O caderno rosa de Lori Lamby

O caderno rosa de Lori Lamby Hilda Hilst




Resenhas - O Caderno Rosa de Lori Lamby


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Marco Antonyo 23/07/2012

o repulsivo é cria de nosso descuido
Repulsa é o que qualquer humano sexual e mentalmente sadio sente ao iniciar a leitura deste livro. De alguma maneira ele retrata realidades. E tudo o que existe de vil na boçalidade humana nos incomoda e, por isso, preferimos não ver. Mas, não ver não faz com que o repugnante não exista. E algumas vezes o repulsivo é cria de nosso descuido e cresce dentro de nosso próprio lar.
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layhnrqs 07/05/2023

A verdadeira natureza do obsceno é a vontade de converter
Ousada, genial, crítica e irônica, Hilda Hilst lança seu primeiro livro obsceno, "O caderno rosa de Lori Lamby", onde a mesma dizia que é e foi um ato de agressão, uma ação vigorosa, para que o pessoal se levante e se acorde. Tudo isso decorrente, e em resposta a todos os 40 anos em que trabalhou com seriedade, mas não obteve o reconhecimento merecido no mercado editorial.

O tema polêmico de Lori Lamby se justifica no exercício que Hilda faz na construção do texto, não é algo que é a toa. Diferente do pornográfico, o obsceno está ligado às aversões estéticas, morais e vitais. E partindo disso, é essencial que antes ou após a leitura a gente entenda o porquê Hilda partiu dessa premissa para contar sua história, e percebemos que tem pitadas de intrigas, alfinetadas, críticas e humor em meio a escrita subversiva e repugnante.

Em sua entrevista após o lançamento, Hilda diz: "A verdadeira natureza do obsceno é a vontade de converter. De certa forma, se você for, consideravelmente, repugnante, você faz com que o outro comece a querer a nostalgia da santidade". Representando os mais desviantes comportamentos sexuais, combinando sarcasmo, erotismo e humor, como resposta grotesca à absoluta perda de esperança e de sentido com relação ao mundo e ao gênero humano.
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@lendoaos30 09/10/2020

Conheci Hilda Hilst de verdade há pouco tempo, com a leitura do incrível, maravilhoso e mais novo integrante da minha lista de favoritos “A Obscena Sra D.”. Soube depois, através de pesquisas sobre a autora, que ela tinha escrito uma “tetralogia obscena”, que foi recentemente relançada sob o título de Pornô Chic. Depois de ler sobre a Sra D. e ver algumas entrevistas de Hilda, a curiosidade pela leitura da tetralogia se aguçou, e resolvi começar então, pelo primeiro livro, “O Caderno Rosa de Lori Lamby”. O choque foi imediato: de primeira já temos a apresentação da narradora, a escritora do tal caderno rosa, Lori Lamby, uma menina de 8 anos que conta, sem qualquer tipo de censura, narrativas de seus encontros sexuais com homens mais velhos, pelos quais ela recebe dinheiro com a anuência de seus pais. Seu pai, um escritor que quase não é lido (e lembra bastante a própria Hilda), vive brigando com sua mãe, pois precisam de dinheiro, precisam vender, e Lori acaba ajudando nessa parte. A escrita de Hilda é assustadoramente similar ao que se esperaria de uma criança da idade da narradora e o fato de não haver qualquer tipo de restrição por parte da autora no uso de palavras, expressões e descrições obscenas é, minimamente, chocante. Confesso que a leitura me deixou incomodada, enraivecida e até mesmo enojada. Quando há um momento em que é contada uma outra história dentro do caderno de Lori Lamby, a situação consegue ainda piorar. Claro, o final nos surpreende e traz um certo alívio à toda a tensão anterior, mas nem tanto. É como se levássemos um soco na cara, respirássemos aliviados quando a dor passasse e, segundos depois, um soco no estômago se seguisse. A julgar pela minha descrição, talvez pareça que não gostei do livro, o que de certo modo é verdade. Mas não posso negar a genialidade da crítica e da provocação de Hilda Hilst. Ela foi bem clara em seu objetivo: seus livros não vendiam, não eram lidos. Então, escreveu aquilo que as pessoas gostariam de ler: pornografia, sexo, vulgaridades. Essa crítica pesada de Hilda a toda uma hipocrisia do meio literário e das pessoas em geral está clara como água na narrativa de Lori Lamby e se a leitura chocou a cada segundo, é porque Hilda quis que fosse assim, planejou cada palavra e cada ação descrita para que os sentimentos que me acompanharam durante a leitura fossem exatamente esses. Por isso, palmas para Hilst. Não indico o livro para qualquer um. É preciso ter estômago, maturidade e, principalmente, conhecer Hilda para compreendê-lo e, de certo modo, apreciá-lo. Acabo, infelizmente, me vendo como um dos famosos críticos de Hilda: leio, admiro, mas não recomendo. Ao menos não para todos.


