Cia do Leitor 19/12/2018
Esquecer o Natal
Esse ano me senti tocada pelo espírito natalino, não apenas por conta de estarmos em dezembro, mês que comemoramos o natal, mar por nunca ter lido nada com essa temática.
Após ler a sinopse do livro Esquecer o Natal de John Grisham, senti-me atraída pela premissa de um livro divertido e cheio de reflexões.
Nele fui apresentada à família Krunk, que logo nas primeiras páginas vivam um momento dramático no aeroporto, onde Luther e Nora estão se despedindo de sua filha única Blair de vinte e três anos, que estava partindo para o Peru em missão de paz em plena vésperas de natal. Ela havia sido convocada pela cruz vermelha para uma missão de paz e faria residencia lá por tempo indeterminado.
Os Krunk era o tipo família tradicional, bem quistos pela vizinhança, sociáveis e prestativos. E NUNCA, eu disse nunca deixavam de comemorar o natal la moda americana. Mesa farta, muitos convidados e uma decoração natalina de parar o trânsito.
Se não bastasse estar distante de sua filha por um ano, não teria sua presença naquele natal, noticia essa que foi recebida por sua esposa com grande comoção. E esse fatídico fato fez\ com que Luther mudasse de panos. Já que não teria Blair por perto, não faria sentido comemorar o natal sozinhos, e somando o fato de sempre ter gastos desnecessários com enfeites, comidas, cartões natalinos, presentes. Luther resolveu que o melhor seria ele e sua esposa usar suas economias comum cruzeiro nas terras caribences.
E essa noticia não foi bem recebida pelos vizinhos que acharam um absurdo os Krunks pularem o Natal, não comemorar essa linda festa era um sacrilégio, um ato de loucura, imperdoável! A noticia se alastrou por toda a cidade e levando todos ao furor de tanta indignação.
É então que foi declarado uma guerra ao casal que só queria ter um natal diferente, a sós e em paz.
Quando escolhi este livro para leitura natalina, confesso que esperava gargalhar com as atrapalhadas e situações inusitadas do casal Krunks, mas ao contrário do imaginado, eu me peguei compadecida com o drama do casal, e claro, ri de algumas situações inesperadas. Mas, devo mencionar que achei um abuso vizinhos quererem atrapalhar os planos do casal Krunk. Eles usavam muito a expressão: "pular o natal" para justificarem e repudiarem a decisão deles de curtirem o natal de forma diferente do tradicional.
Sério?! Não tem como pular algo que esta ali diante da gente.Me imaginei materializando no livro e intercedendo só pra dizer: Eles não vão deixar de festejar o Natal. Só o fará em um lugar diferente, de forma diferente e com pessoas diferentes. Ao invés de curtir em casa será em um navio. Querem para de ser pé no escroto?! Ufa, desabafei. :)
Eu sei que o autor tinha a intenção de nos mostrar o quão maravilhoso é o natal e enfatizar que o amor e o natal andam de mãos dadas. A valorizar nossos amigos, a não menosprezar, apagar a chama dentro por conta de uma causa que achamos estar perdida, a ser menos azarentos, blah blah blah... Maaaaas, não posso ignorar que temos livre arbítrio, podemos e temos que fazer escolhas desde que não prejudiquemos ninguém. Se o casal Krunk resolveram passar o natal fora e economizar pra isso, o que os vizinhos, a cidade te a ver com isso?
Tah, sei que Luther foi um pouco cabeça dura ao tomar, ou deixar de tomar algumas atitudes que não lhe custariam nada e amansaria o coração dos mais aflitos. No entanto o autor soube conduzir bem a historia de forma que tudo se encaixou bem, de forma que a mensagem reflexiva foi entregue a nós leitores com êxito.
No geral é um livro leve, feito pra nos divertir, tiramos dele muitas reflexões como já disse aqui uma trezentas vezes. Mas, também nos indignamos, falo por mim..rsrs No entanto, achei a adaptação cinematográfica "Um Natal, Muito, Muito louco" deveras superior ao livro, esse sim, me arrancou gargalhadas. Indico também!
É um livro fininho, com uma escrita de fácil entendimento e mais uma vez, divertidíssima.
Indico essa leitura para todos. -Depois assista o filme. hehehe
Boa leitura.