Grande Sertão: Veredas

Grande Sertão: Veredas João Guimarães Rosa
Eloar Guazzelli




Resenhas - Grande Sertão: Veredas


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Maiara.Alves 20/06/2021

Favorito da vida!
A obra, uma das mais importantes da literatura brasileira, é elogiada pela linguagem e pela originalidade de estilo presentes no relato de Riobaldo, ex-jagunço que relembra suas lutas, seus medos e o amor reprimido por Diadorim.

A narrativa não é apenas ambientada no sertão, vai muito além disso. Em Grande Sertão: Veredas o sertão atua como um personagem que tortura, encanta e evolve os leitores com toda a sua misticidade, do mesmo modo que age sobre Riobaldo, Diadorim, Joca Ramiro e todos os outros personagens.

Confesso que as primeiras cento e cinquenta páginas foi de uma leitura difícil e lenta, porém mais a frente foi tudo se encaixando.
O desfecho não será contado, mas adianto que é forte e movido de muita emoção. É sensacional como uma obra dessa mexe com o emocional e no final, na ultima página a gente fica estarrecido.

O livro é simplesmente maravilhoso. Daqueles que não se esquece. Marca o leitor e João Guimarães Rosa não faz por menos, sua forma de contar histórias nos permite fazer parte de um universo totalmente diferente do nosso.


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Carol 24/06/2021

Grande Sertão: Veredas
Essa obra me desdobrou em várias. Primeiro porque achei um dos livros mais difíceis que já li na vida, mas insisti mesmo assim. Guimarães Rosa é um grande "frasista". Além disso, ele cria uma maneira própria de direcionar a história - quase uma vereda mesmo, tortuosa -, e com o tempo de leitura você vai se acostumando. A história vai e volta, porque Riobaldo narra à um ouvinte que torna-se uma incógnita durante todo o livro. Existem teorias que dizem que esse ouvinte era um psicanalista, outros dizem que é um alter ego do Riobaldo. De todo modo, é um livro sobre sertão e sobre a vida. O sertão é real e metafórico ao mesmo tempo. Riobaldo narra suas dores, suas dúvidas, no sertão ele enfrenta os seus piores monstros, mas como ele mesmo disse, no fim das contas: "O sertão é dentro da gente".

Guimarães Rosa era um gênio.
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Lu F. 30/06/2021

Um clássico.
Eu tive dificuldade com a linguagem do livro e achei ele bastante denso, pesado. Eram muitos nomes, eventos, gírias e tudo me deixou um pouco confusa. Tive vontade (o livro todo) de trancar o Riobaldo e o Diadorim em um quarto e só abrir a porta depois que eles tivessem se declarado um para o outro.

Uau, é um livro obrigatório para todo brasileiro, digo com tranquilidade. A riqueza de detalhes tornam esse livro um clássico clássico. Muito bom!
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Aline 06/07/2021

Grande Sertão: Veredas (GSV) - João Guimarães Rosa (JGR)
Mire veja: já começo dizendo a vocês que ler esse livro é perigoso, você pode se apaixonar num tanto que esse pode virar um dos livros preferidos da sua vida, bom, não sei, mas, vou contar melhor como aconteceu comigo.

JGR é da ?Terceira Geração? do Modernismo, que se preocupa com a forma de expressão literária, o sentido ?estético? do texto, o autor tem uma forma incrivelmente criativa e poética pra contar essa história e isso me segurou do começo ao fim, li esse livro em 7 dias, o que pra mim foi uma surpresa enorme, porque comecei com muita dificuldade na linguagem e depois fui me acostumando, até, enfim dar a mão pro Riobaldo e deixar ele me levar na travessia pelo sertão!

A história é um monólogo ou um diálogo (Segundo Schwartz ?um diálogo pela metade? ou como diz Coutinho ?monólogo-diálogo?) das memórias do Riobaldo, o Tatarana. Em 3 dias ele conta toda sua vida para um interlocutor que não sabemos quem é ? um tal ?senhor?.

É um romance de formação, repleto de ambiguidades, simbolismos, elementos contraditórios, como: o bem e o mau, Deus e o Demônio ? E há uma revolução na linguagem, o que é GENIAL! JGR brinca com as palavras fazendo o lirismo chegar lá no fundo da alma! O tema da obra é mostrar pelo ângulo psicológico a vida aventurosa do jagunço, porém, vai muito além, como diz Clarice Lispector: ?ultrapassa o limite imaginável?.

