vasilisamorozko 02/04/2023
Um Livro Que Vou Esquecer Rápido Porque Não É Nada Extraordinário
"E há um outro rumor, o de que encontraram petróleo na Herzolvaquia. Tenho a impressão James, de que muitas pessoas estão começando a se interessar por aquele pequeno pais."
Obs: "algumas pessoas" leia-se estados Unidos da América kikiki.
#30 - E lá fomos nós mais uma vez com mais um livro da Agatha, eu particularmente gosto quando os personagens dela são imãs de confusão quando eu me apego a eles, e Anthony Cade não me irritou loucamente até metade do livro então, eu gostei do livro (eu acho?), porque se eu tivesse achado ele chato desde o inicio não ia dar pra mim.
Anthony é um personagem engraçado até, foi ameaçado pelo barão pirulito e ficou "okay camarada, que a paz do senhor esteja contigo kkkk" pra logo em seguida soltar um "estou disposto a fingir que esse desenho patético aqui é uma representação cubista e bla bla" pra um maluco qualquer.
O homem não tem medo de nada cara!
Certo que depois da metade o livro se torna um pouco enfadonho porque a primeira trama das cartas fica meio nhé já que a moça com um corpo no quarto parece algo mais interessante, só que, depois de um tempo fica sem graça também.
Complicado.
Mas não é um livro ruim, ele é só um livro que não é tão grandioso ou realmente bom quanto outros da autora. Se você tiver realmente prestando atenção a coisa mais complicada dentro dele vai ser dizer "Herzoslováquia" e "Stylptich" mas se você for como eu e para a leitura em 30% e voltar três meses depois talvez você perca alguns detalhes que uniriam o quebra cabeça. Porque nada faz muito sentido, tipo quando Virginia deveria ter ligado pra polícia quando achou um corpo em sua casa certo? (mas aí não teria um livro, gênia) ou outras bobagens que os personagens deveriam ter feito e não fizeram acaba tornando o livro bem simples.
Agora falando do bingo Agatha problemática, tem uns trechos nesse livro que eu fiquei "uhh não tenho conhecimento completo para apontar isso como 'tal problemática' mas eu percebi hein" e tem outros que são ???? Igual ao Anthony fazendo piada sobre uma tal sociedade de eugenia, isso era pra ser uma piada besta ou um negócio que eu devia ficar "meu jesus" ou a frase "Jonhson sentia que os estrangeiros eram sempre passíveis de serem mortos a tiros" e eu fiquei será porque né?
Então não vou marcar nada afinal, mas vou falar desse trecho aqui que me fez parar pra pensar um pouco:
"Virginia, diga-me, você gosta um pouco de mim, não é mesmo? Mais que dos outros?"
"Adoro você, Bill, Se tivesse de casar com alguém... se fosse num livro e um mandarim perverso me dissesse 'case com alguém ou morrerá lentamente sob torturas' eu o escolheria imediatamente."
Isso aqui faria tanto sentido a uns 70 anos atrás porque você entenderia completamente a reverência do mandarim perverso (não que não deu pra entender) mas é que quando li esse trecho lembrei da música dona da felicidade da Eliana que tem o trecho "Perguntei pro mar, pro mágico chinês" e eu fiquei "da onde e essa maldita reverência meu deus??" Porque eu mesma nunca entendi, não sei se é de um filme, de algum livro, conto antigo ou lenda que foi esquecida no tempo, então fiquei realmente surpresa ao ver esse tal "mandarim" (não que seja o mesmo) sendo mencionado. Parece uma besteira mas eu queria saber a origem disso.