dona Lola, que lutou tanto pelos filhos, acabou sozinha.
Um livro que fala de família, luta, opiniões e amor; qualquer um que leia irá se emocionar com essa história, que apesar de cotidiana, impossível não considerar inesquecível.

Verônica 16/02/2020

História sofrida
Uma família que luta p ter sua vida digna, uma casa dela, passando por muitas privações e dificuldades. A Lola é uma mãe forte e determinada a manter a família unida, mas seu marido é um grosseiro, sua filha ingrata e outro filho malandro que dá desgostos. E o único filho que era o melhor amigo dela morre e no fim ela acaba sozinha num asilo. É um livro emocionante, onde acompanhamos essa mãe passar por muitas tristezas na vida. Quem é mãe consegue se por no lugar dela e se emocionar.

Poly 25/07/2009

A Força de uma Mãe
Ler Éramos Seis é fascinante.Primeiro porque logo de ínicio você conheçe aquela que vai mudar a sua vida,a querida e solidária,mamãe Lola.Com um jeito cativante de mãe,um coração de quem te passa uma paz de espírito,um sentimentalismo a flor da pele.

Éramos Seis conta a história de uma família fascinante,daquelas que realmente existem e a qual se pode imaginar.Lola é casada com Júlio,um homem rude que muitas vezes faz com que tenhamos uma opinião de que ele é mal amado,o que é totalmente ao contrário.

Essa família ainda é composta por Carlos o grande exemplo da casa,o cara correto e estudioso,que pretende ter um futuro brilhante para ajudar a mãe,a qual tanto ama.O Alfredo,a ovelha negra da família,que acaba indo pra guerra;o Julinho aquele menino animado e brincalhão que solta os cachorros da carrocinha;e a Isabel a princesa da família que pretende se casar e ser muito feliz.

Tudo que escrevi aqui é pouco para a espetacular obra de Maria José Dupré.Eu indico a leitura,você vai também querer ser filho da mamãe Lola.


Por:Polyanna de Lucena Gomes

Thalia 22/07/2022

A história me lembrou muito a série 'This is us' na qual conta a história de uma família, passando pela juventude dos pais, a infância dos filhos até atingirem a idade adulta e formarem sua nova família, a diferença está na perspectiva, em Éramos seis vemos a história sobre o olhar da mãe e na série cada capítulo mostra a perspectiva de um personagem diferente. São história bonitas porém melancólicas, que nos mostra a brevidade da vida.

Maria Hildebrand 14/04/2021

Resenha
Afinal não sei se gostei ou desgostei o livro tem um linguajar muito fácil comparado a outros clássicos da época.
Achei história demorada demais, para mim começou a ficar interessante na página 130 este livro é cheio de picos de emoção porém não durou tanto tempo.
A personagem principal dona Lola, era uma senhora muito bondosa e o seu final extremamente triste.??
?

aline 18/06/2022

mãe quer dizer sacrifício
minha vó é a mãe mais mãe que conheço, tem uma crença ferrenha no sangue e nos laços estabelecidos por ele toda a vida. a tolerância absoluta, a gentileza, a cumplicidade. coisas que por mais que eu tente não consigo entender e que até me revoltam às vezes, ela faz quase como se fosse compelida por uma força etérea. éramos seis me fez enxergar pelo prisma dessa mãe que tenta a todo custo costurar os filhos na sua rotina pacata, árdua e com escassos momentos onde não há preocupação com dinheiro ou com saúde, onde se procura algum brilho de felicidade nas coisas simples. mas como a vida nos ensina e como ouvimos falar vez ou outra: as mães criam os filhos para o mundo. e invariavelmente, dona Lola, a protagonista, vê os seus se dispersando pelo tempo, convocados pelos seus próprios ideais e paixões. através da narrativa em primeira pessoa, o leitor sente a dor excruciante dessa mãe, que se pergunta muitas vezes se todo o seu sacrifício foi em vão ao ver-se sozinha já ao fim da vida, e que encontra consolo no entendimento de que seus filhos são felizes apesar de não terem seguido o caminho que ela imaginou para eles. o livro tem passagens lindas, com um forte teor religioso, e apesar de eu não ser ligada a nenhuma crença me emocionei muito (em parte por ter associado a protagonista à minha vó). a autora também introduz algumas discussões políticas pontuais, embora eu tenha sentido um certo tendencionismo entendi que ela estava sujeita ao pensamento de sua época. no geral, gostei muito da leitura e chorei horrores com o final.

