Raniere.Wolfgang 23/03/2018
Sexo, sexo, sexo.
O primeiro motivo para eu ler este livro – se bem que não tive escolha, já que foi empréstimo de uma amiga – é o fato dele ter sido escrito por uma mulher. Sem que eu percebesse, pelo menos conscientemente, a maioria absoluta dos meus livros foram escritos por homens, e, para mim, lê-lo seria uma forma de entender a mente feminina.
“O Ladrão de Almas”, da escritora Alma Katsu, trata de uma das coisas mais suprimidas nesse sentido: a sexualidade feminina. E Lanore, a personagem principal, é a expoente disso. Através dela percorremos a insegurança do gênero e tudo o que lhe é inerente; a necessidade de aprovação de um homem belo e poderoso, de forma a reafirmar o seu valor como mulher, preferencialmente se ele for objeto de desejo das outras pessoas. Aliás, ela exemplifica como essas qualidades num homem podem até mesmo relevar abusos (apesar do exagero nessa parte).
Essa história me deixou surpreso em saber como a sexualidade é tão ou mais aflorada nas mulheres, também me fez notar o entendimento superior delas sobre a significação do sexo em relação às outras coisas que não o prazer. Sexo tem a ver com dominação, conforto emocional, autoestima, avaliação, paixão, amor, entretenimento, fuga, etc. Porém, nem mesmo essa polivalência justifica tantas cenas de sexo – “Eu te amo”, sexo. “Eu te odeio”, sexo. “Você não significa nada”, sexo. “Estou triste”, sexo. Pombas!