site: https://www.instagram.com/lendoaos30/
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pierrealmeidaba 01/10/2020

desconfortável
Compreendo que a intenção de Hilda foi tecer críticas ao mercado editorial, mas ainda assim, a descrição das cenas são extremamente fortes (mesmo considerando a reviravolta na história). Levando em conta a manipulação da autora com a linguagem para causar essas sensações ruins no leitor, pode ser considerando tecnicamnente um livro bom.

Porém, considerando as minhas sensações, pela primeira vez em toda a minha vida, me senti inteiramente desconfortável com um livro. Como não sou uma pessoa que costuma abandonar as leituras, decidi ir até o fim e ler tudo de uma vez só. Além disso, ciente de que tenho em meu convívio duas afilhadas e uma sobrinha que estão vivendo a fase da infância, o livro acabou gerando medo e insegurança.
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Camila Barros 20/10/2018

?
Entendi a proposta da autora, de querer chocar e de tentar criticar o atual cenário editorial. Mas, sinceramente, não deixa de ser doentio. Vou fingir que esse livro não existe. Fim.
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Johnny 20/01/2015

CHOCANTE!
Primeiro contato com Hilda Hilst e... MEU DEUS! Quem é essa, mulher? Acho que depois dessa leitura falta ao leitor o verdadeiro sentido do que é moral, kkkkkk.
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Pêssego 09/10/2023

Impactante
Quando eu li esse livro pela primeira vez, me senti em choque. Por dois motivos:
1- É basicamente um relato minucioso sobre p3d0f1lia.
2 - A leitura é fluida, imersiva e... engraçada! ?
?
Eu entendo quem odeia esse livro, ou quem comprou e jogou fora. ?
?
Mas eu ri em alguns momentos. E também chorei em outros. ?
?
E, no final, alguns questionamentos me perturbaram:?

- Só é abuso quando a vítima sofre, pede ajuda e se traumatiza? Porque Lory Lamb não sentiu nada disso, ela nem entendia nada, (e se divertia, inclusive). ? Nem sempre o abuso vai gerar trauma (o que não quer dizer que não vá gerar prejuízos lá na frente).
?
- E: Quantos abusos, nós, enquanto crianças sofremos e, por não entender que aquilo era errado, crescemos achando que era normal? Digo, não só violência física, mas psicológica também. ?
?
Com certeza uma pequena obra transgressora! Hilda Hilst foi extrema! Mas é interessante saber do que se trata antes de ler. Ela foi extrema só achei incomodar
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lubeiro 20/03/2024

Uma palavra define esse livro: absurdo.
Alerta gatilho! (Abuso sexual infantil)

Mas não absurdo de um jeito bom, de um jeito absurdo mesmo. Não tem uma outra palavra para definir. Eu não sei como consegui ler esse livro até o final? a forma como a autora descreve o abuso infantil, é extremamente nojento? embrulha o estômago. Tive pesadelo por várias noites? as vezes quando lembro desse livro, tenho vontade de chorar. Meu coração fica acelerado. Sinceramente? Não leiam.
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Aline 23/07/2014

Abuso Gratuito
Admito que a utilização da linguagem infantil para o conteúdo erótico é uma ideia inovadora, bem como reconheço a dura crítica ao mercado editorial. No entanto, afirmo com todas as letras que o livro é de extremo mau-gosto.

