Resenhas - O Sol é Para Todos

minusculebee 06/02/2024

O mundo dos adultos nos olhos de uma criança
O Sol é para todos, da escritora Harper Lee, é um romance dramático sobre as vivências de Scout Finch durante a década de 30 na cidade de Maycomb, Alabama.
Scout e filha de Atticus Finch, advogado muito conhecido e respeitado dessa cidade, que se vê num momento complicado de sua vida ao ser advogado de defesa de Tom Robbison, um trabalhador negro acusado de estuprar uma jovem da família Eewell.
A narradora nos mostra, a partir dos olhos infantis da época, como funcionavam os sistemas de classe, sociais e de raça daquela época, como o racismo era estruturalizado e moldado.
Uma escrita extremamente sensível e divertida, Harper Lee acerta em cheio em todos os quesitos. De longe, um dos livros mais lindos que eu já li, recomendo a todos!

LarissaVeloso 06/02/2024

Sul dos Estados Unidos em 1930
Leitura envolvente do começo ao fim, as aventuras de Scout, Jem e Dill são fáceis de acompanhar e se emocionar. Como pode crianças me ensinarem tanto? ?

bob rockeiro 06/02/2024

Livro muito bonito, representa muito bem a realidade da natureza humana, aos olhos de uma criança, o que dá um toque ainda mais bonito.

Celso Filho 05/02/2024

"Lembre-se que é pecado matar (...)"
"O Sol é para Todos" (1960) é um livro escrito pela autora americana Harper Lee, vencedor do Pulitzer, sendo um sucesso que o fez participar do imaginário coletivo americano e inspirar dezenas de milhares de pessoas a seguir profissão na carreira da advocacia.

Partimos do ponto de vista de uma menina de seis Jean Louise "Scout" Finch, que vive em um condado fictício do Alamaba chamada Maycomb, no sul dos Estados Unidos, ainda sofrendo com a grande depressão (1929-39) e com tanto preconceito e racismo que não é possível quantificar.

No começo temos algumas aventuras com seu irmão mais velho Jeremy "Jem" Finch e também com seu amigo Dill Harris, e passamos a aprender um pouco sobre aquele lugarzinho interiorano e como as pessoas brancas e negras são dispostas socialmente naquele local. O ponto de tensão inicial da história é quando seu pai, Atticus Finch, um advogado dotado de um forte valor moral, aceita o desafio de defender um caso perdido: a acusação de estupro do afro-americano Tom Robinson. Apesar de não haver provas cabais e as provas serem apenas circunstanciais, a palavra da família branca tem um valor inexorável.

Além da obra ser de uma leitura bem tranquila e ser realmente bem escrita, existe um valor histórico muito relevante para entender o contexto vivenciado naquela época. O ponto de vista de Scout é uma pequena peça do enorme quebra-cabeça que envolve o entendimento sobre a história do racismo americano.

laissa33 05/02/2024

3.5 é pouco, mas 4 é muito
Se tivesse a opção de 0 à 10 no Skoob, eu escolheria 8/10.

O livro na primeira parte é bem massivo, demorado e com fatos que não são desenvolvidos, porém os personagens são bem interessantes. O ponto mesmo do livro só foi acontecer depois de muito tempo, o que me fez pensar se esse livro realmente deveria ser ?grande?. Assim, também me perguntei como seria o livro se fosse narrado pelo o pai da Jean, já que só temos acesso do caso de forma menos explícita. Não exatamente, mas por ela ser uma criança acaba que alguns fatos ficam por fora.

Esse livro tem uma ideia maravilhosa, principalmente pela a época que o livro foi publicado. O pai da Jean é muito sábio, com lições que te fazem pensar muito.

Esse livro se tem presente o racismo, a hipocrisia ( muitas vezes) e até um certo machismo.
Em algumas partes, fica bem desconfortável em razão da história do livro, o que é uma pauta importante.
A sociedade nesse livro, tão maldosos. Tão injustos.

gabriely.cardoso 05/02/2024

O sol é para todos.
Que livro... do início ao fim de leitura agradável, a história te prende pela inocência dos personagens e pelo seu crescimento ao longo da história, sua inteligência e percepção.
Livro incrível, um dos melhores que há li. Super indico a qualquer pessoa, creio que ninguém se arrependerá de iniciar essa leitura.

Arthur.AmbrAsio 05/02/2024

O livro demorou um pouco pra me ganhar, mas quando toda a trama do julgamento/tribunal começou, se tornou uma leitura excelente.

