A Idade da Razão

A Idade da Razão Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Idade da Razão


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Lista de Livros 26/05/2016

Lista de Livros: Os Caminhos da Liberdade: A Idade da Razão – Jean-Paul Sartre
“E se as lágrimas lhe subiam aos olhos, como em Lola naquele momento, a gente não sabia onde se enfiar. Lágrimas de adulto eram uma catástrofe mística, algo como o choro de Deus sobre a maldade dos homens.”
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“Não se é homem enquanto não se encontra alguma coisa pela qual se esta disposto a morrer.”
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“Entre trinta e quarenta anos a gente joga a última cartada.”
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Mais em:

site: http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2016/04/os-caminhos-da-liberdade-idade-da-razao.html
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@alfarrabistaa 25/01/2016

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Arsenio Meira 14/04/2014

"Estava só em meio a um silêncio monstruoso, só e livre, condenado a decidir-se sem apelo possível, condenado à liberdade para sempre."

O existencialismo preconiza, em linhas gerais, que você é o que você faz, sua persona é o conjunto de seus atos; ao homem é defeso jogar a culpa em nada e em ninguém, tampouco atribuir sua miséria à falta de oportunidades.

O homem não pode pensar que tudo está predeterminado a ele, muito pelo contrário, até um covarde pode se tornar um herói, se houver um esforço, um engajamento para esse objetivo. Por tais razões, e mesmo que não seja o maior ou mais importante filósofo do século XX, Sartre é provavelmente o mais famoso. Dono de uma obra de tamanho colossal, Sartre era um escritor prolixo e compulsivo: suas maiores obras têm em média algumas centenas de páginas. Além disso, nunca couberam no registro estritamente filosófico: romances, contos, ensaios e biografias também estão entre seus textos mais famosos. Não bastando ser um ávido escritor, Sartre também era figura indiscreta e protagonizou, por décadas, o cenário intelectual europeu: sem a figura de Sartre, o existencialismo não teria tomado a proporção que tomou no cenário cultural da Europa na primeira metade do século XX.

Sua personalidade excêntrica, seu histórico de abuso de substâncias químicas e sua controversa relação amorosa com sua parceira Simone de Beauvoir são, até hoje, tema para inesgotáveis textos biográficos que buscam, na investigação dessa unidade entre vida e obra,entender o acontecimento que foi a passagem de Jean-Paul Sartre pelo palco da cultura ocidental no século passado. Evidentemente o indivíduo guarda uma certa liberdade que em determinado sentido é integral: pode responder ao chamado da mobilização, pode passar à Suíça ou suicidar-se. Ele é livre em relação a uma problemática que não pode elidir. Esta noção permitiu a Sartre aprofundar seu pensamento no que diz respeito à liberdade. Certamente, cada homem permanece sempre livre, mas não há diante dele - como acreditou Mathieu, um dos protagonistas de "A Idade da Razão"- este vago e vazio de indecisão. Há uma situação precisa, que é aqui a ameaça da guerra. Sartre acreditava que cada um precisava encontrar a verdade para si mesmo, sem seguir padrões universais. Ele prezava a liberdade de escolha; tomar decisões capazes de criar sua própria natureza. A escolha é inevitável.O livre arbítrio é um direito das pessoas, e uma vez que Deus traça nosso destino, se o homem é pré-determinado, não existe liberdade, pois não se tem o direito de mudar o destino.

A Idade da Razão, que figura ao lado de Sursis e Com a Morte na Alma como parte da trilogia "Caminhos da Liberdade", aprofunda e investiga eminentemente as questões individuais. O existencialismo de Sartre é ateísta, percebe-se isso através do que ele nos diz sobre as escolhas. Se Deus escolhesse pelos homens, então não haveria angústia. O existencialismo é a doutrina da ação, pois o homem decide e faz escolhas o tempo todo. O homem existe, caminha, se diluí, e enquanto procura invariavelmente transcender a própria subjetividade, percebe-se incapaz de fazê-lo. O fim último das escolhas humanas, assim sendo, é a liberdade. Não há como fugir da liberdade. O homem está condenado a ser livre. Livre para fazer escolhas, e inventar-se através delas.
Marcos.Azeredo 19/10/2021minha estante
O filósofo que mais gosto, e um escritor completo com romances, contos, e seu teatro muito bom.




