Inn Moura 05/03/2021
O melhor livro?
Se existiu um gênio da ficção científica, este homem é Isaac Asimov. Digo isso com toda a certeza que o meu coração carrega. Depois de uma trilogia rebuscada, prestigiosa, aparentemente, aqui, nos meados dos anos 80 é que Asimov atingiu o seu auge em termos de escrita. O livro é fluído, inteligente, sagaz, rápido, sem muitas descrições detalhadas de paisagens que na verdade não importam muito, já que isso deveria ficar a cargo do leitor. Com tramas lógicas, ele vai costurando a vida intrincada dos protagonistas, deixando o leitor confuso e ao mesmo tempo aliviado com as respostas rápidas.
ARROGÂNCIA. É assim que esse livro deveria se chamar: A Arrogância das Fundações. Não à toa, todos, TODOS os protagonistas são arrogantes ao nível de soberba divina para ficarem marcados para sempre nos anais da História. As 2 Fundações vivem um momento de paz e a arrogância de apenas 2 indivíduos, Prefeita Branno e Orador Guendibal quase levam a galáxia a ser destruída em um futuro próximo. Não fosse um pequeno planetinha misterioso que vive nos limites da Fundação que até então controla boa parte do Universo. É nesse livro que Asimov costura a série da Fundação com toda a sua obra sobre os Robôs e o faz de maneira sábia e reconfortante.
É nesse livro que Asimov nos deixa sem respirar por plot twists inacreditáveis (mais ainda do que o livro Segunda Fundação), uso de pronomes neutros (na década de 80!), inspiração para ideias mirabolantes em HQs!
Não existe meios de dizer o óbvio: Limites da Fundação foi e sempre será uma obra prima, uma inspiração para tantas e tantas obras que já lemos e tantas outras que virão. É um compêndio do que o Sci-fi pode fazer pela humanidade, salvando-a e dando alegria. Repito, Asimov pode não ser o seu gênio, mas ele definitivamente é o meu gênio e eu estou tão certa disso porque vem do coração.