As vinhas da ira

As vinhas da ira John Steinbeck




Resenhas - As Vinhas da Ira


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Alcir1 14/01/2024

Excelente é o Mínimo a Dizer!
Mais de sessenta anos se passaram e é então que me decido ler, mais uma vez, este fenomenal clássico da literatura norte-americana e mundial. Melhor, o texto envolve e emociona, ainda mais que na leitura anterior, talvez devido ao fato de que jovem leitor tinha pouco saber da vida, enquanto o ancião carrega um mundo de informações e recordações.... Ainda e sempre um romance atemporal. Depois de Ratos e Homens, livro de temática semelhante, Steinbeck aqui amplia horizontes, agora não apenas com dois peões em busca de trabalho. São centenas, talvez milhares, de pessoas, famílias, crianças e velhos, expulsas das suas terras no Oklahoma e vagando de forma incerta em busca de trabalho, qualquer trabalho braçal, e alimento, elementos mínimos essenciais para uma vida com um mínimo de dignidade, na Califórnia ou onde haja perspectiva de um prato de comida.
Portanto, “As Vinhas da Ira” foi, é, e será sempre, uma leitura essencial, especialmente para leitores que estejam minimamente interessados nas questões das divisões de classes, numa sociedade humana a cada dia mais fracionada e individualista. Claro que os tradutores, Herbert Cano e Ernesto Vinhaes, são responsáveis, também, pelo êxito da edição, mas o fato inconteste é a incrível atualidade do texto. Mais ainda, os fatos narrados poderiam, sem dificuldades, estar ocorrendo, hoje, em países de qualquer um dos seis continentes. Sempre o impasse sem solução, de um lado a fome e o desespero; doutro o lucro e a acumulação.
Algumas partes do livro são antológicas. A exemplo, o capítulo 19 uma síntese da história da anexação da Califórnia aos Estados Unidos e, ainda, de como, na história da humanidade, a agricultura se transformou em indústria, com concentração de renda e poder, tendo como consectário mão-de-obra escravizada. Para concluir, vale lembrar o final do livro, quando a personagem Rosa de Sharon, uma jovem retirante que acabara de perder o filho recém nascido, amamenta um homem famélico, à beira da morte. Imperdível, sim senhor!
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Leitora 12/01/2024

Esse livro me despedaçou
Este livro incrível conta a história de uma família que vai ao Oeste dos Estados Unidos em busca de emprego nas plantações de frutas. Uma vez que trabalhavam de meeiros e plantavam algodão, porém como possuem grandes dívidas os bancos acabam tomando tudo.

Para quem gosta de um romance com fundo histórico e realista é um excelente livro, a vida simples e DURA do campo é detalhada e se desenrola facilmente através de personagens tipos e cativantes. Na primeira parte já conhecemos um ex-presidiário: Tom Joad e sua família e um ex-pastor desacreditado da vida.

Terminei o livro com muito sofrimento, pois a história é bemmmm triste. Diria que um grande personagem desse livro é a fome. Uma curiosidade é que a banda de rock Rase agains the machine ganhou esse nome, inspirado em um trecho do livro.
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Encanto Literário 04/01/2024

O autor nos faz repensar nossas atitudes e queixas perante a vida
A primeira vez que li As vinhas da ira, foi em 2010, quando cursava a faculdade de Letras e na época, a obra me impactou profundamente. Mês passado li novamente e a carga emocional de anos atrás, manteve-se intacta, ou seja, a narrativa me atingiu e emocionou da mesma forma que fizera antes.

Com maestria, John Steinbeck consegue transmitir de forma muito clara a exploração e o drama vivido pelos locatários de terras de Oklahoma nos EUA no início da década de 30, os quais lutam pela sobrevivência e pela dignidade humana em condições desesperadoras. A obra aborda ainda a importância da união familiar, a busca pelo respeito e a empatia pelo próximo.

Apesar de estarem habituados a lidar com um terrível fenômeno climático que eram as grandiosas tempestades de areia, também chamadas de Nevascas Negras (este fenômeno foi resultado direto da ação do homem sobre o ambiente e atingia as grandes pradarias dos EUA, espalhando o desespero e o caos por onde passavam na forma de enormes nuvens negras de poeira) os locatários não estavam preparados para o ávido capitalismo, que lhes expulsariam das terras onde moravam.