Dose Literária 30/10/2013

O momento do leitor - A idade da razão
Sempre que a leitura de um livro começa a empacar, procuro rever minhas impressões em busca de um “fio” a seguir. Procuro um propósito para o que está escrito ou para a forma como está escrito, peço ajuda na internet buscando por opiniões que forneçam alguma luz, leio uma biografia do autor e algumas resenhas, procuro compreender qual era o mundo em que o livro foi escrito, a que ideias foi exposto o autor.

Alguns livros mostram este “fio” que estimula a leitura ao proporem uma história empolgante, ou visitarem difíceis recônditos da alma humana, ou repisarem uma experiência real ou fictícia para compreendê-la em seus odores e sabores. Há outros que tentam uma estética ou estilo novos, e há aqueles que não consigo colocar numa dessas categorias, mas que sobrevivem nos pequenos lampejos de genialidade, em trechos bem escritos. Qualquer uma dessas razões já foi suficiente para que eu cumprisse minha promessa (de terminar cada livro que começo), e tirar alguma coisa de bom dos momentos dedicados a um título. Continue lendo em http://www.doseliteraria.com.br/2013/10/o-momento-do-leitor-idade-da-razao.html
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Fabio Michelete 14/10/2013

O momento do Leitor
Sempre que a leitura de um livro começa a empacar, procuro rever minhas impressões em busca de um “fio” a seguir. Procuro um propósito para o que está escrito ou para a forma como está escrito, peço ajuda na internet buscando por opiniões que forneçam alguma luz, leio uma biografia do autor e algumas resenhas, procuro compreender qual era o mundo em que o livro foi escrito, a que ideias foi exposto o autor.

Alguns livros mostram este “fio” que estimula a leitura ao proporem uma história empolgante, ou visitarem difíceis recônditos da alma humana, ou repisarem uma experiência real ou fictícia para compreendê-la em seus odores e sabores. Há outros que tentam uma estética ou estilo novos, e há aqueles que não consigo colocar numa dessas categorias, mas que sobrevivem nos pequenos lampejos de genialidade, em trechos bem escritos. Qualquer uma dessas razões já foi suficiente para que eu cumprisse minha promessa (de terminar cada livro que começo), e tirar alguma coisa de bom dos momentos dedicados a um título.

Confesso que demorei a achar esse “fio” no livro de Sartre – “A idade da Razão”, que inicialmente me pareceu apenas um exercício hipotético de suas propostas filosóficas, no caminhar claudicante ( e devo dizer tedioso) da sua personagem principal. Mas seria só isso? Ou eu que achava “só isso”? Por que eu classificaria como “pouco”, poder ler um filosofo reconhecido, nobel de literatura, exercitando suas ideias? Mas a verdade é que minha primeira impressão de “A idade da razão” foi a de um livro cansativo.

Seria o livro? Seria eu? Ambos, provavelmente. Já aconteceu com todo mundo, não gostar de um livro num primeiro contato, e depois saboreá-lo em outro momento da vida. É possível que me falte maturidade como leitor para “A idade da Razão”. É possível que não seja o momento certo. Sartre é para mim um quebra-cabeças desmontado, e não possuo a foto da caixa. Li sobre seu romance não-monogâmico com Simone de Beuvoir (que fez ela além de ser devassa para os padrões da época e namorada dele?). Vi uma foto dele em Cuba, com Che Guevara e Simone. Sartre que não queria distinções, mas convivia com figuras famosas de sua época. Queria estar “onde as coisas aconteciam”? Uma celebridade num tempo sem paparazzi ou tablóides?

