Casa de Pensão

Casa de Pensão Aluísio Azevedo




Resenhas - Casa de pensão


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Danilo 18/04/2014

Casa de Pensão
Amâncio de Vasconcelos é um jovem maranhense que veio para o Rio de Janeiro com o objetivo de fazer um curso de Medicina. No início estava se hospedando na casa de um conhecido de sua família, esse conhecido era Luís Campos que vivia com a sua mulher Dona Maria Hortência e sua cunhada Dona Cadotinha. Amâncio encontrara-se com um amigo Paiva Rocha, e passa a viver uma vida desvairada e boêmia. Apos o encontro com esse amigo começou a chegar altas horas da noite, a faltar às aulas, a se embriagar constantemente.
O jovem estudante começou a despertar certo interesse no coração de Hortência, levado por esses motivos, resolve se mudar para a pensão de João Coqueiro. Acaba se envolvendo com Amélia irmã de João Coqueiro, chateado no ambiente asfixiante e corrupto da pensão de João Coqueiro, resolve viajar para São Luís para rever a mãe que estava viúva. João Coqueiro suspeitou da viagem e fez com que a polícia fosse prender Amâncio sob acusação de defloramento, da qual o estudante é absolvido, em rumoroso julgamento.
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MVGiga 09/04/2014

Ganância e ambição, lado a lado.
Descrevendo as atitudes da sociedade carioca do final do século XX, esse clássico da literatura nacional tem como objetivo criticar e apontar os impactos da ganância e a ambição, através de personagens de diferentes posições sociais e econômicas. Os filósofos já explicavam que o homem insatisfeito é aquele que tem a capacidade de provocar mudanças ao seu redor. Porém quando essa insatisfação é canalizada de forma equivocada, acaba sendo nociva para o próprio individuo e, conseqüentemente, aos seus semelhantes. O que não falta são exemplos disso nesse fascinante romance de 1886 de Aluisio Azevedo, que alias é meu autor clássico brasileiro favorito. Com narrativa crua e objetiva, conhecemos um estudante maranhense que planeja construir uma carreira política e social na cidade carioca, entretanto este estudante maranhense também deseja aventura amorosa que pode destruir sua vida. Ao final da leitura, podemos chegar à conclusão de que ambição faz parte das qualidades do homem, já a ganância pertence aos seus defeitos.
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Lo Han 20/01/2014

Enredo não decola
Li esse livro logo após ter lido O Cortiço, e ainda tomado por admiração e respeito pela genialidade do A. Azevedo em sua obra mais aclamada me decepcionei logo nas primeiras páginas do Casa de Pensão.
O livro mostra o jogo de interesses contrastantes - de uma lado há um jovem maranhense rico que se muda para o Rio de Janeiro para cursar Medicina na Corte, mas anseia por aventuras voluptuosas engenhosamente articuladas em sua mente, e do outro figuram vários personagens que aproveitam da ingenuidade do provinciano para extorqui-lo das exacerbadas provisões.
Durante a narrativa, o autor detêm de vários momentos interessantes que poderia engrenar a história para desfechos mais impactantes, mas muitas vezes a história é interrompida por descrição de fatos e sentimentos paralelos a intriga principal, tornando a leitura mais superficial, não prendendo o leitor.
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Waldir 16/11/2013

o livro é interessante,existe muita tensao o tempo todo,voçe sabe já de ante mao que vai acontecer algo com o protagonista.isso é muito bom ,prende voçe a leitura .super recomendo.
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Luis 17/03/2013