Assim, estes moradores das regiões rurais que viviam de forma tranquila sem patrões e produtores de seus próprios alimentos, se veem de repente frente a um futuro incerto que lhes ocasionou uma devastação não apenas física, mas também moral: cercados pela exploração injusta do trabalho, a qual era praticada pelas mãos e pela intransigência dos próprios seres humanos, além de sofrerem com a falta de uma moradia (ainda que modesta) e do alimento diário necessário para sobreviver.

O livro nos mostra uma busca frustrada que resulta apenas na ira, sentimento que se apodera das famílias em êxodo quando percebem que foram atraídas para uma falsa promessa de vida melhor. Com o decorrer da narrativa, vemos a exploração humana alcançar índices terríveis de injustiça social, violência moral e física, as quais tomam o lugar da esperança, transformando-a em desespero e culminando na luta silenciosa das greves, que buscavam, além de melhores salários, principalmente o alimento básico e vital.

As vinhas da ira abre os olhos do leitor para as dificuldades dos trabalhadores imigrantes e faz com que admiremos a força de vontade, caráter e a coragem com que eles lutavam diariamente para conseguirem viver sem perder seus valores humanos apesar de todas as provações. Ao retratar as dificuldades de um povo sofrido e miserável, o autor nos faz repensar nossos próprios valores dentro da sociedade e nossas atitudes e queixas perante a vida.

site: https://encantoliterario.com.br/resenha-as-vinhas-da-ira-john-steinbeck/
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Lusia.Nicolino 03/01/2024

Um livro necessário!
Um livro necessário, não importa em que momento de sua carreira de leitor a leitura aconteça. Escrito em 1929, em plena depressão econômica, Steinbeck nos conta a saga da família Joad. Tom, um dos filhos, ao voltar para casa depois de um período na prisão por um assassinato durante uma briga de bar, encontra a família de mudança. Com um caminhão que é praticamente uma personagem do enredo, eles saem de Oklahoma para a Califórnia, viajando pela rota 66. Eles e muitos outros, iludidos com a promessa de um futuro de riqueza e fartura depois de verem suas terras, suas plantações de algodão sendo engolidas pelas grandes corporações durante a seca. O que dá certo e o que dá errado? Quem fica pelo meio do caminho, aonde vão chegar e do que vão se alimentar? Os acampamentos de migrantes, a busca pelo trabalho, o descaso e o acaso, em uma história cheia de referências, da arca de Noé à busca da terra prometida.

Quote: "Não existe pecado, nem virtude. Só existe aquilo que a gente quer fazer. Tudo faz parte da mesma coisa. Algumas coisas que a gente faz são boas e outras não prestam, mas isso está na cabeça de cada um."

site: https://www.facebook.com/lunicolinole https://www.instagram.com/lu_nicolino_le
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Renata.Bertagnoni 03/01/2024

As Vinhas da Ira
Bem, um tapa na cara da sociedade, contado de forma crua. Trazidos para os dias atuais, é extremamente atual.
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JosA225 30/12/2023

As Vinhas da Ira
Estória tristíssima. Uma família tentando sobreviver na época da Grande Depressão dos anos 20/30. Mostra como os grandes latifundiários tratam os trabalhadores como escravos brancos sobre o olhar complacente do governo. Vidas Secas americana.
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Mat 24/12/2023

Sofrimento, sofrimento e sofrimento..
Umas das minhas melhores leituras do ano, sem dúvidas. Angústia é definitivamente o sentimento mais presente durante toda a leitura. A escrita de John é crua, sem nenhum tipo de eufemismo, dura. A descrição detalhada, na minha opinião, é um ponto extremamente forte, o que fez com que eu me sentisse totalmente integrado com os personagens e com todo o cenário. Incrível!
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Andreza R. Fernandes 20/12/2023

A gente sente o impacto
A família Joad sofre, sofre, sofre... e depois tem algumas frações de alegria e esperança até que desanda novamente. Ainda tô tentando entender. É meio forte essa crise de 1900 à 1929, retrata o que aconteceu na vida real e, é desolador, injusto, desumano... como o ser humano consegue ser perverso e ganancioso com o seu semelhante! A mãe é a personagem mais bem construída, começa meio perdida, sofre, porém ela cresce de um jeito magnífico, vira a chefe da família, manda em todos, todos ouvem ela e não perde as esperanças, é a pessoa mais forte, corajosa, família, acumulada várias funções... nem sei como ela aguentou! Ela é uma mulher maravilha. O Tom mostra em alguns momentos que é impulsivo, porém ele não tá errado, mas em terras novas a lei não serve para eles, ocorre episódios em que Tom poderia agir diferente, mas o seu espírito pensa dr outra forma. O pai começa mais animado e termina com a cabeça no passado e desperançoso, tio John sofre com o passados e seus "pecados", o Al e Rosa em quase metade do tempo se mostram imaturos e até egoístas, Noah é o filho apagado e sem muita reação, crianças são encrenqueiras e astutas e o Casy é um alívio espiritual para a família Joad, um bom conselheiro. Enfim, no final das contas só queria um final mais fechado, agora tô aqui martelando algumas hipóteses, mas o livro é significativo, com certeza é um dos favoritos da vida! Leiam!
Alan kleber 20/12/2023minha estante
Tem um documentário no YouTube sobre esse livro.
O nome é, Discovery: Grandes livros "As Vinhas da Ira."
É bem bom.


