Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


384 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Cris 02/07/2023

02.07.2023
Livro curto, mas instigante. O personagem principal, um escrevente de um escritório de advocacia que um dia resolve dizer "prefiro não fazer" para tudo que lhe pedem. Narrativa que nos faz ler sem querer parar para descobrir quem é esse homem diferente, intrigante da história. Gostei!
comentários(0)comente



Gabriela 09/04/2021

Tenso
O conto todo passa uma atmosfera completamente gótica (bem do romantismo norte americano mesmo), por mais que se passe em wall street.
Eu sou chata pra algumas coisas. Gostaria que a tensão aumentasse ainda mais durante a leitura. Mas o conto simplesmente acabou.
É ótimo pra reflexão sobre desobediência civil.
comentários(0)comente



Steph.Mostav 20/04/2021

"I would prefer not to."
Na primeira leitura, não cheguei a associar os autores, mas depois de reler, foi espontâneo associar essa novela de Melville com o tipo de histórias que Kafka escreveu. Bartleby pode ser visto como Kafka antes de Kafka, como Borges chamou de "fantasias do comportamento e sentimento". É uma narrativa do exaspero de um narrador que não se nomeia e cuja vida é tão desinteressante que nem mesmo ele nos dá mais detalhes sobre si mesmo além dos necessários para contextualizar a chegada de Bartleby. Porque é através do contraste com a vida tranquila e sem grandes reviravoltas do narrador que a presença de Bartleby se torna mais estranha e hipnótica. No contexto de alta exploração de Wall Street, a negação passiva de Bartleby de desempenhar o que seu patrão lhe pede é ousada a tal nível que contagia o próprio narrador. Ele não sabe o que fazer com esse homem que não realiza mais nenhuma tarefa e passa a até a expressar-se como ele e sentir compaixão de sua condição; este mesmo homem que em certo trecho da novela pensou com amargura que um reles escrivão poderia viver mais que ele. O comportamento de Bartleby só é visto como absurdo porque ele não segue a lógica de uma jornada de trabalho exaustiva (como era antes dele "preferir não fazê-lo"). Além disso, mais que o enredo, o que também impressiona é a forma de narrar desse homem que passa a questionar todos os raciocínios preconcebidos que tinha a respeito do empregado quando é confrontado da maneira mais pacífica possível.

"Basta que um único homem seja irracional para que os outros também o sejam, e o mesmo aconteça com o universo."
comentários(0)comente



Fabi 29/03/2023

Desperta várias interpretações
Ah! gente, que conto bom de ler. Adorei. Impressionante como ele dá margem para diversas interpretações. Bartleby, um escrivão "palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado" contratado como copista em um escritório de advocacia, simplesmente começa a recusar a realizar algumas tarefas e sua explicação é simples: Prefiro não fazer. A história é tão bem escrita que você começa a imaginar motivos e entra no embalo do enredo. Prefiro não contar mais pois corro o risco de dar spoilers. Após ler essa edição, acabei comprando também o da Antofágica pelos textos extras.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Lucas1429 04/08/2023

O escrivão fantasma
Novela curta, quase um conto moral, que apresenta a narrativa de um funcionário desprovido da intencionalidade em exercer suas funções laborais no serviço.

Vislumbrado pelo chefe (também narrador), Bartleby funciona como epítome da carga do sistema do capital. Em um cenário que granjeia a ambição e a subserviência do proletário à mecanização do trabalho, melville, que anos antes redigira em "Moby Dick" o desenvolvimento de um processo obsessivo, faz seu personagem -modelo, à contramão daquele material, normalizar a estranheza da abdicação do excesso de seu ofício.

Bartleby a princípio será incompreendido pelo leitor e seus convivas do texto; pelo patrão, que enxerga no imperativo de seu servidor uma ameaça como um panfleto de autocomiseração. O que foi premeditado mesmo é a verdadeira exaustão do corporativismo.
comentários(0)comente



OgaiT 17/07/2022

O empoderamento do trabalhador
Primeiro contato com uma narrativa do Herman Melville e estou completamente encantado pelo Bartleby. Primeiro por me identificar com o bordão do protagonista: "Prefiro não fazer!". Certamente, Melville escreveu uma parábola ao capitalismo, basta perceber que o local onde o enredo se desenrola: Wall Street.
Críticas sociais à parte, o passado desse personagem é de múltiplas interpretações, a minha, inclusive, é a de que esse homem é um refugiado e que devido ao baixo salário, não possui condições de custear uma moradia digna.
comentários(0)comente



Paty Gazza 06/06/2023

"Palidamente delicado, lamentavelmente respeitável, irremediavelmente desamparado"
Poderia falar um pouco sobre as leituras que é possível fazer a partir de Bartleby e do que ele representa, mas prefiro não fazê-lo.
comentários(0)comente



Marcos 02/12/2009

Resenha?
Prefiro não fazer
Julyana. 06/06/2010minha estante
:)


fsamanta (@sam_leitora) 04/08/2010minha estante
Rsrsrs perfeita!