O Romantismo esfacelado.
Infelizmente demorei muitos anos para retornar à obra de Aluísio Azevedo. Lá se foram quase duas décadas desde que , pressionado pela obrigações do vestibular, encarei as páginas de “O Cortiço” e , pouco tempo depois, de “O Mulato”, obras seminais do Naturalismo brasileiro.
“Casa de Pensão”, em uma edição escolar comprada a preço de banana nas tradicionais barraquinhas de rua que se revezam entre os bairros cariocas, talvez seja o mais emblemático da trilogia criada pelo autor maranhense. Inspirado em um caso real, o livro conta a história do jovem Amâncio, filho único, rico, nascido no Maranhão (como o autor) e que viaja para a Corte em busca do sonho dourado de glória e sucesso. Amâncio idealiza o Rio de Janeiro como a cidade paradisíaca em que o aroma doce das ruas era a própria personificação do imaginário romântico que permeava o século XIX e era combustível dos autores franceses que foram a base da formação intelectual do rapaz.
Ao chegar na capital, no entanto, Amâncio descobre um Rio diferente, inundado de vícios e da visão pragmática e materialista típica do capitalismo. Hospeda-se primeiramente na casa de Campos, próspero comerciante, amigo de seu tio e que tem uma encantadora esposa, Hortênsia, que, discretamente, inicia um flerte com o jovem.
Através de um grupo de amigos, Amâncio conhece Coqueiro, quase de sua idade, porém já casado com uma velha madame francesa que mantêm uma casa de pensão. Coqueiro o instiga a sair da casa de Campos, onde não tem liberdade, e se mudar para a tal casa de pensão, onde o jovem conhece Amélia, a irmã de Coqueiro, que, pouco a pouco se envolve com o maranhense, como parte de um plano traçado pelo irmão e pela cunhada para se aproveitar das posses de Amâncio.
A trama fica ainda mais rocambolesca quando o jovem também se envolve com Lúcia, esposa de um hóspede da pensão, colocando sob risco os planos de Coqueiro.
Com essa estrutura básica, Aluísio Azevedo suspende o pano para desenvolver algumas das teses mais caras ao Naturalismo, como a submissão do comportamento ao ambiente e às condições pré determinadas pela hereditariedade. O autor também subverte o conceito do Romantismo, ao condicionar as relações afetivas da obra aos interesses materiais e puramente sexuais, pois Amâncio é explorado tanto por Amélia quanto por Lúcia, além de nutrir um desejo meramente carnal por Hortênsia.
Em sua parte final, “Casa de Pensão” escancara ainda mais essa condição subversiva, ao pintar com tintas de drama sensacionalista, tanto o processo que Coqueiro move contra Amâncio, acusando-o falsamente de abusar de sua irmã, quanto o assassinato do jovem maranhense, após a sua absolvição. Coqueiro, que ao perder o processo, passa a servir de escárnio a todos, não suportando mais a vergonha e a pressão da família que o acusa de matar a galinha dos ovos de ouro, resolve “lavar a sua honra”. Mata Amâncio em uma suíte do Hotel Paris, onde o jovem passara a noite com uma prostituta comemorando a absolvição.
Amâncio vira mártir , com sua imagem se transformando em souvenir no comércio carioca, a ponto de sua mãe, que desembarcara no Rio sem saber de nada, se assustar perante uma pintura retratando o seu corpo no necrotério.
“Casa de Pensão” nos mostra que o sonho romântico se esfacela nas engrenagens do materialismo. Não existe almoço grátis.
Wellington Ferreira 08/05/2015minha estante
Você deveria indicar essa resenha como spoiler amigo!




Gléh Alves' 21/02/2013

Casa de Pensão.
Amâncio da Silva Bastos e
Vasconcelos é um rapaz rico da
província do Maranhão que parte
para a corte do Rio de Janeiro para
estudar e se encaminhar na vida, mas
seus planos de estudos são sublimados pela vontade de ter uma
vida livre bem diferente da vida
escravizada que tinha sob as
imposições do pai que sempre fora
distante para com ele. No início, Amâncio mora na casa do
Sr. Campos, amigo de seu pai, mas
logo recebe um convite de João
Coqueiro para morar em sua pensão.
João Coqueiro e sua esposa, Mme.
Brizard estavam de olho no dinheiro de Amâncio e, por isso, o tratavam
com toda deferência e planejavam
casá-lo com Amélia, irmão de
Coqueiro. Na pensão havia muitos hospedes e a
promiscuidade era generalizada,
apesar da falsa moralidade imposta
pelos proprietários. Naquele
ambiente, Amélia se torna amante de
Amâncio e quando este anuncia que precisa ir para casa, pois seu pai
morrera e ele precisa ajudar a mãe, é
ameaçado por Coqueiro que exige
que antes ele se case com Amélia. Amâncio planeja uma fuga, mas é
preso por um oficial de justiça e o
julgamento começa. O processo todo
é recheado de mentiras e falsidades
engendradas por Coqueiro, mas ao
final, Amâncio é absolvido.
BozoDel 27/04/2013minha estante
SPOILER