Recomendo sua leitura, como desafio. E humildemente anseio por ajuda para compreendê-lo – para quem sabe um dia seguir lendo os outros livros que continuam a trama de “A idade da Razão”. Com coragem, acabei encontrando alguma coisa para me interessar, em diferentes trechos, que tento representar nos excertos abaixo:

(ao discutir a possibilidade de um aborto):“ - Deram-me um pacotinho depois da operação e me disseram: “Jogue isso na privada”. Numa privada. Como um rato morto! Mathieu – disse ela, apertando-me fortemente o braço – você não sabe o que vai fazer!
- E quando a gente põe uma criança no mundo, a gente sabe? – perguntou Mathieu encolerizado. Uma vida! Uma consciência a mais, uma pequena luz perdida , que voaria em círculo, se chocaria contra as paredes e não poderia escapar.”

(ao beijar Ivich – já se sentiu assim ao fazer o primeiro movimento?): “Era amor. Agora era amor. Mathieu pensou: “que foi que eu fiz?” Cinco minutos antes aquele amor não existia; havia entre ambos um sentimento raro e precioso, sem nome, que não se exprimia por meio de gestos. E Eis que ele fizera um gesto, o único que não devia fazer, aliás não o fizera propositadamente, aquilo viera sozinho. Um gesto e aquele amor aparecera diante de Mathieu como um grande objeto importuno e já vulgar. Doravante, Ivich pensaria: “ele é como os outros”, e, a partir daquele momento, Mathieu amaria Ivich como as demais mulheres que amara.”

(mais um relato profundo de uma experiência angustiada) : “Caminhava em silêncio, somente seus passos ecoavam na sua cabeça, como uma rua deserta pela madrugada. Sua solidão era tão total sob aquele céu, acariciante como uma consciência limpa, no meio daquela multidão atarefada, que ele se sentia espantado de existir; ele devia ser o pesadelo de alguém, de alguém que acabaria acordando.”

(UFF...esse momento foi denso): “Morta a serpente, morre o veneno (...) Apoia a mão na mesa, ela responde à pressão com uma pressão igual, nem mais, nem menos. As coisas são servis. Dóceis. Manejáveis. “Minha mão fará tudo sozinha.” Boceja de angústia e tédio. De tédio mais ainda que de angústia. Está sozinho naquele cenário. Nada o impede de resolver; nada o impede. Tem que decidir sozinho. Seu ato não é senão uma ausência. Aquela flor vermelha entre as pernas não está ali; aquela poça vermelha no soalho não está ali. Olha o soalho. É liso, unido, não tem lugar para mancha. “ Estarei deitado no chão, inerte, a braguilha aberta e melada, a navalha estará no chão, cega, inerte” Contempla fascinado a navalia, o soalho; se pudesse imaginar nitidamente a poça vermelha e o ardor, de um modo suficientemente nítido para que se realizassem por si, sem que precisasse fazer o gesto! “A dor eu aguento. Quero-a, chamo-a. Mas é o gesto, o gesto.”
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Thalita Uba 07/05/2013

O existencialismo humano em forma de livro
As ideias impressionantes dos personagens mais jovens, com seus pensamentos secretos e seus discursos envolventes, são absolutamente atraentes. Mas a cereja do bolo certamente é a angústia de Mathieu, o personagem “velho” e que, mesmo maduro, é repleto de dúvidas e questões existencialistas, questionando-se a todo momento: “Será isso a liberdade?”.

Nas palavras do próprio Sartre "A idade da razão" é um livro sobre a "decisão de escolher a própria vida”. Bom pra pensar e refletir – algo de que muitas pessoas parecem ter aberto mão já há algum tempo.

(Para quem quiser ler mais: http://entretenhame.com.br/literatura/a-idade-da-razao-jean-paul-sartre )
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Júlio Leite 22/02/2013

Acho que alternei entre 4 e 5 estrelas umas oito vezes. Estou em uma relação complicada com o que achar do livro, se é excelente ou apenas "ótimo". Relerei no futuro para absorver mais.
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Ribeiro 24/09/2012

Não tenho para onde ir, mas não quero ficar.
Liberdade individual (desprezo ao compromisso) x liberdade gratuita ( sem qualquer motivo sob um ato irremediável) . De que lado você fica? E, será mesmo que tudo que estamos a fazer é por nada, já que não estamos na luta por uma causa maior e indiferentes a tudo.
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Rafael 22/08/2012

A liberdade! O que é a liberdade?
Os personagens bem construídos e bem intrigantes. Os questionamentos que eles se fazem, os pensamentos que se surpreendem ao saber que pensam e toda a busca pela liberdade, e a dúvida sobre o que realmente se trata ter essa liberdade total fazem a leitura valer muito
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Yussif 16/05/2012

“A Idade da Razão”, “Sursis” e “Com a Morte na Alma” são livros fazem parte da trilogia Caminhos da Liberdade, do filósofo existencialista francês Jean Paul Sartre.
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Franco 10/01/2012

Em termos gerais digo que é um livro que, se lido com sinceridade, é perturbador, tamanha a conexão que estabelece com seu leitor. Você acabará o livro e pensará muito sobre liberdade, sua vida, e o que você tem feito dela(e do que imaginou que faria).

Já nos detalhes reparo em como todos os personagens parecem derreter página após página, porém esse derreter é justamente o ater-se ao concreto pesado e insolúvel; talvez ater-se à idade da razão.

Vivem eles um drama é intenso, mas nada piegas. Têm diálogos vivos, mas nem por isso superficiais. Constituem, afinal, ótima e bela narrativa, mas possuidora uma profundidade semântica incrível - daí a conexão que dizia no começo.

E uma dica sobre a leitura: faça-a com lápis e caderno ao lado, pois disso precisarás para anotar os trechos que mais te impressionarem - e eles impressionarão.
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Jéssica 12/05/2011

"Você é engraçado, meu caro, tem um medo tão louco de iludir a si mesmo que recusaria a mais bela aventura do mundo para não se arriscar a uma mentira."


"É para se libertar a si próprio; olhar-se, julgar-se: sua atitude predileta. Quando você se olha, imagina que não é o que está olhando, que você não é nada. No fundo é o seu ideal: não ser nada."


"Não posso explicar, acho-o austero, e, se a gente observa os olhos, logo percebe que ele tem cultura, que é o tipo de sujeito que não gosta de nada simplesmente, nem de beber, nem de comer, nem de dormir com uma mulher; ele deve refletir sobre tudo, é como essa voz dele, uma voz cortante de alguém que não se engana nunca."


"Mas através de tudo isso sua única preocupação fora manter-se disponível. Para um ato. Um ato livre e refletido que empenharia o destino de sua vida e seria o início de uma nova existência. Nunca pudera amarrar-se definitivamente a um amor, a um prazer, nunca fora realmente infeliz; sempre lhe parecera estar alhures, ainda não nascido completamente. Esperava."

"Talvez não possa ser de outro modo; talvez seja preciso escolher: não ser nada ou representar o que é. Isso seria terrível, essa trapaça com a nossa própria natureza."
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Gláucia 24/04/2011

A Idade da Razão - Jean-Paul Sartre
O livro faz parte de uma trilogia, Caminhos da Liberdade e traz, em forma de romance algumas das ideias do filósofo existencialista. O protagonista tem seus ideais sociais postos em dúvida por seu irmão burguês e tudo se complica com a gravidez inesperada (e indesejada) de sua namorada. Interessante para reflexão sobre temas que costumam trazer polêmica.
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Hilton Neves 09/03/2011

Pimba! Sartre deixa sua marca
O autor mergulha fundo nas emoções humanas, manias etc Além de destacar o valor de se responsabilizar por suas ações, levanta o dilema entre o sujeito ficar em sua zona de conforto e buscar sua liberdade. Tudo isso, embora coisas fortes e sombrias durante a estória se sucedam, o autor leva a cabo enquanto provê o(a) leitor dum bom contato com a dialética e dum guia anos-30 da boemia parisiense.
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