Resenhas - Crônica de um Amor Louco

@guicouto13 08/03/2020

Excelente
Buk em sua melhor forma.

FlaviosParanhos 13/01/2020

Certamente para maiores.
Bukowski: Crônica de um amor louco.
Bem...meu primeiro livro do velho Buk e estou completamente chocado. A mistura é de admiração,náusea e ódio. Sim,sentimentos conflitantes mas todos cabíveis nessa obra. Aqui temos contos reais e fictícios,mas todos com o toque ácido e pervertido do velho Buk. Em alguns vc mal consegue terminar se ler! Em outros vc rir, em alguns sente pena,e em uns raríssimos se identifica com a visão do mundo do autor. Eu achei de conteúdo forte e só recomendo pra quem não tem nenhum gatilho com questões sexuais,e claro para maiores de idade,maiores de 21 anos se possível. Não é uma leitura fácil mas também não é algo pra se ignorar ou fingir que existe. Para mim foi um prazer conhecer mais um lado da literatura que eu nem se quer havia cogitado. E novamente aviso,só leia se tiver muito estômago...

Paulo Silas 27/10/2019

Na primeira parte de "Crônica de um Amor Louco: ereções, ejaculações e exibicionismos" - reunião de contos de Bukowski -, o que se tem é o "velho safado" em plena forma e a todo vapor. Inspirado numa realidade própria - dura, nua crua -, a escrita do autor carrega aqui tudo aquilo que o escritor representa, tornando-o notório justamente por conta desse seu estilo característico. O leitor tem contato nessa obra, portanto, com relatos viscerais e sujos, da imundície humana, do fétido, do marginal, do intragável, do vil, enfim, de um outro lado da coisa toda, de subgrupos, de subclasses, de subumanos... Enfim, de tudo aquilo que está sempre presente na escrita de Bukowski.

O livro reúne uma série de contos que se situam naquele mesmo cenário típico da escrita de Bukowski. São histórias sujas, por assim dizer, nas quais imperam o sexo, a bebida e o não se importar. O desagradável se faz presente em vários contos, principalmente naqueles mais pesados que chocam - estupro e necrofilia, por exemplo -, causando um reboliço até naqueles habituados com a leitura do autor. É preciso estômago, portanto. Como é também do estilo de Bukowski, tudo isso é narrado de forma direta, comum, habitual, sem rodeios - daí o nu e cru do qual se diz da escrita de Bukowski.

Em que pese se mantenha o estilo característico do autor, não se observa aqui a grandiosidade da qual faz jus. As histórias são típicas, mas também não se sobressaem para além do comum. Não que sejam ruins, mas está longe de poder se considerar umas das melhoras obras ou fases de Bukowski. Um livro bom, mediano, portanto, que agradará os leitores habituais do "velho safado", mas que talvez não consiga arrebatar o leitor de primeira viagem a ponto de prosseguir com outros escritos do autor. De todo modo, vale a leitura, pois, como dito, o livro é Bukowski puro!

Henrique Fendrich 16/10/2019

Não é realmente a minha praia, mas o que eu reconheço no Bukowski é o mérito de um estilo que põe em cheque os próprios valores "tradicionais" da literatura. Tanto na linguagem como no conteúdo, Bukowski rompe com aquilo que a crítica especializada valoriza na literatura. Convenhamos: os escritores amados pelos críticos e pelos acadêmicos podem ser, e com frequência o são, bastante maçantes e enfadonhos. Então, de certo modo, o que Bukowski faz é também uma libertação desse modelo em que estruturas rebuscadas são valorizadas mesmo que dificultem ou até impeçam a compreensão do leitor médio. Sempre se entende o que Bukowski quer dizer e penso que boa parte do seu sucesso é consequência dessa negação da retórica da literatura dita séria.

Dito isso, não compreendo por que o verbete de Bukowski na Wikipedia cita como a primeira influência do seu estilo o Dostoievski. Ora, isso me parece ser a própria negação da ruptura que Bukowski representa diante da literatura "sagrada". Dostoievski é um dos "monstros" da literatura, e imagino que em alguma medida deva ter realmente alguma influência sobre Bukowski, mas parece-me que elencá-lo por primeiro entre as influências, sabendo que há outras bem mais visíveis, como Fante ou Hemingway, é antes uma tentativa de aproximar Bukowski da literatura tradicional e fazer com que se aproxime do status de alta literatura.

