O resenheiro 23/11/2021
As buscas no hiperespaço continuam...
Impressionante a capacidade de Asimov de reconstruir, resgatar e elaborar a continuação desta saga que se passa quinhentos anos após a era Seldon, considerando que a trilogia Fundação foi escrita em meados dos século XX e a continuação composta por mais quatro livros foi escrita mais de trinta anos depois!
O que achei interessante é que desta vez os protagonistas são os mesmos em todo o livro, diferente do que ocorria nos outros da trilogia, quando os personagens iam mudando ao longo do tempo. Nesta continuação, Golan Trevize, conselheiro da Primeira Fundação, é exilado do planeta Terminus por suas ideias subversivas a respeito da possível existência da Segunda Fundação. Junto com seu companheiro de viagem Janov Pelorat, um erudito e especialista em lendas e mitos, saem de Terminus em uma nave tecnologicamente muito avançada com o objetivo de encontrar o planeta origem, a Terra. Na verdade este seria o pretexto de Golan para a real procura da Segunda Fundação.
Durante essa busca passam pelo planeta Gaia, onde conhecem a terceira tripulante que irá acompanhá-los. Seu nome é Jubinobiarella, mais conhecida por Júbilo, uma parte integrante deste planeta organismo, onde uma consciência única interliga a tudo e todos, de vegetais e rochedos aos seres humanos. Um verdadeiro super organismo!
Em paralelo Gendibal, um dos integrantes da Segunda Fundação, discute com os outros oradores a vinda deste Golan Trevize em direção a Trantor, o que sua intuição dizia ser uma verdadeira ameaça, com potencial de ser maior do que ocorreu nós idos tempos do Mulo. Gendibal acaba se envolvendo com alguns fazendeiros de Trantor, dentre eles a bondosa Sura Novi.
Enfim, uma história cheia de viagens e saltos no hiperespaço, passando por planetas ainda desconhecidos, como Sayshell e Gaia. Um verdadeira fantasia em ritmo de opera espacial para todos aqueles que são e sempre serão aficcionados por este universo temático criado por Asimov!