Marta Skoober 02/12/2012minha estante
Concordo com a Samantha: Perfeita!




Dilalilac 13/03/2022

O peso do ponto de vista
Esse livro me deu um nó no cérebro porque ele foi me mudando percepções durante toda a história.
Quando eu reler esse livro, talvez eu fique triste em partes que me fizeram rir. É nesse nível. Mas esse foi um livro que me fez rir bastante na primeira metade.
Eu amei como a personalidade de cada personagem é muito caricata, uma coisa meio desenho animado, a escrita também é bem boa. Me lembrou um pouco o estilo do Kafka, o tipo de história em que ele pensaria.
comentários(0)comente



Evandro199 21/11/2022

Curto e simples, porém não...
Neste livro acompanhamos o empregador do copista que leva o nome da obra, e seus dilemas com esse seu novo empregado, que começa a trabalhar apresentando uma conduta peculiar.

"Prefiro não" começa a ser a resposta padrão de Bartleby aos pedidos do patrão, que no começo são sobre pormenores da função mas logo extrapolam para a tudo o mais que se pede ao homem, ao ponto dele se recusar até mesmo a trabalhar.

O que fazer com um homem desses?
Jogar ele a rua ou tentar entender suas ações?

Um livro curto, quase um conto, simples em uma primeira análise, mas daquele tipo que te deixa reflexivo, pois o final te deixa desconcertado, sem saber bem o que fazer com ele.

Assim como Moby Dick, do mesmo autor, o livro começa com um ar leve e cômico que ao passar da obra se torna mais e mais sombrio.

Ótima leitura. O meu segundo de Melville e não decepcionou.
comentários(0)comente



Laryssa210 04/02/2023

Bartebly, o escrevente
Mesmo curto, "Bartebly, o escrevente", se tornou um dos meus livros favoritos, ocupou boa parte dos meus pensamentos na semana em que o li, chegando a me fazer aderir o verbo "preferir"(marca do jovem) em minhas falas. Durante a leitura, era como se Bartebly estivesse no meu apartamento, me incomodando, me deixando com raiva, torci para que fosse expulso. Senti-me, também, muitas vezes angustiada e extremamente intrigada para conhecer a origem desse jovem escrivão. O fim trágico e a suposição de sua origem tocaram-me profundamente. Recomendo fortemente a leitura
comentários(0)comente



Lendo no mato 08/05/2021

Prefiro não escrever o título
Descobri sobre esse livro através da leitura do ?A sociedade do cansaço?. Aparente esse tal Bartleby tem sido usado em trabalhos de diversos pensadores no último século. Pois é, século! Bartleby foi escrito em 1853 pelo menos autor do
Moby Dick (que nunca li, mas um dia leio ??) e desde então é tratado como um retrato do cidadão/empregado numa sociedade capitalista.

É por que isso? O que esse cara tem de tão especial?
Isso que você pode estar se perguntando agora (ou não) e foi o que eu me perguntei quando soube desse cidadão.

Quem narra o livro é o patrão do Bartleby. Ele nos conta como foi a contratação de Bartleby. De como ele vai de funcionário modelo de uma empresa situada em Wall Street (e isso em 1853, sempre bom lembrar) a estorvo na vida da empresa e na sua também.

Se no início sempre solicito com os afazeres do trabalho, Bartleby começa aos poucos a absurdamente não querer fazer mais nada. E não tem uma explicação plausível para isso. Ele ficou famoso também pela sua insistente resposta para tudo: ?Prefiro não fazer?.

Que serumaninho irritante!

O leitor fica tão perdido quanto seu patrão. Bartleby é um livro que está nos detalhes. Está no local que ele trabalha, as quatro paredes do escritório, está no que o rodeia, está na vida pregressa de Bartleby. Afinal de onde saiu esse cara? O que ele tá fazendo ali se não for para trabalhar?

O livro me deixou mais perguntas do que respostas. O que não o torna num livro ruim, tem livro que existe para isso mesmo. Provocar. Bartleby é um sujeito que me incomoda até agora enquanto escrevo essa resenha. Quem sabe um dia eu entenda o porque.
comentários(0)comente



384 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR