O cheiro do ralo

O cheiro do ralo Lourenço Mutarelli




Resenhas - O Cheiro do Ralo


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Prinup 14/09/2020

Gostei bastante
Uma realidade crua, com um final surpreendente, adorei e indico a leitura
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Anderson.Rios 07/09/2020

Um olho no céu e o "outro" no inferno.
"Diziam" que o Franz Kafka era o Lourenço Mutarelli Tcheco rs. Obra excelente, direta e incisiva. O cheiro do ralo é o primeiro romance do autor, ja consagrado no mundo dos quadrinhos. Lourenço faz, dessa sua obra, uma das mais brutais da literatura nacional. Apesar de ser uma narrativa introspectiva, a ação não para em nenhum momento dessa escrita cruelmente poética. Repleto de alegorias, as quais fomentam o fedor do homem moderno, com peculiaridades brasileiras, tanto na escrita, quanto nos lugares. O protagonista sádico, absurdo, e extremamente humano carrega em sua pulsão, a necessidade e adoração pela bunda da balconista do bar, e o cheiro insuportável do ralo (de sua alma?) e ambos se relacionam, com a necessidade de tapar seus buracos. Um homem que não sonha. Termina seu noivado. E nada sente. Oco. Vazio. Seus dias então afundam, no paraiso da Bunda divina, ao ralo fétido e acolhedor, um olho no céu e o "outro" no inferno.
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Marcelo Marques 27/07/2020

Só a certeza do incerto
Em uma escrita bem experimental, Mutarelli realiza sua migração do universo dos quadrinhos para os livros, onde mantem seu estilo com grande maestria e como o mesmo gosta de dizer, vertiginoso. De forma frenética e seca, passamos a acompanhar o anônimo dono de um antiquário, um homem que, no desenrolar da história, vai se mostrando cada vez mais nojento e repugnante, obcecado pela loucura em apenas duas coisas: o Ralo e a Bunda.

Ao adentrar cada vez mais nesse universo, vamos reparando nas diversas camadas que o enredo tem para nos mostrar. Começando pelo relacionamento entre o protagonista e seus clientes, que são diversas vezes humilhados pele dono do antiquário, sem razão nenhuma aparente, a não ser pelo mero prazer de humilhá-los. “O poder é afrodisíaco”, diz o protagonista. Em paralelo, seguimos sua vida pessoal, onde descobrimos sua paixão pela “Bunda” de uma garçonete, um quase casamento com uma mulher que ele diz nunca ter amado (Na verdade, como gosta de salientar, ele nunca amou ninguém) e sua tremenda falta de personalidade ou “história” própria, motivo pelo qual se explica demais sua insaciável busca pelo buscar.
Cobrindo tudo isso, está o segundo protagonista, que não tem corpo, mas pode ser sentindo, pois possui um cheiro, o cheiro do ralo. A relação dele com o primeiro protagonista é quase simbiótica, fundindo-se até ambos se tornarem um. Revelando nossa miserável condição humana, a qual Mutarelli sobre trabalhar como ninguém.
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douglaseralldo 13/07/2020

A VIDA É DURA. 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CHEIRO DO RALO, DE LOURENÇO MUTARELLI OU UMA ODE AO CU
1 - O cheiro do ralo é a estreia de Lourenço Mutarelli na literatura, após já consolidada sua premiada carreira nos quadrinhos. Neste romance as marcas que se verão nas obras posteriores do autor, marcadas por uma realismo que descamba sempre para o mundano, insólito, surreal e sempre muito, muito escatológico. A sujeira da vida comum que impregna a alma de seus personagens, habitantes do absurdo e testemunhas da degradação;

2 - No livro o narrador é um sujeito carregado de camadas e camadas de profundidade. Um cínico que passa a viver sob a égide de certa misantropia. Um duplo mal composto sempre lembrado como o cara do comercial do Bombril. Um antiquário que nos narra as estranhas figuras que adentram seu estabelecimento;

3 - Marcado pela alegoria e pela metáfora, o sujeito, de visões e conceitos endurecidos acerca do existir, com malícia e pouca empatia vai desfilando frente ao leitor uma certa quantidade de personagens que lhe batem à porta com suas quinquilharias, dramas, histórias, e vasta necessidade por algum dinheiro. E o narrador bem sabe aproveitar-se dessas dores, de modo que sua postura carregará em grande parte ecos de um naturalismo sempre em voga em nossa literatura. As relações de poder estão postas e ele não se roga das prerrogativas que o dinheiro lhe possibilita;

site: http://www.listasliterarias.com/2020/07/a-vida-e-dura-10-consideracoes-sobre-o.html
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Joao.Paulo 02/06/2020

