Casa de Pensão

Casa de Pensão Aluísio Azevedo




Resenhas - Casa de pensão


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pampamcviana 23/07/2023

A vida como ela é
Como já comentado em resenhas anteriores, um clássico não é um clássico à toa. Apesar de algumas (pequenas) mudanças culturais, a história do livro poderia muito bem acontecer nos dias atuais. Nela, mostra-se o ser humano sem "máscaras", com todos os seus ardis e interesses. Inclusive é muito interessante a questão dos "interesses". Todo relacionamento é baseado nisso, e nem sempre é algo ruim. Mas, no caso do livro, foi.

Um breve resumo sem spoilers: Amâncio é um maranhense que vai para o RJ estudar medicina. Nem tanto pelo curso, mas pelo lugar. Seu histórico de vida o fez dissimulado e manipulador, e ele queria uma rotina boêmia e "namoradeira", sem responsabilidades. Encontra um amigo, o Paiva, que o apresenta para João Coqueiro. Este o convida para morar em sua pensão, e após um plano elaborado, consegue convencê-lo. A partir daí a história se desenvolve, baseada na Questão Capistrano, um caso verídico (é interessante, podem pesquisar no Google).

Gostei muito da forma irônica usada para apresentar os diferentes personagens, sem hipocrisia. Ninguém é "mocinho", talvez todos sejam "vilões". Muitas questões psicológicas são colocadas em pauta, principalmente as vindas da infância. Lá é colocado que você é fruto de seu meio, no caso a família, e a forma como é criado vai impactar em seu caráter como adulto. Além disso, apresenta os relacionamentos sem romantização, inclusive questionando a ideia do casamento. A única romantização percebida foi a de Amâncio por dona Ângela, sua mãe. O final cortou meu coração.

Espero que, quando lerem este livro, gostem dele assim como eu.
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@dojogoaoslivros 08/08/2023

Um clássico para quem quer começar no gênero.
EXPERIÊNCIA DE LEITURA

Casa de Pensão | Aluísio Azevedo | Clássico Brasileiro (Ficção) | Editora Principis | 320 páginas ?

? Inspirado na ?Questão Capistrano?, crime ocorrido em 1876 no Rio de Janeiro, Casa de Pensão foi originalmente publicado em 1884, sendo uma representação clássica do naturalismo no Brasil.

?? O livro retrata de forma simples a vida cotidiana de seus personagens, trazendo muitas características descritivas, sempre de forma muito firme, a realidade tal qual ela era, abordando questões de gênero e o papel da mulher na sociedade do século XIX, além das relações sociais, a hipocrisia, as injustiças e muitas críticas sociais.

? Nesse contexto, somos apresentados a personagens questionáveis, não sendo possível de forma muito linear definir se ama ou odeia. O Amâncio, por exemplo, é um playboyzinho ? como diríamos atualmente -, não está nem aí para nada, tem um nome de peso e boas relações sociais. O que lhe importa são festas, mulheres e aquilo.

? A respeito da narrativa, apesar de ser um livro clássico, sua leitura é muito tranquila. Claro que temos palavras desconhecidas e contextos que precisam de uma leitura um pouco mais atenta, mas de forma alguma isso faz com que se torne um livro chato ou sem sal. A minha edição, por exemplo, tinha vários rodapés que auxiliaram e muito na compreensão textual. E se querem saber, se desejam começar a ler os clássicos, recomendaria muito esse para dar início.

?? De toda forma, precisamos ponderar, que essa história não quer entregar tudo de uma vez. As coisas vão acontecendo aos poucos, nos tirando risadas e nos prendendo até o fim para saber o desfecho de tudo. Se puder citar algo que realmente me incomodou, foi que o protagonista que não aprendeu nada com sua experiência. Faltou desenvolvimento emocional!

?? E sim, eu gostei muito da leitura e pretendo ler mais livros do autor.

?AVALIAÇÃO FINAL: 4.5 Estrelas
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najuliass 16/08/2023

"Amar, tu! E porventura saberás ao menos o que é o amor?! Algum dia experimentou, por acaso, o ciúme, o desespero, a loucura, a que nos conduz o objeto amado!"
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Rayssa 21/08/2023

Não tem muito o que falar sobre o livro. A leitura não é muito fácil.
Ninguém presta nesse livro. Por um momento eu me esqueci do que acontecia no final do livro.
Li porque queria saber como a história se desenrolava.
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Amanndah 23/08/2023

Casa de pensão
Uma literatura clássica, onde é notável a realidade da época e a circunstâncias e consequências que tem determinados fatos, é riquíssimo de conhecimentos da época e informações acerca da mesma.