Rogerio Costa 06/01/2013

Um jovem natural do estado de Maranhão deseja, desde muito jovem, conhecer o Rio de Janeiro, que na sua terra natal é muito bem falado, não por sua natureza ou por qualquer motivo de oportunidade de crescimento profissional ou pessoal. Seu interesse na corte é nos prazeres da mesma, como "Amancio" é muito rico e não necessita de se esforçar para ter uma boa vida, seus interesses são únicos e exclusivos em aproveitar as facilidades que seu dinheiro lhe proporciona.
Desde a sua chegada, o rapaz é cercado por pessoas que se dizem amigos mas que querem aproveitar de sua situação. A maioria das pessoas que se aproximam dele são de confiança e as poucas que lhe restam para manter amizade ele trata de decepciona-las.
Com o pretexto de estudar e construir uma carreira ele chega ao Rio mas logo se encontra com um antigo amigo do Maranhão que lhe apresenta "João Coqueiro", que por sua vez tenta tirar a maior quantidade de dinheiro possível do jovem e até planeja casar Amâncio com sua irmã mas os planos não saem como esperado.
Por diversas vezes o provinciano se encontra em situações complicadas e na pior encrenca que Amâncio se mete (provocada por João Coqueiro e por si próprio), consegue se livrar mediante a sua facilidade em discursar e ganhar a opinião das pessoas mas acaba tendo um encontro inesperado com João Coqueiro que na sua fúria de ter falhado em seus planos e nenhum dos dois acaba "vencendo" a causa.
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Kaique 30/10/2012

Venceu minhas espectativas
O começo do livro não parece tão promissor, é chato até. O livro começa a ficar interessante com a apresentação dos personagens, e com os conflitos que ocorrem na casa de pensão. Demorou um pouco para o livro prender minha atenção. Mas lá pelo capítulo XVII não consegui parar de ler. A história que até então ia se desenvolvendo sem muita ação, começa a mostrar novos desfechos e desenvolvimentos que me fez prender a atenção na leitura. Aluísio Azevedo narra a história de uma forma diferente, muito bem escrita. Recomendo a leitura à todos.
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Guy 14/05/2012

A sociedade no tempo da corte.
O dramático confronto entre sonho e realidade na infeliz trajetória de um provinciano na corte.
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Neidinhap 18/04/2012

Como toda quase toda leitura de literatura brasileira...é um tanto cansativa..mas gostei do livro..o outro livro de aluizio de Azevedo (O Cortiço) é melhor..porem achei um livro satisfatório.....
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@apilhadathay 14/11/2011

Resenha - Casa de Pensão
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Desconfia de todo aquele que se arreceia da verdade. (P. 11)
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Amâncio é um jovem dissimulado, com traços de complexo de Édipo, que sai do Maranhão para o Rio de Janeiro, na intenção de estudar Medicina. Tem no espírito as marcas da injustiça do mundo e um irreversível talento para se apaixonar por mulheres casadas. Aos 21 anos, acaba de deixar a casa com a figura amorosa de sua mãe e o regulador velho Vasconcelos, e passa a viver em outro núcleo familiar, cuja base são as relações financeiras, de interesse, sem vínculo afetivo. Hospeda-se na casa do senhor Campos, um funcionário público bem posicionado na vida e que muito deve à família de Amâncio.