Leitorconvicto 20/12/2023minha estante
Esse é um autor que ainda não li. Já ouvi boas coisas


Andreza R. Fernandes 20/12/2023minha estante
Sim! Agora pretendo assistir o filme e procurar vários vídeos, não superei. Obrigada!


Andreza R. Fernandes 20/12/2023minha estante
Pois vale a pena conhecer esse autor, apesar de ser um livro longo, acho difícil não gostar.




Ray 19/12/2023

Camarada Steinbeck! (apesar de que ele nem era comuna)
Até hoje muita gente tenta entender e explicar o que foi a grande depressão, uns culpam o capitalismo, outros a intervenção estatal, e por aí vai, teorias é que não faltam.

Esse livro claramente retrata uma das muitas visões política-ideológica que explicam a grande depressão, pela perspectiva de uma das muitas famílias que sofreram nesse período.

Independente das causas, o sofrimento é inegável e foi perfeitamente registrado em vários livros de história, e a exploração pelo menos ferrado do mais ferrado também é inegável e isso se observa até hoje nos momentos de crise, nada muda.

Vi que algumas resenhas deram notas baixas por identificar a visão socialista do autor, e não pra menos, o autor quase esfrega isso na nossa cara pra quê esse livro veio a vida desde os primeiros capítulos.

O livro explicitamente crítica a exploração do menor pelo maior, o acúmulo exagerado de capital, e a miséria que isso gera, exaltando por outro lado o pensamento de união das pessoas como classes e a vida em comunidade. E se te incomodou esses temas serem tratados, ou se esses temas te incomodam, esse livro é pra você mesmo!
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Dan 17/12/2023

Falsa literatura
"As vinhas da ira" foi alçado como um dos grandes clássicos norte-americanos, portanto - como todo clássico - tornou-se uma obra intocável para muitos. Criticar "Os miseráveis", "Tieta do Agreste" ou uma obra capital de Steinbeck pode levantar a ira de leitores apaixonados ou até mesmo de críticos literários. Se sobreviveu ao tempo, se ainda é um livro estudado e reverenciado é porque se trata de um feito grandioso, incomparável. Contudo sou da opinião de que clássicos são passíveis de severas críticas, a depender do caso; bem como acredito em extraordinárias mediocridades que atravessam anos, séculos e sempre arrancam aplausos entusiasmados. "As vinhas da ira" enquadra-se nessa última categoria.
Sustento minha posição apontando o fato de que o romance não se trata de literatura, mas de um panfleto. O objetivo de Steinbeck nunca foi criar uma obra de arte, mas defender uma causa e angariar simpatizantes para sua ideologia. O "realismo socialista" devora a autenticidade de suas personagens e as transforma em simples gravadores: elas só repetem o discurso político-ideológico do autor. Inúmeras falas foram usadas para levantar bandeira, soam extremamente artificiais; estão ali a serviço da propaganda. E isso é feito - diversas vezes - de uma forma tão mal contextualizada que cogitei a possibilidade de algumas delas terem recebido aulas por telepatia do próprio Trótski. Em suma, Steinbeck transforma as personagens em fantoches.
Além disso, não raro, o narrador milita, contesta e julga. Como resultado, temos uma narrativa com as conclusões já prontas, nada resta para o leitor julgar, tudo já foi feito por ele, inclusive a intepretação dos acontecimentos. Até mesmo os símbolos, as referências às Sagradas Escrituras são submetidos à causa do escritor. O caráter literário é sufocado por um discurso conativo, típico de uma pregação. O caráter plurissignificativo do texto, essencial a boa literatura, é severamente restringido: o leque de possibilidades de leitura fecha-se à força do único trajeto a ser percorrido. O autor amarra o leitor, arrasta-o daqui para acolá, sem deixá-lo à vontade para tomar os rumos que desejar. "As vinhas da ira" é um feixe de caminhos paralelos e fechados, suas interpretações são apenas variações de um mesmo trajeto. Literatura prostituída por motivos ideológicos, subliteratura. Há romances de forte teor social muito mais bem escritos, que mantêm a essência artística da literatura: "Vidas secas", do Graciliano Ramos; "O quinze", da Rachel de Queiroz; "Norte e sul", de Elizabeth Gaskell etc. Todos eles nos ensinam que é possível apontar injustiças socias, chamar a atenção para a condição dos miseráveis/dos desfavorecidos sem empobrecer o texto com chavões.
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priscyla.bellini2023 09/01/2024minha estante
Eu comecei a ler e não dei continuidade, mas eu percebi de cara que o autor estava parafraseando Rosseau, logo imaginei o que viria pela frente, mas gostei da escrita dele.