Amâncio a figura do clássico, é um jovem dotado de curiosidades joviais, que se depara com uma realidade oposta, a que vivia, ao ir cursar medicina na Corte, dotado de liberdade para agir e fazer o que bem entende, vai entrando em reviravoltas com consequências trágicas. E no decorrer dos fatos vai encontrando diversas pessoas que dizem-se seus amigos, mas só dão verdadeira importância a riqueza material do rapaz.
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Lulu 18/10/2023

A obra é literalmente o próprio naturalismo por conta dos comportamentos humanos. O autor retratou justamente a sociedade e suas falhas em uma descrição minuciosa e narrativa lenta.
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Isabel 24/10/2023

"Casa de Pensão" foi o terceiro livro do Aluísio Azevedo lido por mim e, ao meu ver, foi a melhor leitura que tive dentre os três (seja pelo costume com a escrita já adquirido ou o enredo que chamou mais a minha atenção). Ninguém é bom nesse livro, cada um com seu mal caratismo de acordo com o meio em que vive. Amâncio vê as mulheres e pobres como pessoas que estão ali para o servi-lo, e mesmo repudiando o pai, acaba por se ver como ele em muitos momentos: é arrogante, preguiçoso, mimado, convencido e tolo. Amelinha e Lucia, uma das principais mulheres na obra, são traiçoeiras, interesseiras e mentirosas. Aluísio Azevedo concentrava suas obras na denúncia das mazelas da sociedade, enfatizando sua perspectiva sobre a sociedade brasileira, e Casa de Pensão retrata bem seus pensamentos a respeito. Bom livro, com bom enredo que chama e prende a atenção. Recomendo.
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Carolina.Gomes 15/11/2023

Desventuras de um sedutor
Essa leitura não estava na minha TBR, mas, a partir de um video da Isa, fiquei curiosa.

A partir de um crime que ocorreu em 1876, no Rio de Janeiro, o autor construiu esse romance.

Eu sabia apenas que o fato foi de grande notoriedade na cidade e causou comoção pública, mas optei por não pesquisar nada a respeito. Descobri recentemente, que Machado se inspirou no fato para escrever um conto: Histórias de quinze dias.

Foi babado!

Amancio é o protagonista da história: Um rapaz provinciano, mas muito rico, que se desloca do Maranhão para o Rio de Janeiro, então capital da República, a pretexto de estudar.

Muito empolgado com nova vida no Rio de Janeiro, bolso cheio de dinheiro, mulherengo e gastão, não demorou a atrair os olhares cobiçosos das caça dotes e colegas aproveitadores.

Embora o objetivo da viagem fosse, em tese, estudar, tudo o que Amancio menos fazia era dedicar-se aos livros. Seu empenho era em seduzir as mulheres, sem se importar com o estado civil destas. A conquista era o divertimento preferido do rapaz. E quem com muitas pedras bole, na cabeça uma lhe dá. Já dizia minha avó?

Como todo malandro pensa que pode passar incólume, não contava ele com a astúcia de um colega de faculdade e as artimanhas para extrair-lhe o máximo de dinheiro, usando como isca, a irmã.

A escrita é muito boa, Aluísio descreve bem o cenário, os personagens e suas características, trazendo verossimilhança à sua narrativa.

Cheguei a achar que tinha desvendado o tal crime, mas eu estava enganada. Não totalmente, mas o desdobramento foi inesperado.

Fui pesquisar o evento infausto e verifiquei que não transcorreu como no livro, servindo apenas como inspiração livre. Aluísio abusa do sarcasmo, para desmistificar a pose da sociedade carioca da época.

Achei, em alguns momentos, que certos personagens e eventos nada agregaram à trama, mas isso não comprometeu a narrativa.

Foi uma boa leitura, mas não diria que é indispensável.

Do autor, sigo preferindo O cortiço e O mulato, nesta ordem.
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Jorge Luiz da Silva 09/12/2023

Envolvido com pessoas erradas
Amâncio tinha dinheiro e patrimônio recebidos por herança... Tinha uma vida inteira pela frente, mas se envolveu com as pessoas erradas...
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Marcos774 14/12/2023

Maravilhoso!
A história é centrada na pessoa de Amâncio, um jovem que tem uma família com dinheiro e vai se aventurar na cidade do Rio de Janeiro. Lá ele vai ficar em pensões, por isso o nome "Casa de pensâo" e viver amores e ser alvo de cobiça e tramas para "pegar seu dinheiro". O livro retrata o RJ naquela época e os personagens são praticamente todos sem escrúpulos e você dificilmente vai gostar de algum. Coisas que mexem comigo são relações entre mãe e filho. Não tem jeito, eu me emociono. Pra mim 5 estrelas favoritado.
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Renato 22/12/2023

Um mergulho na sociedade brasileira do século XIX
Jovem de família rica do Maranhão muda-se para o Rio, então capital do império, para estudar medicina. Seu interesse pelos estudos é quase nenhum, tendo por outro lado uma sede obsessiva por mulheres, farras com amigos e noitadas. No fundo não passa de um riquinho pretensioso, iludido e sem muito discernimento, quase sempre explorado por amigos, interesseiros e, principalmente, por interesseiras.

São fantásticos os personagens que compõem esse universo, hoje desaparecido, das casas de pensão, onde se misturavam uma classe relativamente bem posicionada, dividindo como inquilinos o espaço em casarões ou sobrados que já haviam vivido dias mais nobres. Desfilam pelas páginas figuras que não demonstram nenhum caráter ou ética, manobrando de forma mesquinha apenas em busca de vantagens pessoais.

