Toni 16/09/2023
Uma profunda reflexão da mudança
Bom, ainda falta duas páginas para finalização da leitura do livro, mas acredito que já posso começar nessa resenha aqui. Eu, sim, me vi em Steve Jobs. Não como um gênio que mudou o mundo com sua forma de pensar, de agir ou por grandes feitos, mas sim pelo sentimento e dedução sobre as coisas da vida.
Não sou nada disciplinado (questão que a anos venho mudando na minha vida ao longo desses 2 anos), em partes porque não tive uma infância, nem uma adolescência, muito motivada à isso. Sempre fui muito hedonista, com minhas vontades e desejos acima das minhas responsabilidades e obrigações. Bom, um dia isso teria que mudar e eu teria que enxergar a vida como ela realmente é, e não como eu queria que ela fosse.
No começo desse ano, eu me propus a mudar muita coisa nos aspetos da minha vida e uma delas seria minha postura perante as prioridades dela (não tenho mais tempo pra tanta diversão, agora preciso deixar um legado).
Steve, nesse livro, me lembrou disso novamente, mas não de um forma um tanto quanto enfadonha ou chata (como são as maiorias dos livros de autoajuda), nem tão pouco com frases batidas, que pra mim não tinham significado nenhum. A biografia de Steve Jobs não é somente sobre ele, não é somente sobre as conquistas e sobre os seu jeito de ser, essa biografia tem muito mais do que isso, tem o próprio DNA de Steve, tem uma filosofia de vida e um estilo de viver, tem a essência do minimalismo no seu mais puro significado (entender muito sobre algo, cair de cabeça, de forma extrema, sobre as complexidades de algo para que as deixem o mais fácil e simples possível).
Eu tinha uma visão um tanto quanto questionável sobre o livro, sobre o pensamento meritocrático (apesas de ainda possuir muitas ressalvas sobre esse assunto, principalmente quando se adentra no fator sociológico), mas no fim de tudo eu entendi o que Steve quis passar com o trabalho duro e inteligente. Não é só sobre fazer algo para o mundo, é sobre fazer algo que dure, que tenha um objetivo, que denha responsabilidade, que tenha qualidade, respeito com o consumidor, respeito para com o cliente e usuário, que tenha apreço e paixão pelo o que se está fazendo. Não é sobre o dinheiro, mas sim sobre o que ele pode fazer para melhorar a expectativa de vida, a qualidade do produto, a qualidade da empresa, é sobre um serviço ou produto feito com tanto afinco, amor e paixão, que o usuário se sente acolhido por ela ao ponto de criar um vínculo espiritual.
Obrigado Steve, por essa mudança de visão!
PS mas ele era sim um babaca insuportável, controladornato, com complexo de Deus e didator empresarial. Enfim...