Thalita Branco 01/09/2015Resenha ~ Dragão Vermelho - Thomas HarrisOs livros sobre o Dr. Hannibal Lecter são muitos bons. A tempos li todos os livros que retratam a vida do canibal, sendo eles o Dragão Vermelho, O Silêncio dos Inocentes, Hannibal e Hannibal A Origem do Mal (esse último confesso, não é tão bom assim…). Agora por conta do final da série de TV, resolvi reler o Dragão Vermelho.
Acompanhamos Will Graham e Jack Crawford em busca do assassino de famílias inteiras conhecido como Fada do Dente. Aliais, não entendi por que raios traduziram, pelo menos nessa minha edição, o original The Tooth Fairy para Gay-dentuço. Enfim… Com a “ajuda” de Hannibal Lecter, Will pretende capturar o psicopata antes da próxima lua cheia, ocasião em que o assassino costuma atacar.
As melhores passagens ficam por conta da vida de Francis Dolarhyde, o tal Fada do Dente. Não é difícil sentir simpatia e pena pelo Francis criança. Nascido com lábios leporinos em uma época de poucos recursos, abandonado pela mãe, criado pela avó senil, humilhado pelos meio-irmãos, também não é difícil compreender os motivos que levaram o Francis adulto se transformar em um monstro.
Apesar da infância conturbada e de alguns episódios sinistros, Francis se torna um adulto relativamente pacifico. Até que sua vida muda quando vê na capa de uma revista a aquarela de O Grande Dragão Vermelho e a Mulher Vestida de Sol. Completamente fascinado pela imagem, decide se tornar O Dragão. Aumenta sua dose de exercícios, tatua o dragão nas costas e passa a matar.
Seu relacionamento com Reba é no minimo interessante. Sendo cega, ela logo se sente atraída por Dolarhyde por este não demostrar simpatia com sua deficiência. Enquanto que ele se sente encantado, mesmo que um tanto quanto perturbado, em admirar uma mulher tão de perto, já que por conta de sua aparência Francis sempre foi um homem reservado e extremamente solitário. E o leitor não sabe se acha o romance bonitinho ou se pensa O QUE RAIOS ESSE HOMEM VAI FAZER COM ESSA MULHER???
O ritmo da história é acelerado, e por mostrar tanto os pontos de vista do FBI quando do Dolarhyde, é impossível não ficar mega curiosa pelo final. É angustiante saber quem é o assassino e ao mesmo tempo notar como o FBI está longe de captura-lo. As terminologias técnicas relacionadas aos procedimentos da policia são um pouco chatinhas, mas nada que atrapalhe a fluidez da leitura.
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