Soraya.Neumann 05/02/2024

Através da narrativa de uma criança pra lá de esperta, você percorre a inocência e a inteligência do processo de formação do caráter e dos princípios das pessoas de acordo com o meio em que vivem, seja batendo de frente com os costumes, seja fazendo parte deles

Chris 05/02/2024

Não esperava nada e amei
Volto com resenha simplesmente ameiiiii .....................


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Suzany.Martins 04/02/2024

Um livro clássico que mais parece uma leitura atual.
Não imaginava que fosse ficar tão envolvida com essa leitura, uma leitura fluída com várias pautas sobre racismo, preconceito, sobre o papel da mulher em meio a sociedade.
Muitos ensinamentos que levarei para vida.

Jenifer 04/02/2024

?- Eu também achava isso ? ele disse, por fim ?, quando tinha a sua idade. Se só existe um tipo de gente, por que as pessoas não se entendem? Se são todos iguais, por que se esforçar para desprezar uns aos outros? Scout, acho que estou começando a entender uma coisa. Acho que estou começando a entender por que Boo Radley ficou trancado em casa todo esse tempo... é porque ele quer ficar lá dentro.?

Que obra de arte!! O livro todo é contado pelo ponto de vista de uma criança e não poderia ter sido melhor para retratar o racismo com um olhar tão puro. As partes que conta sobre o julgamento fiquei de queixo caído em como o olhar da Scout trouxe uma leveza impactante, contrastando com o que realmente sabíamos que estava acontecendo, juro perfeito demais.

Lud Carvalho 04/02/2024

Como bacharel em Direito, foi encantador e ao mesmo tempo angustiante acompanhar o julgamento de um homem suspeito de um crime sexual na visão de uma menina de 09 anos. O livro trata também de temas como preconceito racial e social, e ainda as peripécias de Scout, seu irmão e seu amigo, no interior de uma cidade, com um frescor e esperança que devemos carregar em nossos corações.

Daniela.Gomes 04/02/2024

Resolvi ler pelas recomendações, porém fui sem conhecer muito da história. Me surpreendeu positivamente. O livro trata de assuntos importantes como o racismo pela visão de uma criança, tornando-o diferente de outros livros sobre o tema, mas não deixando de ser extremamente importante e tocante. Realmente um clássico.

Guilherme 04/02/2024

Legal
A narrativa é conduzida por Jean Finch, uma menina de 6 anos que mora numa cidade fictícia dos Estados Unidos na década de 1930.

Primeiramente, quero deixar claro que gostei do livro, embora não tenha despertado um amor incondicional. Trata-se de uma trama envolvente, ambientada numa vizinhança intrigante, porém, a verdadeira leveza provém da inocência dos personagens principais, que ainda não compreendem completamente os absurdos que ocorrem ao seu redor, já que são crianças.

Meu único problema com a obra é a demora excessiva para chegar ao plot principal. A primeira metade se concentra demais em uma trama que, no final das contas, é quase irrelevante para o desenrolar do livro. A segunda metade, por outro lado, é bem mais empolgante. Só que nessa altura do campeonato já me questionava se realmente valeria a pena concluir a leitura.

Ao final, não me arrependo de ter continuado. Algumas cenas continuam marcando minha mente mesmo quase um mês após o término. A mensagem do livro já é bem atual e debatida nos dias de hoje (ainda bem) mas reconheço que, para a época de seu lançamento, pode-se dizer que foi uma história bem visionária.

Silvia87 04/02/2024

Um soco no estômago
A obra é narrada por Scout, que, no tempo da narração, já é mais velha, mas que conta tudo pela visão que tinha quando ainda era criança.

Ao acompanhar o dia a dia de Scout e de sua família, vamos entendendo como a sociedade do pequeno vilarejo de Maycomb funciona, quais são seus costumes, suas figuras mais proeminentes e os excluídos. As relações estabelecidas na região baseiam-se em tradições e fofocas, muitas vezes sendo difícil precisar exatamente quando ou como uma história realmente aconteceu.

É nesse contexto que nos encaminhamos à defesa que Atticus Finch ? pai de Scout ? aceita fazer. Sua motivação: saber a verdade, ainda que ela seja desagradável aos outros, e perder a sua honra diante de Deus e de sua família caso se recuse a fazer o que é certo.

Acompanhar o caso traz muita aflição ao leitor. Somos obrigados a ficar frente a frente com injustiças, engodos e ameaças, sabendo que há uma possibilidade altíssima de que tudo venha a ruir a qualquer momento. Assim, acabamos confrontados com nossas próprias ações e nos perguntamos constantemente: se fôssemos nós, naquela época, o que será que faríamos?

Não é à toa que essa obra se tornou um clássico da literatura.