Resenhas - Noites Brancas

manel T 30/01/2023

Primeiro contato
"Amor é coisa séria viu!
Ser sonhador e "emocionado" em exagero e ao mesmo tempo... É possível não existir limites entre o real e o imaginário?"

Gostei, rolou até identificação inicialmente, depois, com o densenrolar dos personegens não posso dizer o mesmo.
De primeira posso dizer que amei a escrita, mas como se trata de um clássico, não acho que estou apto a discordar da maioria, efim, vou continuar, pretendo ler todas as princípais obras do autor.

Obs: Próxima; Gente Pobre.

maynarax 24/02/2024

Eu ficava pensando o tempo todo ?fuja Nástienka? porque a forma que eles começam a conversar e desenvolver essa amizade me parece um tanto absurda, pq ele é meio esquisito, vamos combinar. Mas eu consegui compreender toda aquela situação entre eles, tanto o lado dele, quanto o dela. É dolorosa a situação, mas no geral eu gostei do livro.

Beatriz.Bonvenuto 28/07/2021

Que dor no coração
Odeio o fato de ter dado "Razoável" como nota pro livro. Mas acontece que eu simplesmente odeio finais infelizes. Eles me enganaram. Enganaram a si mesmos. Essa história tão curta vai fazer eu me remoer na cama a noite toda. Maldição!! Que protagonista infeliz. Que drama infeliz. É exatamente tudo o que o próprio livro diz: Romance Sentimental (memórias de um sonhador)
Estou tentando pensar no lado bom, na escrita, em outros detalhes. MAS ELES NÃO FICARAM JUNTOS!!! COMO VOU PENSAR EM OUTRA COISA??? Me odeio por pensar assim. Bom, foi uma boa experiência eu acho...
Mas não pretendo ler no momento mais romances desse autor.
Preciso de uma boa dose de romance clichê depois de tudo isso. Muito, muito, romance clichê, quando eles realmente se amam e ficam juntos.
...
O que mais me irrita em livros com finais infelizes, é que eles lembram a vida real, que é tudo o que não quero quando leio um livro.
Estou de luto por esse amor exagerado.

Maharet Sys 06/09/2023

Cativante
"Noites Brancas" foi meu segundo contato com Dostoievski - o primeiro livro foi Crime e Castigo. Este eu li pelo Kindle Unlimited e foi tão cativante e lindo que eu li em mais ou menos cinco horas. Acho que, até o momento, foi o livro mais lindo que eu li em 2023.

A história conta sobre o encontro do Sonhador com a Nastienka. O primeiro, um personagem-tipo sem nome, passa seus dias em sonhos. Ele vive pelos sonhos, e é um homem solitário e perdido dentro da própria imaginação. Para ele, a própria cidade é sua amiga, ainda que ele não seja amigo de ninguém: as casas, os transeuntes... tudo lhe é íntimo, e ao vê-los viajar para as fazendas no verão e se ver praticamente sozinho na cidade, o peso de ser "só" se torna mais forte.
Já ela, Nastienka, é jovem e tão sonhadora quanto ele, com um diferencial: ela vive o sonho. Enquanto ele está preso em "somente" sonhar, ela quer viver. E em meio ao fenômeno das Noites Brancas eles se encontram inesperadamente. Ela chorava por um amor que não estava presente, e ele trazia dentro de si uma certa felicidade por ter visto os campos, enquanto amargava ter sido deixado para trás.
O livro se desenrola por meio desses encontros noturnos, já que imediatamente eles se tornaram amigos e confidentes. Os capítulos são marcados pelas noites (primeira noite, segunda noite, terceira noite, manhã...), e ao longo deste passar de dias, ele se apaixona por ela. Infelizmente, o coração dela já pertence a outro, e tudo que ele pode fazer é sentir a dor de não tê-la.

Falando um pouco sobre as reflexões que me trouxe...
Foi triste ver como esse encontro mudou o Sonhador. Antes, o ato de sonhar para ele era o suficiente. Os dias dele eram coloridos, e ele chegava até mesmo a comemorar o aniversário de seus sonhos e criações imaginativas. Contudo, quando perdeu seu amor, o mundo se tornou cinza. E é lindo como ele não empurra em Nástienka a sua própria dor, como ele não deseja para ela o mal. Segundo ele,
"Lançar uma nuvem escura sobre a sua luminosa e serena felicidade, censurar com amargor e lançar angústia sobre o seu coração, feri-lo com um remorso oculto e fazê-lo bater com tristeza no momento de felicidade plena (...) Oh, nunca, nunca! Que seja claro o seu céu, que seja reluzente e sereno o seu sorriso querido, que você seja abençoada por aquele instante de felicidade plena e de alegria que você deu a outro coração, solitário e nobre!" (p. 216)

Saindo de uma leitura como Crime e Castigo, onde sentimentos como culpa, ódio, inveja e derivados são bem presentes, foi uma grata surpresa perceber a pureza dos sentimentos dos personagens desse livro.
Incrivelmente, não achei o livro triste. Fiquei, sim, sentida pelo Sonhador, mas o livro em si foi tão belo, tão delicado, que não sobrou espaço para tristeza. Talvez um pouco de melancolia, mas não tristeza.