Existem inúmeros textos complementares, muitos são os renomados críticos literários que até hoje fazem interpretações da obra, uma obra plural, híbrida, indagadora, regional e universal, com certeza uma das mais importantes da literatura brasileira.

Entre os textos de apoio que li destaco esse da foto do Eduardo Coutinho ?Travessias? que é excelente para expandir o olhar e entender melhor alguns pontos, também li os textos de apoio dessa edição da Companhia das Letras, inclusive que edição maravilhosa, indico demais ler por essa. Ainda quero ler muuuitos outros livros de apoio, e reler esse livro do sertão muitas vezes! Esse é um livro que a cada releitura cresce mais! Que experiência sensacional!
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Paula.Juca 10/07/2021

A vida é uma travessia
Livro denso, cru. Existe amor no sertão, existe Deus e o diabo também. Tudo depende do momento e da circunstância. Viver é muito perigoso
Se quer começar ler este livro, saiba que te dará trabalho é por vezes longa a travessia mas ao final entenderá que o que a vida quer de ti é coragem, insista ?
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Hamilton* 11/07/2021

UM DOS MELHORES LIVROS QUE EU JÁ LI
Guimarães desenvolve de tudo nesse livro, de uma ambientação completa e imersiva, que te faz se sentir em meio aos jagunços, aos dilemas da mente de Riobaldo. Mas de longe o que mais me fez amar esse livro, foi o modo que ele abordou os sentimentos, ele faz isso de maneira tão bela e complexa, que o seu sentir se mescla com o do protagonista, de maneira que fica praticamente impossivel se separar. Uma parte que tenho que deixar clara é o final desse livro, que é fantástico é me deixou completamente destruído, e impossibilitado de recuperar essa parte de mim que deixei no livro.
Ahh, é na minha opinião o Jagunço Riobaldo não fez aquilo.
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BiolaBlues 12/07/2021

Obra Prima da literatura lusófona.
Sem dúvida está entre o que melhor se fez na literatura brasileira. Livro que frequentemente presente nas listas das maiores obras literárias de todos os tempos segundo aficcionados pela literatura. Figurando entre as obras de Shakespeare, Dostoieviski, Cervantes, Saramago, Garcia Marquez, Kafka, Hemingway, Goethe, cujo o clássico Fausto serve de comparação ao Grande Sertão de Rosa.
Só não é mais cultuado no mundo pelo fato que nenhuma tradução poderia chegar perto de transmitir as sensações que as digressões linguísticas, neologismos e a linguagem sertaneja podem causar ao leitor nessa verdadeira epopéia.
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raafaserra 13/07/2021

OS MIL SERTÕES
"Naqueles olhos e tanto de Diadorim, o verde mudava sempre, como a água de todos os rios em seus lugares ensombrados. Aquele verde, arenoso, mas tão moço, tinha muita velhice, muita velhice, querendo me contar coisas que a idéia da gente não dá para se entender - e acho que é por isso que a gente morre."

É com trechos assim que Guimarães Rosa nos capta em seu universo. Com um toque sinestésico e sensibilidade singular, Guimarães mistura tudo: paixão, secura, o bruto e a delicadeza em meio ao selvagem, nos lançando em um mundo que possui uma nova linguagem (a questão da linguagem é tão forte que, nas primeira páginas, cheguei a me perguntar se fui realmente alfabetizada, kkkkkkkkkk). Mas vale a pena insistir, pois, em um piscar de olhos, nos deparamos fluentes, incessantemente curiosos pelo protagonista Riobaldo e seu bando de jagunços além de, é claro, pela sua conturbada relação com Diadorim.

Um livro que te faz viajar, ler e reler frases não por não entedê-las, mas somente para senti-las novamente. Com Riobaldo, compartilhamos a descoberta dos sentidos (físicos e espirituais) da vida, o que leva cada leitor a ter uma experiência única com a obra. 10/10.
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Luh 18/07/2021

Genial
A leitura começa a arrastada, mas logo pegamos o embalo e não conseguimos parar de ler. Obra genial do Guimarães Rosa.
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Mayara666 23/07/2021