Linguagem chula? OK
Erotismo? OK
Crítica? OK
Mau-gosto? Fica para a próxima e passe bem.
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Cristina 08/03/2022

Quer impacto?
Nunca tinha lida algo de Hilda, uma amiga me entregou e disse: leia a primeira folha! Eu li e já fiquei chocada, e não consegui mais parar de ler. Não sei nem o que dizer, eu fiquei boquiaberta várias vezes, fechei ele, analisei, continuei. Não sei se indico pra todos, tem que ter estômago, mas o final é explicativo, apesar de cada um talvez guardar algo diferente para si.
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carbononh 23/01/2022

dedo no c* e gritaria
Indigerível, obsceno, praticamente pornográfico e genial, "O caderno de Lori Lamby" é um livro/caderno/diário escrito por uma menina de 8 anos, que se prostitui com o consentimento dos pais e passa a narrar tudo - tudo mesmo - no papel.

A forma como a autora cria uma personagem e trama inverossímeis ao ponto de chocar e confundir o leitor é fascinante. Os relatos de Lori Lamby e a sua sagacidade são perversos, e servem como rota para Hilda traçar um enredo delirante sobre a personagem e sua família, tecendo, em conjunto, uma crítica ao mercado editorial brasileiro, à obsessão pelo dinheiro e à literatura.

Ao trazer assuntos pesadíssimos e polêmicos, e retratá-los de forma obscena, explícita e calculista, Hilda põe as questões morais e ilógicas dos próprios leitores à mostra, como ponto de reflexão para à nossa própria alienação e (des)caminho e desvalorização da literatura mais 'massuda', que vem perdendo notoriedade e visibilidade.

Escrevendo "adoráveis bandalheiras" de forma conveniente, Hilst põe em cheque o leitor, o mercado, a literatura, a moral e a reestruturação da própria escrita. Aqui, é importante entender o momento delicado pelo qual a autora passava. No mais, é importante frisar que poucos escritores conseguiriam fazer e chegar no nível literário, subversivo e delirante de Hilda Hilst.

O posfácio (com uma visão psicanalista) explica como a escrita da Lori, apesar de ser altamente sexual ao abordar casos envolvendo pedofilia, é escolhida para ser repulsiva para quem quiser usar o livro para se excitar, uma vez que a personagem não é colocada na posição de vítima em nenhum momento, demonstrando a genialidade de Hilda ao tocar no assunto, escrevendo uma personagem inverossímil, inapropriada e chocante.

10/10
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Carla.Maciel 19/02/2023

Minha Lori, minha Lolita
Lori lamb é uma menina de oito anos narrando "suas aventuras sexuais ", um monte de bandalheira de má qualidade mas que levam ao leitor a se perguntar estou lendo esse texto por quê?
Curiosidade ou no fundo estou gostando afinal como um dos clientes de Lori diz: todo mundo é sujo.
Seria menos doente se o livro fosse narrando por Lolita, uma Dolores feliz sexualmente satisfeita.
O livro causa desconforto, mesmo assim a cada dia que passa incentivamos meninos a serem homens mais cedo e meninas a se darem o respeito se isso não é sexuazação da infância, o que é então?
Além disso a crítica ao mercado literário é tremenda, é de uma sagasidade espantosa.
A autora deixa o leitor fantasiar com uma garotinha para no final revelar que nada é o que parece é que temos a mente bem suja.
Gostei da linguagem da autora mesclando palavras chulas com algumas cultas.
O texto é simples de se ler, no entanto consultei o dicionário algumas veses.
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Ju 23/09/2022

Que choque!
Topei com esse livro durante um dos meus turnos na biblioteca e fiquei chocada com o conteúdo. Como boa curiosa e conhecedora do nome de Hilda, adicionei à lista e li no mesmo dia.

O conteúdo é chocante, mas a crítica entrelinhas e a realidade de quem está escrevendo a história é excelente. É um livro polêmico, mas que cumpre a sua função e ainda é irônico sobre o momento que a autora estava passando.
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Day 01/10/2022

Sem palavras.
O livro inteiro é um misto de agonia, sufocamento e desconforto.
Realmente acreditei em tudo o que estava escrito, por mais difícil que fosse ler tais experiências.
Não apenas uma, mais diversas críticas sutis e implícitas foram feitas na obra, inclusive à inocência infantil sendo subvertida e substituída pela pornografia e eroticidade.
Não recomendo a obra para todos os públicos, é extremamente delicada e a quantidade de gatilhos é imensa.
Reflexiva e atemporal, Hilda Hilst me deixou sem palavras.
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