Está dito ainda que é o "pessimismo" de Dostoievski que influencia Bukowski, mas tenho para mim que o escritor russo não é exatamente um pessimista, e sim algo que mais tarde poderia ser entendido como existencialista ("Crime e castigo", lembre-se, tem um final felicíssimo). Em relação a Bukowski, certamente ele não é um escritor otimista, e em alguns momentos parece se aproximar de ser existencialista - é interessante que ele mesmo não promove grandes reflexões, mas elas são inevitáveis ao leitor diante do "desconforto" que acompanha a leitura.

Uma leitura indispensável desse livro é o conto em que relata o estupro de uma criança, com todos os detalhes sexuais a que tem direito, feito que, mesmo que moralmente repugnante, é de uma grande ousadia literária. Acho que só vi algo semelhante em um conto do Miguel Ángel Astúrias, mas de forma menos explícita (o nosso Dostoievski tem um conto em que o interesse por uma criança é sugerido, mas nada chega a ser consumado).

Em meio a todas as transas, masturbações e bebedeiras narradas, chamou-me a atenção também o que poderia ser a criação de um novo gênero: a ficção científica pornográfica.

Duda 18/09/2019

Esse livro só é recomendado se vc não liga pra necrofolia,zoofilia,pedofilia e machismo... Se não nem tente!!!
Decidi ler algum livro desse autor por ter visto citações maravilhosas.Infelizmente foi uma decepção grande quando vi que o autor não era somente um cara sem papas na língua como também era preconceituoso e machista.Teve contos envolvendo necrofilia e zoofilia.sinceramente senti uma repulsa maior ainda quando vi um conto em que ele sente TESÃO em uma criança de 5 anos.Os primeiros contos eram bons mas,esses acontecimentos não consegui ignorar.Sempre vi gente falando que Bukowski era para os fortes e que era um autor que era bem direto,se for assim eu sou bem fraca então.Vou dar um tempo pra digerir essa leitura e ver se consigo ler mais alguma coisa do autor.Mas esse livro definitivamente não deu pra mim.

Rafael Cerdeira 16/09/2019

Poxa bukowski
Pra mim, ler bukowski é uma relação de amor e asco. É sempre uma leitura gostosa, mas como pode ser tão babaca! MEU DEUS! O filho da mãe descreve suas lástimas com tanta maestria que dá vontade de chorar.

LER ETERNO PRAZER 03/09/2019

"Crônicas de amor louco - Charles Bukowski"
Não sei nem como dar início aos comentários e opiniões sobre essa leitura! Sei que muitos adoram esse autor, assim como muitos também não gostam, fico entre os que não gosto! Ler esse livro me foi assim, como direi... uma decepção, talvez esteja sendo duro demais e deva dar uma chance para Bukowski e ler outro livro, mas acho que... não sei, vou pensar.
Bom, em "Crônicas e um amor louco" na verdade não vi tanto amor assim, até porque para mim, amor não se resume a apenas sexo, ainda mais regado a muito álcool. E é o que vemos aqui nesses mais de trinta contos, sexo, álcool, as vezes violência, drogas, há um conto em que os personagens tranzam com uma mulher morta... gente, sinceramente, esse tipo de leitura, pra mim não dá! Falar, escrever, sobre muito, sexo, muito álcool, noitadas, irresponsabilidades, consigo mesmo, pra mim não serve como leitura que vá lhe engrandecer, lhe trazer reflexões, reflexões pode até trazer, parar que saibamos o que não devemos fazer da nossa vida, não reduzi-la a somente álcool, sexo, e noites perdidas. Vi muitos comentários e muitas resenhas que engradesseram Bukowski, mas pra mim não é tanto para isso! Não li nenhum dos seus romances em prosa, pode ser que eu venha a ler para tirar essa opinião tão negativa que fiquei ao concluir essa leitura! Que me desculpem os fãs, pois sei que ele tem muitos, mas não foi, para mim, uma leitura prazerosa. Obg!!

Vectorea 23/03/2019

Um livro mórbido
Havia lido outros livros do velho safado antes deste e me deparei com um livro que me enojou profundamente. Zoofilia, Pedofilia, Necrofilia, estupro, agressão contra mulher são apenas algumas das coisas horrendas descritas neste livro.