Aluizio Azevedo desenvolve como mestre as facetas dos personagens, suas tramas, seus escândalos, nos fazendo avançar com interesse pela leitura. Como clássico, este é um livro infalível nas listas de leituras escolares, mas pode e deve ser lido apenas pelo prazer da boa leitura.
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Maria.Barreto 19/01/2024

Casa de pensão
Uma história clichê com traições, interesses financeiros, briga em família e um final que poderia ser diferente. Porém a escrita é incrível, um línguajar que dá gosto.
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paulo.h.moura 08/02/2024

A história se inicia com a chegada do jovem Amâncio, um maranhense de família muito rica, ao Rio de Janeiro para estudar medicina. Entretanto, a única coisa que o atraia eram as mulheres, festas e badalações. Todos os seus "amigos" não passavam de pessoas interessadas em seu dinheiro. A obra deixa bem claro seu estilo naturalista, mostrando como o ambiente modifica o comportamento do indivíduo.
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hafronita 09/02/2024

Entre traições e assédios, por debaixo dos panos desse livro
Com ares fantasmagóricos de um passado secular tão distante, o autor consegue introduzir uma presença enraizada de dias atuais em uma obra tão antiga. Começando a trama, percebemos um ambiente hostil, com muita sagacidade ao entorno, com pessoas que estariam a ajudar o estudante do primeiro ano de medicina, Amâncio, a se estabilizar no Rio de Janeiro. A partir daí, Amâncio, com suas vinte primaveras, deslumbra-se-ia com os ares da capital do Brasil, na época, relembrando de como era em sua província. Dono de si, com a juventude à flor da pele, Amâncio não escapava de amores de uma noite, uma mentira sutil e toques forçados.

Após um encontro com amigos, onde os sabores alcoólicos dançaram em seu paladar como estrelas em uma noite escura, Amâncio se vê imerso numa acolhida sombria, iniciando sua jornada numa casa de pensão. A partir disso, o contexto da época, marcado por uma hierarquia social e racial, demonstra como Amâncio, um provinciano bem-sucedido, se contrapõe com histórias tão mal-vividas.

A juventude bate à porta dos pensamentos em sombras, onde a névoa do interesse financeiro paira mais densa do que a necessidade vital de autodescoberta. Todos em torno do jovem pobre fixavam-se em seus bolsos repletos de mil-réis, ignorando sua ânsia por reconhecimento genuíno. O autor traça uma conexão entre suas ações e alegorias do passado: Amâncio é um traidor por ter sido relegado ao esquecimento e se refugiar nas ruas; ele é um benfeitor devido à astúcia que desenvolveu nessas mesmas vielas; ele não confia por causa das relações tumultuadas com seu pai ? por muito tempo, teve que ocultar sua verdadeira essência para se adequar à imagem de um filho viril aos olhos do velho Vasconcelos.

Vivenciando seus meses em uma casa de pensão luxuosa, o enredo continua sendo o mesmo: Amâncio arcava com despesas e era rodeado de carícias, tudo em prol de um plano promovido pela dona da casa e seu marido. Dando mais ênfase na sinopse, arcamos com a ideia de acompanhar, em um narrador-personagem-observador, um crime no Rio de Janeiro. A história se encaminha a dar margens a um adultério.

Aluísio de Azevedo soube estruturar muito bem, em mais de 300 páginas, um ápice e um plost-twist muito bem arquitetado. Não apenas em relação à dúvida de ?qual crime?, mas também a de ?como se deu o crime?. Não apenas do crime, como também o leitor começa a se questionar pelos valores tracejados e escancarados na obra: a questão do machismo, da escravidão, do conceito de pátria, do laço matrimonial, as relações com as famílias e, além, de como você se enxerga na sociedade. O último tópico vem junto da cobrança em excesso de posicionamento e busca de uma família com herança, negócios bem fluídos e de um casamento apenas com alguém que tenha dinheiro; Amâncio era o protagonista certo na vida de todos aqueles que encontrou ao longo de seu ano no Rio de Janeiro.

Termina-se o livro com questões sociais levantadas a questão da pobreza, da mentira, do próprio crime recém-mencionado e sobre o romance. É elencado como jovens preferem a vida do desapego, como homens descartam essa vida por uma boa mulher que cuide da casa e das crianças, assim como se é planejado um arco memorialista: as suas relações refletem aquilo que você é ou aquilo que você acha que é? Aprende-se muito com Amâncio, também há de se odiá-lo, como também é uma obra de 1884 que não saiu dos anzóis do século XXI.
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Tamires Felix 15/02/2024

Surpreendente!
Desde que eu li "O Cortiço" desejava ler mais obras do Aluísio Azevedo e fiquei muito surpresa com o final de "Casa de Pensão". Inclusive, descobri que a obra é baseada em um caso real: a questão Capistrano. Eu não fazia ideia! Estou prestes a considerar o Aluísio Azevedo como o meu escritor brasileiro favorito. Rsrs

"Às vezes, quem tudo quer, tudo perde!..."
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