Luthe0 04/12/2015
Guia Politicamente Incorreto da América Latina
É claro o principal objetivo dos autores neste livro: desbancar os principais “heróis” da América Latina, mostrar suas fraquezas, os maiores erros, e deixar claro que eles não foram na maior parte do tempo, tão “heróis” assim. Leandro Narloch e Duda Teixeira trazem dados de cada época, retrato de fontes que presenciaram as ditaduras, revoluções e decaídas de cada país, para deixar claro que nem tudo é como se conta hoje, ou pelo menos tentando comprovar o ponto de vista deles próprios.
O livro começa falando de Cuba, das controvérsias de Fidel Castro e sua união com Che Guevara. Ao que se da a entender, tanto Fidel como Che eram totalmente autoritários, e estavam contra os Estados Unidos. Em 1961 ao fecharem um acordo com a Rússia, trazem mísseis para o país e os direcionam para os EUA, o que por pouco quase traz a 3ª guerra mundial. Devido a tal situação, os soviéticos resolvem retirar os mísseis, deixando os dois ‘líderes’ muito irritados. Alguns anos antes, Che Guevara ganhara o cargo de presidente do Banco Nacional e depois fica como Ministro da Indústria de Cuba, trazendo um caos a economia, e mostrando que não obtinha nenhum preparo e conhecimento do assunto para conseguir administrar um setor tão importante para a estabilidade de uma nação. Estes são apenas alguns exemplos das situações citadas no livro, e das atitudes tomadas pelos “heróis” da América Latina.
Os astecas, incas e maias também são citados, com o intuito de tirar a imagem vitimizada que possuem em relação aos conquistadores espanhóis que chegaram a América por volta de 1500. Falam também das atrocidades cometidas por tais povos, e explicam suas relações entre eles mesmos como conquistadores e conquistados, já que os povos lutavam entre si muito antes da chegada dos europeus. Sendo assim, muitas alianças foram feitas entre espanhóis e os índios que muitas vezes aceitavam se unir para conquistar povos que as vezes os haviam conquistado tempos antes.
Falando sobre a Venezuela, Símon Bolívar é o principal criticado, sendo comparado inclusive com Benito Mussolini. A revolução no Haiti também é citada, comentando sobre as muitas atitudes contraditórias de negros que lutaram contra seus senhores pela libertação, mas que depois de livres se tornaram donos de escravos. Há também a história da Argentina, falando sobre Domingo Perón; do México, comentando sobre Pancho Villa e do Chile, expondo Salvador Allende.