Mesmo que a esposa de Campos, dona Hortênsia, não tenha concordado com a hospedagem, por não confiar em estudantes, ela acaba aceitando. No meio do caminho, porém, ele se muda para a Casa de Pensão de Madame Brizard, e lá vemos uma variedade de moradores que mostra o centro da história - acrescenta ao cenário as teias da promiscuidade, desvios comportamentais, vícios, e toda sorte de jogos de interesses... Você também vai espiar pela janela do quarto vizinho?
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Resenhar um clássico é um desafio e tanto. Vamos lá!
Casa de Pensão, do mestre Aluísio Azevedo, não foi lançado como livro, a princípio. Ele foi publicado como folhetim, sendo muito bem recebido pelo público brasileiro, nos idos de 1883, e baseou-se em um caso real e polêmico da época, que teve um fim trágico. A proposta do autor é fazer uma análise sobre a convivência nas casas de pensão - no livro, com foco no Rio - considerada por ele um aspecto típico, porém infeliz da nossa sociedade. Depois da leitura, percebo como é verdade.

O livro carrega a alma do Movimento Naturalista, bem ao estilo Azevedo, mestre da descrição viva. Dentre os autores brasileiros que li, ele é o melhor no quesito “Dar vida à imaginação pelos detalhes”. Mas não cai no retrato chato e cansativo; sim, a linguagem do século XIX é complicada, e muitos termos caíram em desuso porque a língua evolui continuamente, mas as descrições que Azevedo constrói, tanto neste livro como em O Cortiço, são de um caráter dinâmico, vivo, cheio de cores, aromas e sabores; você pode visualizar em cores uma cena escrita em tinta preta, com uma riqueza de detalhes impressionante.

A principal marca do livro em relação à sua escola ou estilo de época são: o cientificismo e o determinismo. Os avanços tecnológicos que tomaram conta do cenário no século XIX são uma marca registrada do Campos, que compra qualquer novo aparelho no mercado, sendo uma espécie de consumidor beta. Ele é um bom personagem, que eu gostaria de tê-lo visto mais em foco.

O próprio Amâncio acaba por ser uma figura complexa: produto de todos os conflitos psicológicos a que foi submetido desde a infância, tendo crescido com uma visão tão negativa do mundo, acabou por tomar decisões que, só em sua visão, eram corretas. As paixões e amores têm diferentes visões abordadas no livro, mas aquelas movidas por interesse se destacam, mesmo camufladas por belas palavras.


***
Não acredito nesse amor cauteloso e metódico, que de tudo de arreceia, que se não quer expor, que tem calma para medir todas as conveniências, que teme os olhares, os ditos, as considerações de todo o mundo, que vem finalmente mais da cabeça que do coração!
- Não acreditas, então, que eu te ame?...
- Não, decerto! (P. 216)
***

Apesar de não ter se tornado um dos meus livros favoritos, achei interessantes as formas de manipulação – tão reais, e o cotidiano em uma Casa de Pensão, de que só ouço falar, porque nunca tive essa experiência e acredito que ela é reservada a pessoas fortes. É um grande livro, o marco de uma época e Aluisio, um dos nossos maiores autores.

Encontrei algumas falhas de digitação no livro, mas nada que prejudicasse o entendimento. Ele é dividido em 22 capítulos médios e, apesar de não gostar de edições de bolso, preciso admitir que são um ótimo meio de aumentar a nossa coleção com bons clássicos!
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Gláucia 27/02/2011

O mundo é dos espertos.
Amâncio, um rapaz ingênuo sai do Maranhão para cursar medicina no Rio de Janeiro e acaba se deslumbrando com a fervilhante vida boêmia da capital. Conhece as pessoas erradas como João Coqueiro, dono da pensão onde o rapaz vai morar. O espertalhão passa a usar sua irmã Amélia, por quem Amâncio se apaixona, para explorar o rapaz e espremê-lo até o último mil-réis, uma espécie de real da época. O pobre rapaz vai passar por muitos maus momentos antes de descobrir que muito melhor teria sido se tivesse ficado quietinho estudando anatomia (não comparada) no seu canto.
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Olivia 02/01/2011

O realismo é fascinante mesmo!
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