Catarina.DAbora 07/03/2023
Os elementos mitológicos salvam
Gostei bem mais do primeiro livro. Este tem momentos um pouco aborrecidos, e outros que chegam até a tornar-se desconfortáveis. Achei o primeiro plot do livro, muito sinceramente, desnecessário. Não sei se a ideia era mostrar que o Ren não é assim tão possessivo e, tal como o nosso Edward de Crepúsculo, quer que ela se sinta à vontade para estar com quem quiser, sem a pressionar e afins. Mas toda a história dos ciúmes mútuos exagerados e constates deixou-me desagradada e até agora estou a perguntar-me para que serviram certos personagens iniciais.
Também o clima romântico entre a Kelsey e o Kishan construído e edificado na base da desgraça de Ren não me agradou nada. Principalmente, sendo eles irmãos. Acho que o contexto poderia ter sido outro.
Mas nem tudo são espinhos? Na segunda metade do livro, quando já temos a aventura em si e vários elementos mitológicos e fantásticos a surgirem, a leitura torna-se mais interessante.
Não houve nenhum grande plot-twist final, o que foi pena, já que a oportunidade estava lá. Porém, a autora decidiu contar antes da hora o que aconteceria ao Ren através de ?um sonho da Kelsey?. O livro teria tido um outro impacto se tudo se tivesse mantido em mistério até às páginas finais.
No fim, o que salva o livro são mesmo os elementos mitológicos. Já que se torna uma experiência cultural bem rica e emersiva.