Recomendo muito a leitura.

jusousan 19/02/2024

Noites Brancas
Memórias de um sonhador.

Um solitário. Uma jovem pulsando desilusão amorosa. Encontro ao acaso. A partir daí, quatro noites regadas a melancolias, desejo e solidão com o desenrolar e a conclusão (ou não) da história.

Noites brancas foi minha porta de entrada ao autor. Um romance no qual os personagens vão ao extremo de suas emoções. Tudo é muito intenso e em muitos momentos, exagerado.

O autor surpreende pelo enredo simples, e também, pelo fato de conseguir transformar essa melancolia toda em, talvez, uma busca interna pelo sentido da vida de forma poética.

theyas 18/09/2023

REVOLTADA COM A EDIÇÃO
ESSA MERDA É PEQUENA E EU COMPREI SEM SABER.
Mas achei fofo de qualquer forma, cabe na palma da minha mão.

O livro fala sobre o Sonhador, que é nosso protagonista, e a guria lá que eu esqueci o nome, vou chamar ela de Ananiramaria porque o nome dela é longo e idiota, e a tradução tem que ser igual.
Eles se encontram durantes algumas noites e contam sobre si mesmos, na esperança de encontrar um no outro um ouvinte, camarada de papo, etc. E é ai que vem o dilema.

E QUE FINAL FOI ESSE. Sério que isso aconteceu. SÉRIO.
Mas pelo menos eu entendi a mensagem do livro, e gostei muito de ler.

DIRCE 01/12/2013

A magia do Tempo
É inegável que os fenômenos climáticos interferem no nosso humor e no nosso modo de sentir - no meu principalmente. Dias muito quentes me deixam um tanto quanto indolente. Dias muito frios me fazem hibernar feito uma ursa. Dias chuvosos me deixam “depre”. Uma noite enluarada... Bem, a Lua é fonte de inesgotável inspiração, mas não foi ela–a Lua–quem deixou o solitário e sonhador jovem protagonista do Conto Noites Brancas tão vulnerável às flechas do cúpido, e sim as Noites Brancas, um fenômeno que muito se assemelha (acredito eu) ao nosso Horário de Verão:as noites gélidas e cinzentas de S.Petersburgo se transformam em dias longos. Ops! Que mal comparado! Nosso Verão é tão longo e as Noites brancas tão fugazes...Igualmente fugaz foi a felicidade vivenciada pelo nosso jovem solitário e sonhador que se “derreteu” por Nástenka, a jovem que vivia presa (literalmente) às barras da saia da sua avó.
Nástenka toma o jovem como confidente e “pombo correio” durante as quatros noites que se encontram, e quando ela começa a se sentir desesperançada muda o rumo das suas idealizações levando o jovem a acreditar que “ o mundo é bom, felicidade até existe”.
Imagino que um encontro além da vida entre nosso poetinha (Vinicius de Moraes) e “Dosti” seria no mínimo conflitante. Dosti partidário, no Conto, do “ Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Não será isso o bastante para preencher toda a vida de um homem!” discordaria do famoso "Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure”.
Noites Brancas fala sobre o antidoto da solidão “ O AMOR”, entretanto ainda assim eu o avaliei com 3 estrelas porque “recém - saída” dos “Os Irmãos Karamazov”,iniciei a leitura do Conto com uma expectativa que não foi correspondida.

Samu 21/06/2023

“Um minuto inteiro de felicidade plena! Seria isso pouco para toda a vida de um ser humano?”
Com certeza o melhor caminho para quem quer começar a ler Dostoiévski, comecei por “O sonho de um homem ridículo”, e o amei mesmo sendo um pouco mais aprofundado nos assuntos que traz consigo do que nesse caso.
No caso de Noites Brancas, já podemos notar a princípio, como em seu outro conto, o existencialismo muito presente, apreciando e amando até mesmo os prédios das ruas em que nosso personagem (o sonhador, que de tão comum nem nome tem) passa em seus dias.
Os questionamentos que ele traz em seus pensamentos são tão crus e reais, que admito que me identifiquei com muitos deles. Ele consegue colocar essas dores, conflitos de relações humanas, dentro de uma novela curta, mas que só tem o número de páginas pequeno, pois sua história é grandiosa!
Passei capitulo por capitulo torcendo para que o final fosse como eu imaginava e gostaria que fosse, mas foi aí que veio o choque de realidade, e o final que não poderia ser mais real que esse (((TRISTEZA))).
Atenção especial para essa primeira edição da coleção NANO da Antofágica, que reflete a história (só sendo pequena no tamanho), mesmo sem as ilustrações presentes na edição regular, contém todas as notas de rodapé numa diagramação super confortável e os mesmos textos de apoio em um QR Code: IMPECÁVEL!