Dan 09/01/2024minha estante
Você não perdeu nada, garanto. Poderia ter sido um retrato extraordinário da época se não fosse uma obra prostituída ideologicamente.


priscyla.bellini2023 09/01/2024minha estante
Em algum momento da minha vida lerei para ver o que acho, mas imagino que terei uma opinião parecida.


Kelly Martinez 25/04/2024minha estante
Ahhh cara, toca aqui! ?
Li o livro todo com a sensação de ser um livro panfletário e comparando justamente com o quinze, da Raquel, que descreve ( guardada as diferenças de ambientes e culturas) a mesma viagem.

Nunca li tanta coerência aqui no Skoob. Parabéns pela resenha!




spoiler visualizar
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Peter.Molina 15/12/2023

Êxodo americano
Este livro vai relatar a jornada de uma família após serem expulsos de sua terra após a crise americana no final dos anos 20. A luta por um emprego, as humilhações, a fome, a dor e a desesperança que todos sofrem nessa busca incansável, marcam toda a narrativa deste livro. Muito bem escrito, mas um tema forte e extremamente pesado e difícil. Em algumas passagens mal consegui progredir a leitura em meio a tanta desolação. O final tem uma cena extremamente impactante que vai ser difícil esquecer. Recomendo a leitura.
CPF1964 15/12/2023minha estante
Parabéns pela resenha, Peter...??


Peter.Molina 15/12/2023minha estante
Obrigado Cassius! ??




Laryssa Barros 10/12/2023

Arrebatador!
Que livro sensacional! Eu sabia que ia goatar desse livro, pois a sinopse já havia me cativado, mas a escrita do autor me conquistou de um jeito que eu nem sei colocar em palavras. Esse é o tipo de livro que todos deveriam ler.
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@adriana_ lerlivros 29/11/2023

?Um manifesto socialista?

As Vinhas da Ira, descreve as desventuras e a jornada da família Joad, desde a sua expulsão de seu lar em Oklahoma até o tão sonhado mundo novo que Califórnia passou a significar para eles durante toda a estrada.

(Essa história me fez lembrar os hebreus no deserto, sonhando com a terra prometida e até mesmo o narrador em um dado momento passa a chamar essas pessoas de "um povo em êxodo")

Mas durante toda a jornada suas expectativas em relação a Califórnia é colocada em cheque, pois aqueles que voltavam de lá, não tinham boas notícias. A família Joad, não era a única família desamparada em busca de trabalho na Califórnia.

Esta história fala sobre o período da "grande depressão" vivida na década de 1930 nos Estados Unidos, onde meeiros foram destituídos das terras onde trabalhavam, onde cultivaram e residiam há gerações.
A família Joad é jogada no mundo sem expectativas ou garantias de sobrevivência. Eles apenas vão por que não tem onde ficar, carregando consigo a esperança ou a ilusão de encontrar o mínimo para sua subsistência. Eles vão para um lugar que nunca conheceram, cheios de sonhos, de tristeza, de medo e de fome, carregando seus poucos pertences, o dinheiro minguado, um carro muito velho e um panfleto sobre a Califórnia com promessas de trabalhos que diz apenas meia verdade.

Jonh Steinbeck nos presenteia com sua escrita poética, crítica e com um final que nos deixa perplexos.
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Ana Bellot 23/11/2023

A colheita feita com dedos nus
Uma das melhores leituras da minha vida! Que GRATA surpresa, que autor fantástico. Eu amo livros que mesclam narrativas ficcionais com ensaio, dando contexto do período histórico, detalhes, etc. Ainda estou digerindo essa obra de arte! Em breve detalho mais.
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