Kenia Pinheiro 24/07/2013
Ágil, inteligente, cheio de reviravoltas: um típico AC de alto nível.
Desta vez, a autora nos coloca a par da situação pré-assassinato de forma direta, sem que seja apenas contada pelos personagens. Depois do longo - e delicioso - prólogo, Poirot é efetivamente inserido na trama.
Astuto como sempre, o detetive desvenda o assassinato do possível primeiro marido de uma jovem viúva que, além de uma substanciosa fortuna, herdou o ódio dos familiares do marido morto.
Cada personagem é muito bem construído e suas intenções têm aquela ambiguidade típica das criações de AC. Mas, nesse, como acompanhamos cada um desde o início, dá para ter uma visão mais geral. Assim, acertar sobre o/a(s) assassino/a(s) se torna uma tarefa um pouco mais fácil, mas nunca sem uma grata surpresa, ao ver o brilhante detetive belga explicar cada detalhe.
Mas o livro tem um epílogo totalmente destoante e ridículo, que estragou completamente toda a história. O famigerado, antiético, descabido, machista, interesseiro capítulo 17! Se possível, pulem, pois é totalmente desnecessário!