LangDLivia 16/02/2024

Não achei que fosse gostar tanto.
Eu não gostei do narrador na maior parte do livro, achei ele muito perdido.
Tava sem paciência pra tudo o que ele falava, achei ele um esquisito nas primeiras conversas com a moça e mesmo nas noites seguintes também, muito bobão e deslumbrado.
Eu me apaixonei pela romance da Nástienhka com o inquilino, e quando ele disse: "Ouve, minha querida, minha boa Nástienhka, ouve-me: juro-te que se algum dia me encontrar em situação que possa casar-me, serás tu a minha eleita, aquela que espero me há de fazer feliz. Juro-te que não poderia ser outra senão tu. Mas ouve ainda uma coisa: eu, agora, tenho de partir para Moscou, onde devo ficar um ano. Espero arranjar uma colocação durante este tempo. Se quando eu voltar tu ainda gostares de mim. juro-te que havemos de ser felizes os dois. Mas agora é impossível, estou na maior pobreza e não tenho o direito de prometer-te nada. Mas se daqui a um ano também ainda não estiver na situação de o fazer, esperaremos um pouco mais até que por fim havemos de conseguir o que desejamos... Claro que se até lá não tiveres dado a outro a tua preferência, pois eu não te obrigo com nenhuma palavra, não posso nem devo fazê-lo." eu soube que ele voltaria por ela.
Então não engoli em nenhum momento o final do narrador + Nástienhka, não parecia nada real da parte dela, parecia na verdade desesperada ao pensar ter sido abandonada, e aceitou o amor do narrador como um plano B.

Gostei da leitura?

Adriana 14/01/2021

É Dostoiévski, já me basta
Romântico, até melodramático eu diria, e triste.
Muito diferente do Dostoiévski que adoro de Crime e Castigo e de Irmãos Karamazov, mas ainda assim eu gostei.

Leti 03/03/2024

Simplesmente surreal.
Noites Brancas foi meu primeiro contato com o autor e meu segundo livro de literatura russa... Confesso que no começo fiquei meio com receio de ler por ser um pouco enrolado demais, mas ao longo da leitura fui me aprofundando rapidamente com o enredo da história.
O livro é um conto que se passa em 4 dias durante o fenômeno natural que ocorre em São Petesburgo, onde a Lua brilha tão intensamente que confundem se a noite com dia. Temos como personagem principal o Sonhador e a Nastienska que se conhecem em um fim de dia bem delicado e logo criam um vínculo muito intenso com cada situação e história que viveram. O que eu gostei muito e até me identifiquei foi o personagem "Sonhador" que o autor o descreve tão bem com seus sentimentos de solidão, como um observador que nunca vivenciou uma vida tão intensa, mas apenas observava com detalhes a vida alheia, se perguntando até em determinado momento, se um dia viveria algo assim e em seguida, aparece a nossa segunda personagem a Nastienska que se sente presa a uma promessa de romance e a corrói por dentro durante a história.
Os diálogos entre os dois personagens são intensos e profundos, como o Sonhador conta tão bem a história dele que simplesmente ele nunca viveu é algo tão belo, tão importante e isso é o que torna a leitura tão fluída, gerando uma conexão com ambos e nos prendendo ainda mais na história e o livro finaliza realmente como um sonho que apenas o sonhador vivenciou novamente, como sempre tendo esse fim de despertar!
É um livro que começa um pouco lento no início, mas ao longo de cada capítulo lido você se conecta ainda mais com o conto!
Deixo aqui um dos meus trechos favoritos do livro!
"O sonhador, caso seja necessária uma definição minuciosa para ele, não é uma pessoa, mas sim, sabe, uma espécie de criatura do gênero neutro. Na maior parte do tempo, fica em algum canto inacessível, como se quisesse esconder-se até da luz do dia, e, caso se meta no seu reduto, adere a seu canto da mesma forma que um caracol ou, pelo menos, nesse aspecto, o sonhador se parece muito com aquele animal engraçado, que é animal e casa ao mesmo tempo e que chamam de tartaruga."

Aline Oliveira 18/09/2022

Primeiro livro de Dostoiévski que leio e não será o último!
A leitura é fluída, traz boas reflexões, porém demorei um pouco pra me apegar.
O livro é bem romântico mesmo. Meloso.(No meu ponto de vista).
Achei interessante o pensamento do personagem em relação a solidão, acho que em algum momento da vida todo mundo passa por isso.
E que personagem altruísta! Confesso que ri com o desfecho. (Não por maldade, é que eu esperava outra coisa) ? Mas achei fofo.

Danielle 20/01/2023

Um sonhador
O livro cresceu bastante nesta releitura!
Na primeira leitura, lembro de ter achado meloso demais e de ter me impressionado com as ditas noites brancas de São Petersburgo.
Agora, consigo entender melhor o nosso herói sonhador e a sua fuga para um mundo imaginário, o seu deslocamento da realidade, o seu desespero por atenção e até mesmo sua falta de tato. E Nastienka me parece bem ousada e prática para os padrões românticos! Eu gosto bastante disso!

"Meu Deus! Um momento inteiro de júbilo! Não será isto o bastante para uma vida inteira??"

Paula1735 11/02/2022

Eu amei
Uma das novelas mais lindas que já li, o final foi algo tão incomum pra mim, pois sou fã de romances de final feliz né!

Thamara 31/10/2020

Imprevisível
Essa história me deu uma dorzinha no coração, mas foi uma história tão leve e inocente.