Raquel Lima 18/10/2012Parabéns!!!..Por conseguir que desliguem da " Carminha e Cia" e leiam um livro.
Com certeza, se não fossem os comentários das amigas próximas sobre o livro, e como falou uma amiga, para participarmos da conversa, já que não participávamos da conversa da novela, livros e leituras com certeza não poderíamos deixar de conversar.
Sinceramente, para o que livro se propõe, sem interesse e nenhum potencial para prêmio Nobel de literatura ( acredito ), é legalzinho....Li rapidinho, pulei algumas páginas mais chatas, gostei de algumas mais picantes, mas o que mais me chamou a atenção, em uma análise do porquê de tantas leitoras ficarem loucas pela leitura é de como somos tão antiquados, como falar de sexo é necessário, temos ainda grandes tabus sobre o tema.
O livro não tem nada, é uma reescrita dos clássicos livrinhos de Julia, Bianca e Sabrina, mas que ao contrário deles, em que a mocinha virgem, mantinha a sua virgindade até o casamento, mas aceitava todas as "brincadeiras, amassos e os quase lá...", o que empolgava a leitura de nós, mocinhas virgens na época, a mocinha do livro perde a virgindade e faz sexo, até aí nada, afinal estamos no Séc XXI... Mas o estranho...é que as transas descritas começam bem normais, ou baunilha como eles falam no livro, o único diferencial e que o mocinho revela gostar de dominar e a quer como uma submissa, com todos os apetrechos que são necessários a uma transa dessas. Mesmo em nossa época em que se faz sexo cada vez mais cedo e a todos os momentos vemos e vivemos em um ambiente com apelo sexual, imaginei que os casais deveriam, e hoje mais ainda, com tanta liberdade, procurar o que melhor lhes agradassem: fantasiar, subir no ventilador de teto, debaixo da cama, sei lá... Porém , ter revelado, descrito as transas do casal no livro foi o grande BOOM da autora, nada mais.
Falta muita coisa no livro, ele é mal escrito, a protagonista, Anastasia, é chata, precisa mais que o seu parceiro de um psicólogo para tratar a sua auto estima, não sabemos se é uma comédia ou drama, falta história, conteúdo nos diálogos, tirando a perdida citação de clássicos da literatura e de músicas clássicas e seus autores, a deusa interior e sua consciência é de matar qualquer um...
No entanto, fiquei muito feliz que as pessoas que não têm o hábito da leitura, vejam o livro como próximo, tenham prazer com a leitura ( literalmente ou não ...rsrsr.), façam um exercício para a imaginação, desliguem a televisão, tão manipulada, para fantasiar...
Em minha insignificância de autora estou pensando em escrever alguma coisa bem próxima ao nosso cotidiano : “Uma mocinha de uma Comunidade, virgem ainda aos 11 para 12 anos, ou talvez com menor idade, se apaixona por um “magnata” do trafico e transa loucamente com ele em um baile funk...”