mal resenhado
Uma jornada sobre desumanização, mecanização do mundo moderno, ralos do mundo e bundas. Lourenço atinge uma gama muito vasta de temas ligados a história, amo o narrador paranóico e loucasso que ele constrói, mas é um tipo de livro difícil para mim de se pensar sobre, assim como lolita, se tem uma enxurrada tão grande de temas e eles são manipulados de forma tão nada convencional que meu pensamento se enrola em si.
No final das contas acaba sendo uma jornada para se encontrar, seja com o vazio de si ou com algo de significado, o tema de retorno a infância sempre está presente com Rosebud, mas não é somente um retorno a infância, parece ser um retorno a tudo, o que acaba significando o vazio.
O narrador, no final, se segura a bunda (indivíduo) para não ser tragado pelo ralo (mundo), busca salvar-se através da idéia de indivíduo, aí que os temas maternos começam a entrar em ação e se tem uma ideia de regressão (grito primal ou merda do tipo), mas, no final das contas, em vez de voltar ao útero, volta-se ao vazio, ao cu do mundo.
Não sei tudo o que escrevi aqui estão realmente no livro ou se foi somente um delírio interpretativo meu, de qualquer forma, é um livro que vou ler pela vida.

site: https://www.instagram.com/malresenhado/
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Amanda.Cristina 23/04/2020

Soco no estômago
Lourenço Mutarelli me deixa encantada. Ele escreve no ritmo que penso. Vertiginoso. Todos aqueles personagens sem nome, uma mistura de três nomes: seu pai, sua mãe e algum astro da TV. Como em todo livro que te faz usar alguns neurônios a mais.
Não entendeu nada?
Vá ler o livro e quem sabe assim você entenda!
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ElisaCazorla 10/12/2019

Uma palavra: INCÔMODO! 3.5
Este livro é uma experiência interessante. A narrativa é bem diferente. Tem um ritmo próprio e exige uma atenção diferenciada uma vez que diálogos e fluxo de consciência aparecem juntos sem qualquer aviso. Gostei muito disso!
O narrador/protagonista é um ser desprezível. Li em algum lugar que o narrador poderia representar todos nós. Discordo profundamente. Ele nos obriga a pensar em certos aspectos asquerosos de nossa existência, mas dificilmente TODOS NÓS somos tão desprezíveis e nojentos e apáticos o tempo todo, como esse narrador. Ele é um extremo que nos faz pensar a partir do incômodo que nos causa, mas não concordo que ele seria qualquer tipo de representação de todos nós. Não. Por favor, não! Espero que não.
O livro faz uma relação interessante com o que pode acontecer com indivíduos medíocres quando lhes é dado um pouco de poder.
Eu adoraria falar sobre esse livro em um clube de leitura pois, muitos aspectos interessantes não foram elaborados pelo autor que nos deixa em suspense e cheios de dúvidas sobre muitas coisas. Não tenho certeza se não consegui ler nas entrelinhas ou se a falta de informações era, na verdade, a intenção do autor.
Livro rápido - ainda bem - porque o desconforto que ele nos obriga a passar é tamanho que se fosse um livro mais longo acho que não teria chegado ao fim.
Leitura que vale a pena. Quero ler outros do autor.
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Junio 15/01/2019

"não consigo encontrar as palavras. não consigo encontrar as palavras nas palavras. só encontro minha voz no que penso. mas o que eu penso ninguém ouve. o que eu penso é silêncio. então eu me calo. o silêncio é a minha voz.
o silêncio é a voz que eu calo.
o silêncio é a voz que eu guardo.
o silêncio é lá onde eu moro.
o silêncio sou eu"
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Victor.Escobar 12/12/2018

Tá sentindo esse cheiro? É o ralo!
Acredito que boa parte dos leitores foi induzida pelo filme, que considero uma obra-prima desse novo cinema nacional. Como apareceu uma boa oportunidade de adquirir o livro, numa edição muito bonita da Companhia das Letras, achei que minha estante merecia ter esse livro.

Pois bem, o personagem principal, o rapaz que parece com aquele do comercial do Bombril, que leva Paul Auster e James Ellroy para a lanchonete, é um grande anti-herói. O problema é que li o livro com a voz do Selton Mello.

Outro ponto pra se levantar foi o da revolução linguística no jeito de narrar a história. Há frases curtas, soltas, que às vezes descrevem o pensamento do narrador, outras realmente contam algum acontecimento, enfim, é algo de estranho e inivador que deu muito certo.
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Miriam.Nascimento 03/12/2017minha estante
Bacana! Parabéns ?




Marker 28/11/2017

Assim como muita gente, creio, fui introduzido ao universo do Lourenço através da adaptação que o Heitor Dhalia fez deste Cheiro do Ralo. Ainda não tive oportunidade de ler nenhuma de suas hq's mas o estilo algo prolixo, marginal, sujo, confuso de sua literatura sempre me interessou bastante, ainda que não seja algo que eu procure frequentemente. 'Cheiro' é provavelmente a melhor porta de entrada para quem quer experimentar um pouco de Mutarelli, estão lá todos os seus temas, mas talvez com uma violência estética e estilística um pouco atenuadas.
A história do misantropo, racista, misógino, escroto, louco, dono de antiquário que não consegue sentir mais nada de verdadeiro e se diverte torturando os clientes necessitados até se perceber, ele mesmo, torturado pela necessidade/busca de uma imagem, de um conforto que nem o próprio consegue precisar, foi escrita há uns bons anos mas este protagonista é a cara de certo Brasil atual.
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