Genial!
História perfeita! O autor transporta a gente com a linguagem para o Sertão!
Confesso que o início foi difícil. Só consegui compreender a linguagem lá pela página 50, mas depois a gente engata que nao para mais de ler.
Esse livro é uma sequência de ensinamentos. Tem uma frase para cada elemento da vida: vc quer saber sobre o vento, no GSV vc encontra algo. Quer saber sobre a morte? Tb tem. Quer conhecer o amor? Tudoooo tem até mesmo o diabo vc conhece pelas palavras e vida do Riobaldo ?
Deixo aqui toda a minha admiração pela obra. Perfeita! Meu livro ta todo rabiscado. Lia com um lápis na mão. Sempre grifando algum trecho importante.
Leiam. Nao desistam do livro. Posso dizer que vale a pena.
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JoAo.Victor 29/07/2021

Viver é muito perigoso
Estou completamente sem palavras para descrever esse livro, só digo que foi uma pena Guimarães Rosa não ter ganhado o Nobel de Literatura
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Fernando1355 30/07/2021

Riobaldo e Diadorim
A história é maravilhosa, por mais que tenha uma escrita sertaneja, não atrapalha muito o entendimento.

Até se acostumar com o estilo demora um pouco, mas é uma obra fantástica.

As melhores partes são sem dúvida o flerte entre Diadorim e Riobaldo.
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Fernando.Dias 02/08/2021

Nada menos que Incrível
Tenho que concordar com os comentários de muitos dos colegas aqui do Skoob. É difícil descrever o que senti ao ler esta obra magistral. Grande Sertão sempre me despertou curiosidade e medo. Pensava se tratar de um livro hermético, reflexivo, cuja única qualidade era a inovação na linguagem. E qual foi minha surpresa ao me deparar com tiroteios, batalhas, tocaias, pactos com o diabo, romance, lirismo e belíssimas descrições dos sertões de MG, BA e GO. Apesar de sempre ter vivido em cidades grandes, me identifiquei completamente com as estórias e causos contados por Riobaldo. Como se estivesse no meio de uma roda de prosa, ou acompanhando pessoalmente as andanças dos jagunços sertão afora. Brasil na veia!
A linguagem é uma atração à parte. Inicialmente o texto assusta um pouco, parece truncado, difícil e até confuso. Mas com o avanço da leitura acabamos 'nos acostumando' e percebendo o quão genial e original é a escrita de Guimarães Rosa. Sem dúvida um dos melhores livros que já li, e que me causou enorme impacto.
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Luiz 19/08/2021

"Viver é muito perigoso" no Sertão de Guimarães Rosa
Livro: Grande Sertão: Veredas
Autor: João Guimarães Rosa

Sem dúvidas esse foi, o primeiro ou o segundo, livro mais difícil que já li até hoje. Algumas das dificuldades são o elemento regionalista da linguagem e o diálogo em estilo monólogo retrospectivo e episódico; são alguns elementos que tornam o texto bem denso e de difícil compreensão. Foram cerca de 2 meses de leitura.

Entretanto, cabe ressaltar que foi um livro extremamente marcante, e que possui uma essência extraordinária. Possui ricos dilemas éticos a serem abordados, debates metafísicos do mundo, questões introspectivas, discussões sobre a natureza humana... enfim, um livro que realmente faz jus à um verdadeiro clássico da literatura brasileira e que com certeza supera muita literatura estrangeira.

"[...]é uma história de aventura - de violência, amor e morte -, extraordinariamente atraente e impositiva, capaz de envolver por completo o leitor. Tarda, no entanto, a começar, como se nos jogasse primeiro numa espécie de limbo ou de labirinto liminar, entre fios entrecruzados, antes de definir o rumo."
(Davi Arrigucci | O mundo misturado [posfácio] p. 493)

"[...]eu toda minha vida pensei por mim, forro, sou nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Divêrjo de todo o mundo... eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa. O senhor concedendo, eu digo: para pensar longe, sou cão mestre - o senhor solte em minha frente uma ideia ligeira, e eu rastreio essa por fundo de todos os matos, amém!"
(Riobaldo | Guimarães Rosa, p. 18)

"[...]dum conselho que Zé Bebelo [...]. Que era: que a gente carece de fingir às vezes que raiva tem, mas raiva mesmo nunca se deve de tolerar de ter. Porque, quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente; o que isso era falta de soberania, e farta bobice, é fato é."
(Riobaldo | Guimarães Rosa, p. 173)

"O que meus olhos não estão vendo hoje, pode ser o que vou sofrer no dia depois-d'amanhã."
(Riobaldo | Guimarães Rosa, p. 371)
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