Ronaldo 28/01/2019

Crônica de um bêbado safado
Amor? Talvez. Louco? Com certeza! Bukowski não tem papas na língua, não há meio termos, metáforas, censura e limitações. De conto à conto temos a impressão que estamos ouvindo histórias de um velho safado, inteligente e maluco em um bar qualquer. Safado e maluco como muitos, inteligente como poucos, Bukowski descreve de maneira bem explícita a situação dos marginalizados pela sociedade (bêbados, prostitutas, gays, malucos, vagabundos). Alguns contos destoam pelo foco desnecessário no jóquei, outros por falta de realidade. Entre porres de cachaça e de prazeres o anarquista Bukowski demonstra sua insatisfação com o mundo.

Taisa 07/08/2017

E bota louco nisso!

Bukowski não tem rodeios, não há eufemismos nem metáforas. Nada de "membro", "parte de trás" ou "ápice do prazer". Aqui é "pau", "cú" e "gozada". Não haverá dúvidas quando ele descrever uma cena, você terá certeza do que ele está falando.

Há um apelo autobiográfico muito forte , mas não pense que ele miniminiza seus erros, muito pelo contrário, escreve o que bem entende e está pouco se fodendo aos julgamentos. Trás a visão do marginalizados. Putas, viciados, bêbados e vagabundos (inclusive ele) que ganham todo o destaque. Politicamente corretos também ganham seu espaço, espacinho aquele em que são julgados e tem suas vidas questionadas.

Ah como eu amo isso!! É aquilo que é, quem não gostar que vá para a put............!

E se ainda você não percebeu vou te falar, você tem que ser meio despudorada para gostar disso. Porque, na boa, tá tudo errado.....kkkkkkkkkkkkkkkk.

A maioria dos contos trazem um sentimento de revolta muito positivo, aquela paixão da revolução de um homem só! Há muitas questões que me fizeram parar para refletir, o que eu estou fazendo com a minha vida?!

Um pequeno numero deles são uma viagem total na batata, mesmo assim bem divertidos. Alguns mais parados, um que eu não gostei e outro um pouco enfadonho em que me via bocejando no meio de tanta explicação de como funcionam as apostas no Jóquei. Mas depois de umas páginas fui me acostumando com as dissonâncias.

Mesmo Bukoswski sendo vida loka não consegui enxergar felicidade nenhuma nele. Essa filosofia de vida altamente hedonista só mostrou o quanto ela é contínua e nem todos os prazeres da vida parecem suficientes para satisfazê-la. Me lembrou muito "Prisão" (Humberto Gessinger te amo em segredo) : "Pensei que era liberdade, mas na verdade, eram as grades da prisão".

É um livro que gostaria que todos lessem, adoraria ver os rebeldes alucinados e os púdicos varados da vida.....kkkkkkkkkkk.

Foram muitas emoções, um leitura altamente divertida e prazerosa [com exceção novamente de um conto] e já quero ler tudo que ele escreveu! Esse senhorzinho tarado, honesto e ranzinza ganhou mais uma leitora!

site: leiturasdataisa.blogspot.com.br

Luiz Miranda 27/04/2017

Velho Safado
Essa coletânea de contos pode ser considerada uma boa introdução ao universo marginal de Bukowski. Tem de tudo aqui, fauna completa: alcoolismo, violência, prostituição, jogos de azar, etc. Sempre impregnado por aquele humor insano, as vezes involuntário, do velho safado.

Michelle 29/12/2016

Crônicas de um louco amor
Ótimo! Bukowski tem uma escrita objetiva, repleta de ironia e de uma beleza que surge vez ou outra, não obstante a escolha por cenários e situações em que o belo talvez não fosse de se esperar. Me surpreendeu o fato de ser tão engraçado. Ao ler, me parece que ouvi um bêbado muito do sabido narrando suas histórias para mim. Histórias essas que chocam, fazem rir, emocionam e que certamente nunca são desinteressantes. Recomendo!

Gabê 28/12/2016

Muito irregular. Os primeiros contos são geniais. Muito delicados, tratam de assuntos complicados em situações marginais e conseguem fazer isso de maneira bem bonita. Porém, logo depois vem uma grande sequência de contos fracos, isso sem falar que alguns são bem estranhos, principalmente em relação a imagem das mulheres.

Tateane 02/09/2016

:3
Buk tem os melhores titulos de livros.

supervalentim 02/07/2016

Café, cigarros e uma 38
Ver essa capa é lembrar de domingos que seriam monótonos no meu ex-trabalho de segurança patrimonial armada de uma montadora japonesa. 12 horas, sem nada acontecer, Bukowski salvou dois dias da minha vida naquele lugar.