Erick 20/03/2021

Quanta sofrência nas costas de uma só mulher... Conhecia "Éramos Seis" apenas da novela do SBT, e admito que fiquei com um pé atrás ao ler o primeiro capítulo e testemunhar uma narrativa por meio da Dona Lola e já esta antecipando um pouco das tragédias que estavam por vir - porém isso foi logo dissipado ao acompanhar nos capítulos seguintes as dificuldades, conflitos e os elos dessa família, descritos de uma maneira singela, porém de tal forma emotiva que não tardou a me fazer ficar realmente interessado em saber qual o próximo evento que enfrentariam em seu lar e, apesar do livro nunca criar grandes expectativas nisso, torcer para que no meio de tantos infortúnios pudesse haver ao menos um desfecho mais leve e feliz entre eles. Eu vi a novela do SBT quando criança, logo não me recordava de absolutamente nada em relação a sua história.

Foi um ótimo romance, ainda que tristonho demais e às vezes incômodo pois mesmo sendo uma família vivendo décadas atrás alguns de seus dramas tão comuns colidiram bem com eventos pessoais, algo que talvez até tenha ajudado a criar um laço maior com o livro - em certo dia chegou a me pegar de tal maneira que não toquei mais nele até o dia seguinte, contudo isso está longe de ser um atributo do qual possa reclamar, somente foi além do que eu esperava quanto a influência que poderia exercer em mim.

Só dias depois de lê-lo é que descobri haver uma sequência, mas dessa vez estarei preparado, viu...

claudia.mesquita.58 20/06/2019

Éramos Seis
No livro, D. Lola conta sua história. É uma mulher humilde, que mora em São Paulo com seu marido, Júlio, e seus quatro filhos: Carlos, Alfredo, Isabel e Julinho. Cada um com personalidades bem distintas e peculiares.
Dona Lola é uma mulher que tem um amor enorme por sua família e é capaz dos maiores sacrifícios pelos seus filhos, abrindo mão, muitas vezes, do pouco que tinha para ajudá-los.
Uma história linda que fala de simplicidade, abnegação, dor, saudade, e, para quem tem filhos, ainda fica um sentimento de que um dia eles crescem e vão seguir seus caminhos, ficando apenas a saudade do tempo em que se compartilhou momentos juntos.
Já havia lido esse livro na adolescência, mas não lembrava muito da história. Com certeza marcou mais agora na fase adulta e depois de ter constituído uma família. Adorei e acabei já com vontade de ler de novo.

Moon 04/08/2022

"ÉRAMOS seis"
Percebi que as pessoas gostam de fantasia, pq é mt facil lidar com o fictício do que com a realidade.
Esse livro mostra a realidade de uma mãe.
Lembrei da frase "um pai nunca deve enterrar o filho...", nesse caso a mãe teve que enterrar o filho que era como um melhor amigo para ela, sofri junto.
Eu não quero ser mãe pq sei que seria egoista de deixa-los para o mundo, de soltar o orgulho e perceber que só os criei para o mundo não para nós mesmas. Há tanto o que falar, esse livro é maravilhoso e melancólico, me dói imaginar que muitas mães podem se comparar com a Dona Lola.
Sem contar que o nome do livro fez muito sentido para o livro inteiro, até nas suas últimas linhas, esse é o melhor título que ja li

Aline Mari 19/09/2019

Um livro sensível e comovente
Éramos seis: o livro que conseguiu me fazer chorar rios. Outros livros já me emocionaram, porém este foi com força. Uma narrativa simples, que não tem nada de simplória, que trata do cotidiano de uma família brasileira como tantas outras sob a perspectiva da matriarca D. Lola, uma mãe de 4 filhos que mal dorme e trabalha muito para garantir o sustento de todos em detrimento de suas próprias necessidades. A gente se sente dentro de sua casa, convivendo com seus filhos e marido em uma estreita intimidade. Difícil citar algum personagem que não seja cativante neste livro. Todos tão diferentes e igualmente interessantes. Enfim, daria mais estrelas se pudesse. Todo adulto deveria ler este livro. É sensacional.